Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Vania Maria Moura De Santa Inez - Psicólogo CRP 06/46325
O desemprego se tornou um problema significativo para muitos brasileiros em 2020. Empresas precisaram recorrer à demissão em massa para manter as operações, ou adotaram medidas atípicas para conservar os colaboradores, como a redução de salários. Esta é uma situação difícil para ambos os lados.
Perder o emprego em qualquer ocasião não é fácil de processar. Além de levarmos uma desagradável surpresa, o sentimento que fica é amargo. Mesmo quando fatores incomuns motivaram a demissão, tendemos a trazer o problema para o lado pessoal.
A preocupação e a ansiedade sobre o futuro logo aparecem para nos tirar noites de sono, especialmente se não estivermos com uma condição financeira muito boa.
No post de hoje, você verá como amenizar os sentimentos ruins que resultam de uma demissão e como se reinventar, profissionalmente e pessoalmente, perante este momento de crise.
Reações comuns após a demissão
A notícia do desemprego pega os funcionários de surpresa e pode levá-los em uma estressante jornada por uma diversidade de sentimentos ruins.
Devido à pandemia da COVID-19, outras preocupações podem intensificar esses sentimentos, como o medo de se contagiar ou de familiares contraírem a doença, o temor sobre a duração das medidas de isolamento social e a ansiedade que surge com a falta de respostas sobre o fim da pandemia.
As reações mais comuns costumam ser as seguintes. Se você está nessa situação, veja se consegue se identificar com alguma delas.
- Sensação de perda: o profissional sente que perdeu uma parte importante de si mesmo ou um vínculo de grande significância. O sentimento é ainda mais intenso nos dias posteriores a demissão. Como ele não tem mais um compromisso diário que o estimule a sair de casa e interagir com as pessoas, pode ficar perdido.
- Sensação de incompetência: o profissional sente-se mal por ter perdido o emprego. Ele culpa alguma atitude falha da sua parte ou se pune por não ser bom o suficiente. Dúvidas sobre a profissão escolhida podem surgir enquanto ele absorve a realidade do desemprego. Essa sensação pode permanecer por muito tempo e, se não for combatida, levar a depressão, ansiedade ou outras condições.
- Sensação de injustiça: o profissional não aceita a demissão e vê a empresa e os funcionários de forma negativa. Mesmo tendo trabalhado no local por anos, fica com raiva e sente-se injustiçado. Nesse cenário, pode demorar mais tempo para compreender que está desempregado e que sua vida será diferente.
- Sensação de desespero: o profissional pode entrar em desespero quando é o provedor da família ou da casa onde mora, ou não tem uma condição financeira satisfatória apesar de ter tido aquele trabalho. Além de também poder resultar em depressão, o desespero pode deixar o profissional estressado e atrapalhar a busca por um novo emprego.
Dependendo da sua situação, você pode reagir de maneira completamente diferente e está tudo bem. As quatro sensações acima são apenas parâmetros para melhorar a compreensão dos sentimentos dos profissionais em situação de desemprego.
Em alguns cenários, o profissional também pode reagir com inteligência emocional e aceitar a perda do emprego em pouco tempo. No entanto, esta atitude positiva costuma ser rara.
Como lidar com os sentimentos ruins
Após a demissão, é preciso manter a calma. Embora você tenha direito de ficar triste e preocupar-se com o futuro, ceder ao desânimo e a frustração pode levá-lo a mergulhar em um mar de pessimismo. Condutas positivas são mais produtivas em situações de adversidade.
Isso não significa que você precise sorrir e agir como se nada tivesse acontecido. Tome o seu tempo para absorver a notícia, de preferência durante períodos de introspecção. A conduta positiva a qual me refiro pode ser manifestada através de pensamentos otimistas e na fé em si mesmo.
Lembre-se que o desemprego, assim como qualquer evento da vida, é passageiro. Encontrar outro trabalho pode demorar mais do que você havia planejado inicialmente, mas acontecerá se você for perseverante. Não veja a situação como o fim do mundo.
A demissão dói, mas não pode roubar o seu entusiasmo pela vida! Em vez de se lamentar constantemente ou entrar em pânico, aproveite o tempo maior em casa para se atualizar na sua profissão ou praticar o autoconhecimento.
A terapia também pode ajudá-lo a passar por esse momento difícil e, ainda, a identificar seus pontos fortes e habilidades que podem ser desenvolvidas. Dessa forma, você pode oferecer mais ao empregador do próximo emprego.
Por fim, para combater os sentimentos ruins, não caía na inatividade. Os primeiros dias (ou até as primeiras semanas) são uma exceção. Você pode tirar tempo para descansar.
O que não é recomendado é passar o tempo inteiro sem fazer nada. Mantenha-se ocupado com afazeres domésticos ou projetos pessoais para os quais você não conseguia se dedicar enquanto trabalhava. O ócio prolongado favorece o aparecimento da depressão, por isso, não se deixe levar pela preguiça e comodismo.
Como se reinventar na situação de desemprego
Outra maneira de espantar as emoções e devaneios negativos que o desemprego pode trazer é buscar se reinventar. É claro que você deve fazê-lo de acordo com a sua condição atual. As dicas abaixo podem ser modificadas conforme o seu estilo de vida.
Se você não possui tempo ou dinheiro o suficiente para uma capacitação, por exemplo, pode recorrer a cursos de curta duração gratuitos na internet ou buscar materiais gratuitos de órgãos governamentais. Já comece trabalhando a sua capacidade de adaptação ao implantar as dicas!
1. Aproveite a oportunidade para repensar a sua vida
O ditado popular “os fins são novos começos” é clichê, mas é verdadeiro. Você pode abraçar essa perspectiva de vida em relação às todas as situações, não somente o desemprego. O fim é oportuno para a reflexão sobre a vida como um todo.
Você gostava do seu trabalho? Qual era a sua tarefa ou função predileta? O que lhe dava mais satisfação? Você conseguia usar todas as suas competências? Ou estava trabalhando por comodismo, sem apego à empresa ou ao ideal que ela representa?
Essas e mais perguntas podem ser feitas para que você reflita sobre as suas conquistas, satisfação profissional e plano de carreira. Quem sabe você não descobre uma veia empreendedora? O desemprego pode ser a oportunidade para colocar o projeto do seu negócio pessoal em prática.
2. Organize o seu tempo em casa
Para não ficar parado em casa, estabeleça uma rotina. Você pode acordar um pouco mais tarde se desejar, mas o ideal é ainda acordar cedo para aproveitar o dia para estudar ou procurar novas oportunidades de emprego. Faça exercícios físicos para se energizar e cuidar da saúde mental.
Não deixe de conversar com colegas de trabalho ou chefes que gostava. É bom manter os contatos profissionais, além da interação social ser importante para manter o ânimo.
3. Seja flexível na busca pela recolocação profissional
Nem sempre você vai conseguir um emprego semelhante ao que tinha no passado. Não se deixe cegar pelo orgulho ou pela busca da mesma posição e expanda seus horizontes quando o mercado de trabalho exigir. Em virtude da pandemia de COVID-19, a busca por recolocação profissional está acirrada, portanto, talvez este não seja o momento para escolher demais.
Ainda assim, seja persistente e não deixe de enviar currículos e buscar por vagas. Avise os amigos e conhecidos que está procurando emprego. Hoje, muitas vagas são compartilhadas em grupos de WhatsApp. Pergunte a um colega de profissão se existe um grupo da sua aérea em sua cidade. Ele pode facilitar a procura.
4. Faça um teste vocacional
Se está com dúvidas sobre qual caminho seguir diante do desemprego, que tal fazer um teste vocacional? Ele não é voltado somente para estudantes de ensino médio! Pessoas de qualquer idade podem recorrer a sua orientação se estiverem incertezas.
Para que a resposta seja mais eficiente, o teste vocacional pode ser feito com o auxílio de um psicólogo. Ele pode ajudá-lo a encontrar outros caminhos profissionais dentro da sua carreira bem como a visualizar um futuro em outra profissão.
5. Busque capacitações
Procure cursos de longa e de curta duração para se atualizar e/ou exercitar o cérebro enquanto estiver momentaneamente parado. Se não houver nada de novo ou interessante em sua área, opte por fazer um curso de idiomas ou aprender sobre as novas tecnologias.
Essas capacitações podem ser encontradas tanto na modalidade paga quanto gratuita. Basta uma pesquisa sobre os seus temas de interesse para encontrar as opções mais adequadas para a sua situação.
Psicólogos para Carreira
Conheça os psicólogos que atendem casos de Carreira no formato de terapia online por videochamanda:
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Liliam Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoLiliam Silva é psicóloga há mais de duas décadas com Mestrado em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. É especialista em Metodologia do Ensino Superior pela mesma instituição.
Valor R$ 230
próximo horário:
21/nov. às 12:00hs -
Eliane Padilha
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Eliane é formada pela Universidade Tuiuti do Paraná, e possui especialização em Psicologia Comportamental e Cognitiva. Também possui formação em Orientação Profissional e de Carreira.
Valor R$ 120
próximo horário:
03/dez. às 19:00hs
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Autor: psicologa Vania Maria Moura De Santa Inez - CRP 06/46325Formação: Vânia é psicóloga clínica de orientação junguiana. Graduada pela Universidade São Marcos em 1981. Especialista no atendimento de adolescentes, adultos e idosos, bem como nos problemas de relacionamento entre pais e filhos.
Obrigada por partilhares comigo mais uma vez os seus conhecimentos, que Deus te abençoe Dra Thaiana
Olá!
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Abraços,
Psicóloga Thaiana
Essas dicas me deixaram animada e com uma outra visão sobre o assunto!
Obrigada
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