Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
Como anda a saúde mental materna? Você já se fez essa pergunta alguma vez na vida, independentemente de ser homem ou mulher?
Negligenciada muitas vezes, essa é uma questão que merece uma atenção especial. Afinal, a maternidade ainda é bastante romantizada, o que contribui para que a sociedade não enxergue as necessidades de uma mulher quando essa se torna mãe.
Sim, as pessoas partem do princípio de que a figura feminina já veio com o dom da maternidade e que, portanto, esse é um instinto. Assim, esquecem dos desafios que a maternidade implica e como ela pode prejudicar a saúde mental da mulher.
Neste artigo, vamos falar sobre esse assunto e dar dicas de como apoiar as mães, especialmente no pós-parto. Confira!
O que é saúde mental materna?
A saúde mental materna consiste no estado de bem-estar de uma gestante, puérpera ou de mulher que já é mãe há algum tempo.
Aqui, é esperado que ela esteja consciente de suas próprias capacidades e consiga viver com qualidade, sendo capaz de contornar as situações adversas com equilíbrio emocional.
No entanto, sabe-se que a chegada da maternidade, se não for devidamente amparada, pode gerar adoecimento na saúde mental da mulher, sendo a ansiedade e a depressão uma das condições mais comuns.
Daí a importância do suporte das pessoas próximas para o acolhimento da mãe nesse período.
Qual a importância da saúde mental materna?
Manter o cuidado com a saúde mental materna é importante por diversos fatores.
O primeiro deles é para evitar o adoecimento mental da mulher, com o surgimento de algumas condições como as que citamos anteriormente.
Além disso, convém mencionar que a criança também pode sofrer impactos com esse adoecimento, o que pode provocar o distanciamento entre mãe e filho, além de gerar traumas que podem refletir na vida adulta desse.
Portanto, é muito importante ter esse cuidado desde o início da gravidez, como forma de evitar o desencadeamento dessas e outras questões.
Como a maternidade pode afetar a saúde mental?
Como dissemos, a chegada da maternidade pode afetar a saúde mental de diversas formas, sendo algumas delas:
Privação do sono
A privação do sono é um dos primeiros impactos da maternidade e que pode levar meses ou até anos para se resolver. Isso porque, mesmo depois de alguns meses de vida, a criança ainda continua demandando cuidados durante a noite.
Nesse sentido, é importante destacar que a má qualidade do sono pode desencadear o estresse, a irritabilidade, a ansiedade e outras questões.
Pressões sociais
Junto com a maternidade também costumam chegar novas pressões sociais, especialmente de familiares.
A mulher é cobrada a “dar conta do recado”, a cuidar do seu filho da forma como as pessoas esperam e a demonstrar serenidade mesmo quando tudo está um caos. Mais uma vez, isso tem a ver com a romantização da maternidade e do instinto materno.
Logo, quando a mãe não consegue atender às expectativas sociais criadas, ela acaba por também adoecer mentalmente.
Mudanças no relacionamento
O relacionamento com o parceiro também muda após o nascimento da criança e, em muitos casos, durante a própria gestação. Com uma nova prioridade na vida do casal, é preciso alguns rearranjos, mas essa adaptação nem sempre é tranquila.
Portanto, é comum o aparecimento de novos conflitos e os desencontros emocionais e sexuais, o que, obviamente, interfere no bem-estar da mãe, que se vê de frente para mais um problema.
Autoestima
As mudanças no corpo da mulher em decorrência da gestação podem reduzir a sua autoestima drasticamente. Ela pode passar a não se reconhecer mais e a não gostar daquilo que vê no espelho, sobretudo na reta final da gravidez e no puerpério.
Esse é mais um ponto que, se não for tratado preventivamente, pode agravar a forma como a mulher se enxerga e a construção do seu relacionamento com o filho.
Depressão pós-parto
Segundo o Jornal da USP, a depressão pós-parto acomete cerca de 25% das mães brasileiras. Essa condição é caracterizada pela tristeza prolongada, cansaço extremo, perda de motivação, isolamento, sensação de incapacidade e culpa, entre outros.
Essa é uma condição bastante preocupante, pois, devido a instabilidade emocional da mãe, ela pode colocar a sua vida e a do bebê em risco.
Carreira e maternidade
Durante a gestação e após a chegada do filho, a mulher pode entrar em um conflito sobre os rumos da sua carreira. Para muitas, é como se a vida profissional acabasse ali, o que pode trazer ansiedade e medo.
No entanto, é preciso entender que essa pausa na carreira não significa interrompê-la. É apenas uma fase que vai passar, e isso não significa que o retorno será ruim. Apesar de desafiador, é possível conciliar a profissão e a maternidade com o crescimento do bebê.
Qual é a importância do apoio emocional para as mães no pós-parto?
Quando uma criança chega em uma família, é comum que todos os olhares se voltem exclusivamente para ela. Nesse cenário, a mãe e as suas necessidades acabam por muitas vezes sendo totalmente desconsideradas.
No entanto, é muito importante que uma rede de apoio se forme ao seu redor após o parto para auxiliá-la em todas as suas demandas próprias e nas do bebê também.
Assim, consegue-se diminuir a sobrecarga da mulher, tanto física e emocional, e permitir que ela possa iniciar a sua experiência maternal de uma forma menos pesada.
Com um bom suporte físico e emocional, a mulher conseguirá suprir suas próprias necessidades para, assim, exercer o seu papel materno com tranquilidade.
Como apoiar as mães no pós-parto?
Seja você um companheiro, familiar ou amigo, saiba que existem muitas formas de apoiar as mães no pós-parto para auxiliá-las a preservar a saúde mental nessa fase. Para isso, você pode (e deve!):
- Escutá-la pacientemente sobre suas demandas;
- Cuidar da sua alimentação e hidratação;
- Realizar as atividades domésticas;
- Não dar palpites que não lhe forem solicitados;
- Perguntar como e quando você pode ser útil;
- Oferecer a sua ajuda para cuidar do bebê;
- Incentivá-la a descansar;
- Ficar com o bebê para que ela tenha o seu momento de autocuidado.
Como a psicologia ajuda a saúde mental materna?
Iniciar um acompanhamento psicológico ainda na gravidez pode ser muito importante para o cuidado com a saúde mental materna. Isso porque, durante as sessões, a mulher poderá desmistificar a romantização da maternidade.
Além disso, ela poderá desenvolver a inteligência emocional para enfrentar as suas próprias expectativas que não forem correspondidas e também as das pessoas à sua volta. Ou seja, ela criará estratégias para não se afetar com isso.
Vale dizer que iniciar esse processo ainda durante a gestação contribui para prevenir as diversas condições que listamos ao longo deste conteúdo.
No entanto, é importante ressaltar que o acompanhamento psicológico deve seguir após o nascimento do bebê. Aqui será possível encontrar caminhos para se ressignificar enquanto mulher e encarar a maternidade como um processo único e pessoal.
Tudo isso será importante para o cuidado com o seu bem-estar e, consequentemente, do bebê também.
Conclusão
O cuidado com a saúde mental materna é imprescindível em todas as fases, desde a gestação até o pós-puerpério.
O mais importante sempre é a nova mãe não se anular e encontrar formas de se cuidar.
Além disso, as pessoas à sua volta devem procurar auxiliá-la da melhor forma possível, sem cobranças ou julgamentos.
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Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
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Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
21/nov. às 18:00hs -
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Consultas presenciais
Consultas por vídeoCarla é formada em Psicologia, pós-graduada em Psicologia cognitivo comportamental, capacitada à práticas de hipnose clínica pelo instituto Marchioro e membro de grupo de estudos sobre terapias cognitivas. Possui vasta experiência em atendimentos clínicos, e sua expertise é em ansiedade e depressão.
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).