Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Giovanna Silva Matos - Psicólogo CRP 06/166973
O vínculo entre terapeuta e paciente é um elemento indispensável da psicoterapia.
Assim, quando uma pessoa busca um psicólogo para ajudá-la a solucionar um problema emocional e/ou psicológico, ou uma questão corriqueira, como um problema profissional, espera encontrar alguém empático e atencioso.
Basicamente, alguém que a ouça sem fazer julgamentos e que a ajude a cessar o seu sofrimento.
Existem, porém, algumas características desse vínculo que devem ser levadas em consideração.
Caso contrário, o relacionamento entre o terapeuta e paciente pode ultrapassar os limites éticos da profissão.
O que é vínculo terapêutico entre terapeuta e paciente?
Um dos pilares do atendimento psicoterapêutico é o vínculo criado entre o psicólogo, ou terapeuta, e o paciente.
Quando não há um vínculo sólido entre terapeuta e paciente, a eficácia do tratamento costuma decair.
Isso porque o paciente não se sente totalmente à vontade para discutir assuntos importantes para ele e não internaliza as reflexões encorajadas pelo psicólogo.
Então, o aproveitamento é quase nenhum.
Esse cenário pode desmotivar o paciente a continuar a terapia e até levá-lo a desenvolver uma opinião negativa sobre o que é psicoterapia e qual é o papel do psicólogo.
Vínculo terapêutico e rapport são a mesma coisa?
O termo rapport na psicologia se refere a construção de uma relação harmônica e respeitosa entre duas pessoas.
O rapport favorece o desenvolvimento de uma comunicação clara e acolhedora no relacionamento.
Diferentemente, o vínculo terapêutico trata-se da construção de uma relação empática, respeitosa e confiável dentro do contexto da psicoterapia.
A intenção não é somente ter um relacionamento positivo com o paciente, mas, sim, deixá-lo confortável para que os problemas que os incomodam possam ser solucionados.
O rapport pode ser uma estratégia usada para consolidar o vínculo.
Por que o vínculo entre terapeuta e paciente é necessário? Qual é a importância do vínculo terapêutico?
O vínculo entre o terapeuta e paciente não é somente importante, como também é necessário para o avanço e o sucesso da psicoterapia.
Sem ele, o tratamento não consegue avançar e os problemas do paciente permanecem sem solução.
Quando existe uma relação de confiança entre o terapeuta e o paciente, ele consegue se expressar com clareza e sem medo de julgamento.
As sessões são sigilosas.
Mesmo assim, algumas pessoas têm medo de tocar em assuntos pessoais.
Um vínculo sólido e confiável incentiva o paciente a falar sobre eles, ainda que leve tempo para ele reunir coragem para abordá-los.
O vínculo também faz com que o paciente se sinta compreendido e acolhido pelo terapeuta ao mesmo tempo que mantém a relação profissional.
O psicólogo não pode desenvolver laços íntimos com o paciente, como acontece com amigos e familiares.
É preciso preservar um certo distanciamento emocional para que o tratamento avance.
Quais são os pilares para o estabelecimento e potencialização do vínculo entre terapeuta e paciente?
Como é desenvolvido o vínculo entre o terapeuta e paciente?
Esse desenvolvimento, na maioria dos casos, acontece de modo natural e gradativo.
O paciente percebe aos poucos que a sua confiança no profissional cresceu e, consequentemente, transformou a natureza do relacionamento entre eles.
Acolhimento
Para que o paciente se sinta confortável a ponto de expressar os seus sentimentos e preocupações mais íntimas na terapia, ele precisa se sentir acolhido.
Caso contrário, esperará receber julgamento e desconfiança do psicólogo.
O consultório do psicólogo ou as sessões de terapia online devem ser ambientes de acolhimento incondicional.
Respeito e confiança entre terapeuta e paciente
O respeito mútuo é um dos fatores que favorece o acolhimento. Se o psicólogo não respeita o paciente, ele não consegue efetuar uma escuta ativa e verdadeira.
Do mesmo modo, quando o paciente não respeita o profissional, é incapaz de abordar conflitos emocionais de maneira genuína.
A falta de respeito pode, sim, ocorrer.
As pessoas normalmente enxergam os psicólogos, ou terapeutas, como profissionais de extrema inteligência emocional incapazes de cometer erros.
Na prática, no entanto, não é bem assim.
Eles também são humanos e podem se equivocar, apesar de todo o estudo e experiência.
Se você se deparar com um profissional desrespeitoso com as suas crenças, personalidade, aparência, etnia, religião, ideologia política, modo de vida, sexualidade, gênero, entre outros, procure outro psicólogo para dar continuidade a terapia.
Comunicação verbal e não verbal
A comunicação verbal deve ser clara e coesa.
O paciente precisa sair da psicoterapia sem dúvidas das intenções do psicólogo e do conteúdo das sessões.
Ele pode não conseguir entender todos os assuntos debatidos em certo momento devido à falta de inteligência emocional, mas, com o passar do tempo, essa confusão tende a ser eliminada.
Embora não seja um elemento que os pacientes costumam notar, a comunica não verbal também é importante.
A postura corporal deve ser aberta e a expressão facial, amigável e relaxada.
Braços cruzados e expressões de desgosto são sinais de que o psicólogo não é adequado para tratar o paciente.
Sinceridade, inclusive sobre o papel da terapia
Sem sinceridade, é impossível que a confiança seja desenvolvida.
Afinal, ninguém confia em alguém que considera desonesto, não é mesmo?
Tanto o paciente quanto o psicólogo devem ser sinceros com as informações apresentadas nas sessões de terapia.
Timing e ritmo da conversa
Se o paciente sente que não consegue avançar na psicoterapia apesar de já ter discorrido sobre os seus problemas repetidas vezes, a postura do profissional ou a abordagem psicológica podem não ser as mais apropriadas para ajudá-lo.
É importante que o paciente sinta que está avançando na terapia, uma vez que o objetivo principal é solucionar os problemas e não permanecer estagnados nele.
Saber ouvir e considerar as necessidades do paciente
A escuta ativa é outro fator fundamental da psicoterapia.
O psicólogo deve estar aberto para ouvir as necessidades, sentimentos, queixas e desejos do paciente.
Deve, ainda, processar o que foi ouvido sem fazer juízo de valor.
Quando isso não acontece, o profissional não consegue compreender o paciente como ele é.
Então, se o paciente não se sente ouvido por seu psicólogo, está na hora de procurar outro profissional.
Vínculo terapêutico na psicologia e psicanálise: o que os teóricos dizem sobre vínculo entre terapeuta e paciente?
O vínculo terapêutico é um ponto central tanto na psicologia quanto na psicanálise.
O psicanalista Sigmund Freud definiu o conceito de aliança terapêutica (AT) entre terapeuta e paciente como a necessidade de estabelecer uma ligação positiva para desenvolver o trabalho analítico.
Para a psicanálise, o paciente projeta os seus sentimentos, preocupações e ambições no terapeuta, quem deve ocupar um papel de neutralidade.
Assim, o paciente consegue explorar os seus conflitos pessoais sem barreiras do julgamento ou interferência.
O psicólogo Harald W. Lettner, psicólogo contemporâneo, acredita que o vínculo terapêutico deve ser desenvolvido naturalmente durante as sessões de terapia, sem que o profissional faça uso de estratégias para esse objetivo.
Sendo assim, a autenticidade deve estar presente para a construção de um vínculo verdadeiro.
Carl Jung compartilhava desse pensamento, enfatizando a necessidade da genuinidade do laço entre terapeuta e paciente.
Para ele, o profissional deve se conectar com as suas próprias emoções durante as sessões de terapia para que ele possa estabelecer uma relação mais profunda com o paciente.
Considerações finais sobre vínculo entre terapeuta e paciente
O vínculo terapêutico é essencial para que o paciente consiga alcançar os objetivos definidos para a terapia.
Ao começar o atendimento psicoterapêutico, você pode se sentir desconfortável, principalmente se nunca teve contato com terapia antes.
Falar com uma pessoa desconhecida sobre assuntos pessoais também pode ser um conceito estranho a princípio.
Esse desconforto inicial é normal e, à medida que o profissional e a abordagem psicológica são conhecidas, ele diminui e desaparece.
Quando esse sentimento permanece, no entanto, é recomendado procurar outro profissional ou outra abordagem para dar continuidade à terapia.
Não é raro isso acontecer. Às vezes a personalidade e o método do profissional não conversam com a personalidade, crenças, conflitos ou emoções do paciente.
Necessitar de uma mudança não significa que a terapia não é para você, mas, sim, que ajustes devem ser feitos para que o seu processo psicoterapêutico progrida com facilidade.
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
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Roberta Boaretto
Consultas presenciais
Consultas por vídeoRoberta Boaretto é psicóloga formada pela USP desde 1997 e é doutora pela mesma universidade. Fez também o mestrado em Gerontologia pela UNICAMP e especialização em Saúde Coletiva.
Valor R$ 200
próximo horário:
15/jan. às 14:00hs -
Thiago Galdino
Consultas presenciais
Consultas por vídeoO psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.
Valor R$ 200
próximo horário:
15/jan. às 15:00hs
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Autor: psicologa Giovanna Silva Matos - CRP 06/166973Formação: A psicóloga Giovanna Matos é graduada em Psicologia pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e pós graduada em Psicologia Sexual, Psicologia Escolar e Educacional, e Psicanálise, Psicoterapia e Psicopatologia do Adolescente.