Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Fistarol - Psicólogo CRP 07/24079
Estar atento aos sintomas de dependência química é essencial para identificar esse problema o quanto antes e, assim, tratá-lo!
Em termos gerais, a dependência química consiste em uma doença crônica caracterizada pelo uso desequilibrado de uma ou mais substâncias capazes de alterar o estado mental de um indivíduo. Por isso, ela também pode ser considerada como um transtorno mental.
A pessoa que sofre com essa condição não consegue conter o seu vício – que pode ser em bebidas alcoólicas, medicamentos ou drogas ilícitas, por exemplo, o que implica em sérias consequências para a sua vida física, emocional, social e psíquica.
Pensando na gravidade e importância deste assunto, preparamos este artigo para falar sobre os sintomas de dependência química e as possibilidades de tratamento. Boa leitura!
Quais são os sintomas de dependência química?
Reconhecer os sinais da dependência química é o primeiro passo para identificar essa condição e procurar ajuda especializada.
Apesar de eles serem diversos e variarem de pessoa para pessoa, existem alguns principais que merecem a atenção, como:
Fissura pela substância
Um dos sintomas mais comuns de uma dependência química é a fissura pela substância, isto é, o desejo incontrolável de utilizá-la.
Essa compulsão, também conhecida como craving, desperta uma necessidade única no indivíduo de repetir o consumo em função dos efeitos que a substância causa em seu organismo, como o álcool e as drogas ilícitas, por exemplo.
Mudança no comportamento
Outro sintoma da dependência química é a alteração significativa e bastante perceptível no comportamento à medida em que o vício se intensifica.
Vale destacar que essas mudanças dependem do tipo de substância psicoativa utilizada. Afinal, cada uma é capaz de criar um padrão de alterações.
Entretanto, de uma forma geral, pode-se dizer que um indivíduo com dependência química pode apresentar:
- Impulsividade
- Irritabilidade
- Humor oscilante
- Depressão
- Impaciência
- Desânimo
- Frustração
- Desinteresse
- Euforia
Além disso, o indivíduo começa a abandonar hábitos positivos que tinha antes, como a prática de atividades física ou social, por exemplo. Isso porque a própria substância o satisfaz e lhe promove prazer e completude.
Crises de abstinência
Um sinal de dependência química é quando o indivíduo tenta suspender ou reduzir o uso de determinada substância e começa a sofrer com crises de abstinência.
Os sintomas da abstinência incomodam de forma física e psicológica a pessoa dependente, sobretudo pela necessidade fisiológica que ela tem do consumo.
Nesse sentido, alguns aspectos das crises de abstinência são:
- Sudorese
- Ansiedade
- Tremores
- Fraqueza
- Dores musculares
- Náuseas e vômitos
- Inquietude
- Dilatação das pupilas
- Delírios e alucinações
- Confusão mental
- Perda de apetite
- Nervosismo
- Insônia
- Pele úmida e fria
- Letargia
Dificuldade em controlar o uso
Além da fissura, a pessoa com dependência química começa a sentir dificuldade em controlar, reduzir ou parar o uso da substância.
Portanto, ainda que ela perceba que aquilo não está lhe fazendo bem, as tentativas de parar sozinha, sem ajuda, não costumam ser bem-sucedidas justamente por causa da dependência física e psicológica.
Aumento das doses
O uso prolongado de algumas substâncias faz com que o organismo se habitue à presença desses componentes. Consequentemente, as doses precisam ser cada vez maiores e mais frequentes para se obter o mesmo efeito de antes.
Isso, obviamente, provoca um ciclo vicioso de consumo e um descontrole do dependente, o que torna ainda mais difícil sair da dependência.
Endividamento
Outro sintoma que pode estar presente na dependência química é o endividamento. E isso pode acontecer por diversos motivos.
Um deles é que, quanto maior o descontrole sobre o consumo da substância, mais o indivíduo terá a necessidade de consumi-lo, mas nem sempre terá dinheiro para isso.
Nesses casos, é comum a pessoa dependente começar a vender objetos pessoais ou furtar pessoas da própria família para manter o uso da substância.
Ademais, o endividamento também pode vir de uma forma mais indireta, quando o indivíduo se desestabiliza emocionalmente por causa da dependência e pode acabar se esquecendo de honrar com os seus compromissos financeiros.
Isolamento
Por fim, o isolamento também aparece na lista dos sintomas de dependência química. Essa é uma característica marcante desse tipo de condição e que ocorre, principalmente, por dois motivos.
O primeiro é que, como a pessoa dependente costuma abandonar atividades cotidianas simples em razão do vício, é natural que se afaste de amigos e familiares.
Mas, além disso, o isolamento social também pode acontecer por vergonha da sua condição e/ou para que as pessoas do seu convívio não descubram o seu vício.
Acontece que esse afastamento é extremamente prejudicial, uma vez que compromete ainda mais a saúde mental do indivíduo e reduz as chances de esse receber ajuda de entes queridos para sair da situação.
Quais são as causas da dependência química?
Não é possível definir uma única causa para o surgimento da dependência química. Algumas pessoas, por exemplo, podem viciar logo no primeiro uso de uma determinada substância, enquanto outras podem demorar mais tempo.
Nesse sentido, entende-se que há um conjunto de fatores de risco – conhecidos como biopsicossociais – que podem contribuir para o surgimento da condição, sendo eles:
- Biológico: fator associado à hereditariedade ou à genética. Isso significa que pode ser tanto um aspecto herdado dos pais ou alguma característica específica do próprio organismo do indivíduo no momento de metabolizar e/ou tolerar determinada substância, podendo levar à dependência.
- Psicológico: esse fator está relacionado às emoções de uma pessoa, que podem incluir questões relacionadas a traumas de infância, depressão, ansiedade, frustrações, entre outros.
- Social: esse último fator tem a ver com o meio no qual o indivíduo esteve e está inserido na sociedade. Logo, se o seu ambiente familiar era negativo, se mora próximo de um ponto de tráfico de drogas e/ou se frequenta ambientes em que as pessoas consomem algum tipo de substância que causa dependência, por exemplo, pode haver uma predisposição para o desenvolvimento da condição.
Como tratar a dependência química?
A dependência química não tem cura, mas pode ser tratada e estabilizada.
Nesse sentido, o tratamento da condição é multidisciplinar. Assim, embora varie de pessoa para pessoa e do grau de severidade da dependência, ele pode envolver:
- O uso de medicamentos.
- A participação em grupos de ajuda com pessoas portadoras da mesma condição.
- E a psicoterapia para mudar os padrões de pensamento e comportamentos.
Além disso, alguns indivíduos podem necessitar de uma breve internação para que seja realizada a desintoxicação e, a partir disso, seja possível seguir com os tratamentos mencionados anteriormente.
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Consultas por vídeoA psicóloga Maria Cecília Ramos Hyppólito é Formada pela Universidade Paulistana especialista em traumas atua com a abordagem EMDR e com a terapia da Criança Interior , realiza atendimento à brasileiros residentes no exterior.
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Autor: psicologa Camila Fistarol - CRP 07/24079Formação: A psicóloga Camila Fistarol possui especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Universitário Amparense (UNIFIA). É Especializanda em Intervenção em Situações de Perdas e Luto. Atua em atendimentos clínicos, com base na Terapia Cognitivo-Comportamental e a Terapia de Regulação...