Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Luciana Almeida Neves Barbosa - Psicólogo CRP 03/17869
Você sabia que existem quatro tipos de autismo?
O autismo tem estado cada vez mais evidente, principalmente entre pessoas jovens, uma vez que as pesquisas sobre as áreas estão avançando e trazendo melhores práticas para identificar e tratar esse transtorno neurológico.
Continue lendo para entender!
O que é autismo
O autismo é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, o comportamento social e a interação social.
É conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA) devido à sua ampla variedade de sintomas e níveis de gravidade, que podem variar de leve a grave.
Então, as características do autismo geralmente se manifestam nos primeiros anos de vida e podem incluir dificuldades na comunicação verbal e não verbal, dificuldades na interação social, interesses restritos e padrões repetitivos de comportamento.
Crianças autistas podem ter dificuldade em compreender as emoções dos outros, em expressar suas próprias emoções e em estabelecer relacionamentos sociais, o que reforça a importância de iniciar a terapia infantil para compreender a situação.
Assim, é importante notar que o autismo é uma condição altamente variável e que cada indivíduo afetado pode apresentar uma combinação única de sintomas e habilidades.
Além disso, muitas pessoas com autismo também têm talentos e habilidades especiais em áreas como matemática, música, arte e memória.
O diagnóstico do autismo geralmente é feito por profissionais de saúde com base na observação do comportamento e no histórico do desenvolvimento da criança.
4 tipos de autismo
Conheça os quatro tipos de autismo, separado em categorias do espectro autista, atualmente aceitas na medicina:
1. Síndrome de Asperger
As pessoas com Síndrome de Asperger geralmente têm dificuldades nas interações sociais e na comunicação, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos.
No entanto, elas tendem a ter habilidades linguísticas e cognitivas relativamente preservadas.
2. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
Este termo é usado para descrever grandes dificuldades no desenvolvimento de habilidades sociais, de interação e comunicação.
O início geralmente é precoce, nos primeiros anos e vida, o que afeta o desenvolvimento da criança.
3. Transtorno Autista
Ele é caracterizado por dificuldades na comunicação, interação social e comportamento.
Indivíduos com este diagnóstico podem apresentar uma ampla variedade de sintomas, como atrasos na linguagem, resistência em iniciar ou manter conversas, uso repetitivo de linguagem (ecolalia), não entender linguagem não literal (como piadas ou metáforas) e pouca compreensão de linguagem corporal e expressões faciais e, consequentemente, dificuldade de aprendizagem.
4. Transtorno Desintegrativo da Infância
Também conhecido como síndrome de Heller ou síndrome, é uma condição rara, porém grave, que afeta crianças após um período de desenvolvimento relativamente normal.
As crianças com esse transtorno começam a perder habilidades que já haviam adquirido, como linguagem e habilidades sociais.
Autismo: quais são os 3 níveis de autismo
Os três níveis de autismo são uma classificação que descreve o grau de apoio que uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode precisar em áreas como comunicação, interação social e comportamento repetitivo.
Esses níveis foram introduzidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5), que é uma das principais referências para diagnóstico psiquiátrico. Os três níveis são:
Nível 1 (leve): Requer apoio
Indivíduos neste nível apresentam dificuldades sociais notáveis, mas geralmente conseguem funcionar de forma independente na maioria das áreas da vida diária.
Eles podem ter dificuldades em iniciar e manter conversas, interagir em situações sociais e podem parecer socialmente desajeitados.
Eles podem também exibir comportamentos repetitivos e interesses restritos.
No entanto, com o apoio apropriado, é possível superar essas questões.
Nível 2 (moderado): Requer apoio substancial
Pessoas neste nível apresentam déficits mais significativos na comunicação, interação social e comportamento do que aquelas no Nível 1.
Eles podem ter dificuldade em se comunicar verbalmente e em compreender as nuances sociais.
Além disso, podem precisar de mais apoio para realizar atividades da vida diária.
Embora possam ter habilidades funcionais, ainda requerem um nível substancial de apoio para navegar nas demandas sociais e comportamentais.
Nível 3 (alto): Requer apoio muito substancial
Este é o nível mais grave de autismo, caracterizado por déficits graves na comunicação, interação social e comportamento repetitivo.
Pessoas neste nível podem ter dificuldade em realizar tarefas simples do dia a dia sem suporte significativo.
Eles podem exibir comportamentos autolesivos, agressivos ou desafiadores, e podem ter dificuldade em se comunicar de forma verbal ou não verbal.
Eles geralmente requerem uma quantidade significativa de apoio ao longo da vida.
Leia também: Dificuldade de aprendizagem: o que é, diagnósticos comuns e tratamento
Como identificar os sintomas de autismo
A identificação dos sintomas de autismo, dentro dos tipos de autismo, pode variar de acordo com a idade da pessoa e com o grau de gravidade do transtorno.
Aqui estão alguns sinais e comportamento de autismo comuns que podem indicar a presença do distúrbio em crianças e em adultos:
Sintomas em Crianças:
- Atrasos na Linguagem: A criança pode não começar a falar dentro do prazo esperado ou pode ter dificuldade em desenvolver habilidades linguísticas.
- Dificuldades na Comunicação: Isso pode incluir dificuldade em manter uma conversa, responder a perguntas ou entender instruções simples.
- Dificuldades na Interação Social: A criança pode evitar o contato visual, ter dificuldade em compreender as emoções dos outros ou parecer desinteressada em interagir com outras pessoas, incluindo colegas de brincadeiras.
- Comportamentos Repetitivos: Movimentos (como balançar as mãos ou balançar o corpo), fixação em padrões de comportamento ou interesses restritos e intensos.
- Sensibilidades Sensoriais: Algumas crianças com autismo podem ser hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos sensoriais, como luzes, sons, texturas ou cheiros.
Sintomas em Adultos:
O diagnóstico de autismo em adultos envolve avaliações realizadas por neurologistas, pediatras, psicólogos e psiquiatras especializados em TEA.
O indivíduo é questionado sobre sintomas, problemas de comunicação e comportamento, além de perguntas sobre a infância para entender o impacto dos sintomas. O especialista pode consultar pais ou parentes para obter uma visão mais ampla.
- Dificuldades Sociais: Dificuldade em manter relacionamentos, entender e expressar emoções, e captar nuances da comunicação não verbal são sinais de autismo em adultos.
- Interesses e Atividades Repetitivas: Compromisso com rotinas rígidas, fixação em temas específicos e envolvimento em atividades repetitivas ou estereotipadas.
- Dificuldades na Compreensão das Emoções dos Outros: Dificuldade em entender e responder adequadamente às emoções alheias em situações sociais.
- Dificuldades na Transição: Dificuldade em lidar com mudanças na rotina e transições para novas situações.
- Sensibilidades Sensoriais: Preservação de sensibilidades sensoriais, que podem se manifestar como hipersensibilidade ou hipossensibilidade a estímulos.
Tratamentos para os tipos de autismo
O tratamento para o autismo geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, adaptada às necessidades individuais da pessoa afetada.
Aqui estão algumas das intervenções e tratamentos comuns para o autismo:
Terapia ABA
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma forma específica de tratamento frequentemente usada com crianças autistas.
Ela se concentra em reforçar comportamentos desejados e ensinar novas habilidades por meio de técnicas estruturadas e baseadas em evidências.
Fonoaudiologia
Muitas crianças com autismo têm dificuldades na comunicação verbal e não verbal.
A terapia da fala pode ajudar a melhorar habilidades de linguagem, como fala, compreensão e uso de gestos.
Isso pode incluir práticas para desenvolver habilidades de conversação, compreensão de linguagem e resolução de problemas de comunicação.
Medicação
Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para ajudar a gerenciar sintomas associados ao autismo, como hiperatividade, agressividade, ansiedade ou problemas de atenção.
No entanto, é importante notar que medicamentos são frequentemente usados como parte de um plano de tratamento abrangente e não como um tratamento isolado.
Intervenções Complementares e Alternativas
Além das intervenções mencionadas, algumas pessoas com autismo se beneficiam de intervenções complementares e alternativas, como terapias baseadas em movimento (por exemplo, terapia de equitação), terapias sensoriais (por exemplo, terapia de integração sensorial) e dietas especiais.
É importante discutir essas opções com um profissional de saúde qualificado antes de iniciar qualquer tratamento.
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Psicólogos para Autismo
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Karen Beatriz
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Karen Beatriz da Silva Frota é formada em psicologia pela Uninorte e está fazendo pós-graduação em Neuropsicologia pela Faculdade Metropolitana. Também participou do seminário TDAH, TOD E TEA, e realizou os seguintes cursos: S.O.S telas pelo instituto Singular...
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Autor: psicologa Luciana Almeida Neves Barbosa - CRP 03/17869Formação: A psicóloga Luciana possui pós-graduação em Gestão em Saúde pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Fez mais de 50 cursos on-line, bem como participou de pesquisas científicas, extensão comunitária, palestras, grupos de estudos e trabalho voluntário na área da Psicologia.