Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thais da Silva Marques - Psicólogo CRP 06/163074
Crianças podem ficar estressadas? No mundo acelerado, competitivo e cheio de estímulos da atualidade, o estresse está cada vez mais comum e até os pequenos não conseguem escapar dele. Por isso, no texto de hoje falaremos sobre o estresse infantil.
As crianças não conseguem lidar com o estresse como os adultos por ainda não terem desenvolvido o todo o potencial do seu alcance emocional e não conseguirem se expressar com clareza.
Sendo assim, elas precisam da ajuda dos pais e, quando necessário, de psicólogos e médicos para digerir os efeitos do estresse na mente e no corpo.
O que é estresse infantil?
Costumamos associar o estresse a situações desagradáveis, como problemas no ambiente profissional, e eventos traumáticos, como acidentes e casos de violência.
Logo, a ideia de que as crianças podem sofrer com o estresse passa longe da nossa mente.
Mas as crianças também são suscetíveis à essa reação natural do organismo.
Ela é desencadeada quando nos deparamos com uma situação considerada intimidadora, como falar em público, ou ameaçadora, como a possibilidade de se ferir.
O estresse também pode ser estimulado por situações positivas, mas desafiadoras, como concluir uma graduação.
No caso das crianças, o estresse pode ser desencadeado por atividades escolares que demandam tempo e esforço, desentendimentos entre coleguinhas de classe, bullying na escola, entre outros.
Elas sofrem com o mesmo mal-estar físico e emocional que os adultos sentem, podendo, assim, afetar a vida da criança de várias maneiras.
Por exemplo, ela pode começar a ir mal na escola, a brigar com frequência com os colegas de turma ou não sentir vontade de brincar como antes. Sendo assim, não se pode ignorar os sinais de estresse infantil.
Sintomas de estresse infantil
Os sintomas do estresse infantil são semelhantes aos sintomas físicos e psicológicos sentidos pelos adultos.
Mas, a diferença reside na maneira como as crianças expressam o desconforto emocional e a tensão.
Elas tendem a ter reações físicas por não conseguirem digerir o estresse adequadamente.
Se você identificar alguns dos sinais abaixo no comportamento do seu filho, pode ser que ele esteja sofrendo com os efeitos do estresse.
- Vontade de ficar apenas no quarto;
- Hiperatividade;
- Dificuldade para entregar atividades escolares no prazo;
- Ataques frequentes de birra;
- Pesadelos ou terror noturno;
- Insônia;
- Impaciência;
- Crises de choro;
- Ansiedade no momento de se separar dos pais;
- Desenvolvimento de novos medos, como do escuro, de estranhos e de ficar sozinho;
- Não querer participar de atividades escolares;
- Agressividade;
- Teimosia;
- Desconforto estomacal;
- Dores de cabeça; e
- Mudança nos hábitos alimentares.
A diversidade de sintomas pode confundir os pais e levá-los a acreditar que os filhos estão doentes ou que a mudança repentina de comportamento é apenas uma fase.
Mas, não é recomendado ignorar as atitudes atípicas das crianças, principalmente quando são inesperadas e recorrentes.
Para investigar a situação afundo, os pais podem levar os filhos ao médico ou ao psicólogo.
Não raro os professores são os primeiros a identificar os impactos do estresse nas crianças.
Algumas crianças expressam comportamentos distintos dos vistos em casa no ambiente escolar, os quais podem incomodar colegas de classe e perturbar o decorrer das aulas.
Então, é ideal os pais estarem abertos às observações e recomendações dos professores sobre o comportamento dos filhos.
Causas do estresse infantil
Entre as causas do estresse infantil estão:
1. Pressão acadêmica
Muitas crianças hoje têm rotinas abarrotadas de compromissos.
Além do currículo escolar normal, elas possuem atividade extracurriculares, como esportes, aulas de idiomas e aulas de temas específicos, como astronomia ou robótica.
E é esperado que obtenham excelência acadêmica em todas as áreas.
A vida das crianças, mesmo as crianças mais velhas que já possuem condições para entender assuntos mais complexos, deve ser composta, sobretudo, pelo lúdico.
Outras atividades, quando na medida certa, também são benéficas para o seu desenvolvimento. Porém, em excesso, podem deixar os pequenos estressados.
2. Mudanças na dinâmica da família
Mudanças repentinas e grandiosas na dinâmica familiar, como divórcio, morte na família, mudança de casa ou de cidade, ou a chegada de um novo membro, podem abalar o senso de segurança das crianças.
Como elas não conseguem entender que, embora as coisas mudem, as suas vidas continuarão as mesmas ou eventualmente as emoções conflituosas passarão, se desesperam.
3. Bullying
O bullying é um problema sério para muitas crianças.
As provocações podem ser tanto sutis quanto escancaradas e, ainda, resultar em agressões físicas.
As crianças que sofrem bullying normalmente têm vergonha de contar aos pais e aos professores o que está acontecendo. Acreditam que precisam resolver os seus problemas sozinhas ou que ‘dedurar’ os praticantes de bullying pode gerar mais provocações no futuro.
4. Vida instável
Problemas profissionais e financeiros, intrigas familiares, brigas pela guarda dos filhos, negligência afetiva e a percepção de como o estresse afeta os pais negativamente podem ser demais para os pequenos.
No meio dessas situações caóticas, eles se sentem sobrecarregados e ameaçados.
As crianças com frequência sentem vontade de ajudar os pais e acabar com os problemas, mas, como não possuem os meios para tal, se frustram.
Como tratar o estresse infantil?
O estresse infantil pode ser tratado através da promoção de hábitos bons.
Ao identificar que a criança está estressada, adultos podem introduzir condutas saudáveis na vida dela através de ensinamentos e do exemplo.
Mostre aos seus filhos como você lida com o estresse, destacando o que você faz quando se sente estressado.
As crianças são observadoras natas e copiam os comportamentos dos pais, reproduzindo-os praticamente por toda a sua vida.
Eles se tornam normas de conduta até chegar o dia em que os filhos percebem que podem fazer as coisas de modo diferente.
Quando você conversa com o seu filho, esse aprendizado é ainda mais efetivo.
As crianças enxergam os pais como super-humanos, sem defeitos. Ao deixar o seu filho saber que você também passa por dificuldades na sua vida e não consegue lidar tão bem com as situações quanto ele acha, ele adquire a compreensão de que também pode errar e se sentir vulnerável.
A terapia para crianças é outra maneira de tratar o estresse infantil.
A psicoterapia pode ajudar as crianças a compreenderem o estresse de uma maneira que faz sentido para elas, aprenderem a gerenciá-lo e aliviarem a tensão.
O atendimento psicoterapêutico para as crianças é lúdico, realizado através de brincadeiras, jogos e atividades criativas.
É dessa maneira que o psicólogo consegue entrar no mundo da criança e entender o que está acontecendo.
Entre as consultas, o profissional também conversa com os pais para entender a dinâmica familiar.
Além disso, a psicopedagogia é a abordagem que une a pedagogia e a psicoterapia, voltada para ajudar crianças com dificuldade de aprendizagem.
Se a principal fonte de estresse na vida do seu filho é a escola, esse pode ser o tipo de terapia ideal para ele.
Como prevenir o estresse infantil?
Como dito, no mundo agitado de hoje, os encontros com o estresse estão cada vez mais frequentes.
Ficamos estressados apenas por ouvir algo desagradável ou assistir uma notícia negativa.
Não podemos fugir completamente do estresse, mas podemos construir um estilo de vida saudável e nos fortalecer emocionalmente para reduzir os seus efeitos negativos.
O mesmo pode ser aplicado às crianças.
Os pais possuem um papel essencial na prevenção do estresse infantil.
Embora as crianças também não estejam totalmente imunes a ele, é possível dedicar tempo e atenção para criar um ambiente seguro e leve para as crianças, reduzindo os impactos do estresse.
Algumas maneiras de fazer isso são:
- Crianças se beneficiam com a segurança da previsibilidade, então é importante estabelecer uma rotina;
- Atividades divertidas em família, como assistir um filme ou acampar no quintal de casa, são ótimas maneiras de aliviar a tensão;
- Apresente atividades relaxantes aos seus filhos, como meditação e caminhada em um parque bonito;
- Seja um bom ouvinte. As crianças gostam de falar sobre tópicos que às vezes os adultos não acham interessantes, mas é importante demonstrar interesse e disposição para entendê-las. Dessa maneira, os seus filhos vão entender que podem desabafar com vocês;
- Encoraje a prática de atividades físicas e esportes;
- Ajude a criança a dormir melhor proporcionando um ambiente confortável para ela relaxar;
- Incentive o seu filho a se amar, desenvolvendo a sua autoestima e autoconfiança para lidar com desafios. Combata crenças negativas como “eu sou péssimo em matemática” ou “eu odeio o meu cabelo” ou “ninguém gosta de mim”; e
Conheça a mídia que os seus filhos estão consumindo.
Você não precisa sair fazendo proibições, mas é importante reduzir o contato com conteúdos inapropriados e conversar sobre pontos problemáticos.
Leia também: “Ansiedade infantil: sintomas, causas, como lidar e tratar [Guia]“
Psicólogos para Psicologia Infantil
Conheça os psicólogos que atendem casos de Psicologia Infantil no formato de terapia online por videochamanda:
-
Juliana Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
23/dez. às 09:00hs -
Brenda Marques
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Brenda Marques Soares possui graduação em Psicologia Bacharel - Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE. Graduação em Licenciatura em Psicologia. Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica.
Valor R$ 100
próximo horário:
27/dez. às 16:00hs
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Autor: psicologa Thais da Silva Marques - CRP 06/163074Formação: Thaís é psicóloga clínica, graduada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e especialista em Psicologia do Trânsito pela Universidade Paulista – UNIP.