Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
Tipos de fobias: você conhece todas as fobias que existem?
Fobias são medos intensos e irracionais de situações, objetos ou atividades específicas, que geralmente causam grande desconforto e evitamento na pessoa.
Assim, embora todos possam ter certos medos, uma fobia é caracterizada por uma reação desproporcional e persistente.
Origem das fobias
Os tipos de fobias que existem podem ter várias origens, combinando fatores genéticos, ambientais e experiências de vida. Algumas possíveis causas incluem:
● Experiências traumáticas mal resolvidas: Uma situação estressante ou assustadora pode gerar uma associação negativa com determinados objetos, lugares ou situações. Por exemplo, uma picada de aranha dolorosa pode levar à aracnofobia. Assim, dependendo da gravidade, isso pode acarretar, também, em estresse pós-traumático.
● Aprendizagem e influência social: Crianças podem desenvolver fobias ao observar o medo de outras pessoas, especialmente de pais ou cuidadores, o que reforça a ideia de que algo é perigoso.
● Fatores evolutivos: Certos medos, como de animais perigosos ou lugares altos, podem ter uma base evolutiva, sendo instintivamente ativados para aumentar a sobrevivência. Com o tempo, esses medos podem se tornar irracionais e se manifestar como fobias.
As 10 fobias mais comuns
Existem inúmeras fobias contabilizadas no mundo inteiro. Porém, a lista abaixo contém as que são consideradas mais comuns. Veja:
Aracnofobia
Medo intenso de aranhas. Muitas pessoas com aracnofobia reagem com pânico ao ver uma aranha, seja ao vivo ou em imagens.
Então, esse medo pode estar associado a uma resposta evolutiva que liga certos animais ao perigo.
Em casos graves, as pessoas evitam lugares onde acreditam que possam encontrar aranhas, como jardins e sótãos.
Acrofobia
Medo de alturas. Pessoas com acrofobia sentem desconforto em locais elevados, como prédios altos ou montanhas.
Esse medo pode causar sintomas físicos, como tontura, palpitações e suor.
Assim, a acrofobia pode levar à evitação de situações e locais altos, impactando a vida social e profissional de quem sofre com essa fobia.
Claustrofobia
Medo de lugares fechados e confinados. Pessoas com claustrofobia evitam elevadores, túneis e outros espaços pequenos.
Assim, quando em locais confinados, podem sentir pânico, falta de ar e desejo de sair imediatamente.
Então, a claustrofobia pode dificultar atividades rotineiras, como o uso de transporte público e a participação em eventos em locais fechados.
Agorafobia
Medo de estar em espaços abertos ou de situações das quais seria difícil escapar.
A agorafobia é frequentemente associada ao medo de ter um ataque de pânico em público.
Assim, em casos severos, a pessoa pode evitar sair de casa, o que leva ao isolamento social e afeta sua qualidade de vida.
Cinofobia
Medo de cães.
Esse medo pode surgir de uma experiência traumática, como um ataque ou uma mordida.
Pessoas com cinofobia evitam lugares onde podem encontrar cães, o que pode limitar sua participação em atividades ao ar livre e visitas a amigos que têm animais.
Ofidiofobia
Medo de cobras. Essa fobia é comum e pode estar relacionada a fatores evolutivos, pois cobras são tradicionalmente vistas como perigosas.
Pessoas com ofidiofobia evitam lugares onde há possibilidade de encontrar cobras, como áreas rurais e zoológicos.
A visão de uma cobra, mesmo em fotos ou filmes, pode causar grande desconforto.
Fobia social
Medo de interações sociais e de ser julgado ou criticado por outras pessoas. Pessoas com fobia social sentem intensa ansiedade ao falar em público, conhecer pessoas novas ou até ao comer em público.
Esse medo pode limitar suas relações sociais e prejudicar a vida profissional.
Misofobia
Medo de germes e contaminação.
A misofobia pode levar a comportamentos obsessivos de limpeza e higiene, e à evitação de contato físico com outras pessoas ou objetos considerados “sujos”.
Pessoas com misofobia lavam as mãos frequentemente e podem ter receio de tocar em superfícies públicas, o que pode limitar sua rotina diária e atividades sociais.
Glossofobia
Medo de falar em público.
Essa fobia é muito comum e pode causar sintomas como suor, tremores, náusea e taquicardia ao pensar em falar diante de outras pessoas.
A glossofobia pode prejudicar o desenvolvimento pessoal e profissional, já que a insegurança evita situações em que é necessário fazer apresentações ou expor suas opiniões em público.
Tripanofobia
Medo de injeções ou de agulhas.
Pessoas com tripanofobia sentem extrema ansiedade antes de procedimentos médicos que envolvem agulhas, como vacinas e exames de sangue.
Esse medo pode causar desmaios, pânico e até a evitação de consultas médicas, o que representa um risco para a saúde.
Sintomas gerais de fobias
Fobias causam reações de medo intenso e desproporcional ao objeto, situação ou atividade que desencadeia a fobia.
Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
Sintomas físicos
Pessoas com fobias podem apresentar sudorese, taquicardia (batimento cardíaco acelerado), tremores, tontura, falta de ar, náusea e até sensação de desmaio.
Esses sintomas surgem quando a pessoa é exposta ao objeto ou situação fóbica, ou até mesmo ao imaginar essa situação.
Sintomas emocionais
O medo é desproporcional e incontrolável, levando a uma sensação de pânico ou terror extremo.
A pessoa pode sentir ansiedade intensa, um desejo forte de fugir ou evitar a situação, e um medo constante de encontrar o objeto ou situação que causa a fobia.
Evitação
Muitas pessoas com fobias evitam ativamente o objeto ou situação que causa o medo, o que pode impactar sua rotina.
Por exemplo, uma pessoa com fobia de alturas (acrofobia) pode evitar lugares elevados, enquanto alguém com fobia social pode evitar interações em público.
Ansiedade antecipatória
Mesmo sem estar em contato direto com o objeto fóbico, a pessoa pode sentir ansiedade apenas ao pensar na possibilidade de enfrentá-lo.
Essa ansiedade antecipatória causa desconforto e pode influenciar as decisões do dia a dia, como trajetos e compromissos.
Impacto na qualidade de vida
Nos casos mais graves, a fobia pode interferir significativamente na vida pessoal, social e profissional da pessoa.
O impacto emocional e o comportamento de evitação podem limitar atividades diárias e comprometer a saúde mental.
Tratamento para fobias
O tratamento para fobias geralmente envolve abordagens terapêuticas e, em alguns casos, medicamentos.
Abaixo estão as principais opções de tratamento:
Terapia cognitivo-comportamental (TCC)
A TCC é uma das formas mais eficazes para tratar fobias, ajudando a pessoa a entender e modificar os pensamentos e comportamentos que alimentam o medo.
Na TCC, o terapeuta trabalha com a pessoa para identificar pensamentos irracionais e substituí-los por ideias mais realistas e positivas.
Esse processo ajuda a reduzir a intensidade do medo e a melhorar o controle sobre a reação fóbica.
Terapia de exposição
Na terapia de exposição, o paciente é gradualmente exposto ao objeto ou situação que causa o medo, de forma controlada e progressiva.
O objetivo é reduzir a resposta de ansiedade associada ao estímulo fóbico.
Essa técnica pode ser feita de forma direta (exposição ao vivo) ou imaginária, onde o paciente visualiza a situação que causa medo até que o desconforto diminua.
Apoio em grupos de terapia
Participar de grupos de apoio pode ser útil para algumas pessoas, pois permite compartilhar experiências e aprender com outras pessoas que também enfrentam fobias.
Essa troca de experiências pode proporcionar apoio emocional e motivação, além de ajudar a pessoa a sentir-se menos isolada em relação ao problema.
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).