Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
A crise de estresse é uma reação psicológica e fisiológica intensa a uma condição considerada como uma ameaça ou desafio.
Caso não receba a devida atenção, ela pode desenvolver outras questões mentais emocionais, como ansiedade, bem como problemas físicos, como os gastrointestinais.
Convém mencionar que os dados são alarmantes quando falamos do estresse. Segundo um estudo da International Stress Management Association (ISMA-BR), cerca de 70% da população brasileira ativa sofre com o estresse – agudo ou crônico.
Assim, pensando na gravidade dessa questão e na necessidade de olharmos para ela com atenção, preparamos este guia completo sobre crise de ansiedade.
Continue a leitura para saber tudo sobre o assunto!
Quais os sintomas de uma crise de estresse?
Os sintomas de uma crise de estresse podem ser subdivididos entre físicos, emocionais e comportamentais.
Eles podem variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns que são mais recorrentes.
Abaixo, fizemos uma lista para te ajudar na identificação dessa condição:
Sintomas físicos
- Tensões musculares
- Fadiga
- Taquicardia
- Aumento da pressão arterial
- Dores de cabeça
- Formigamento
- Problemas gastrointestinais
- Sudorese excessiva
- Boca seca
- Perda da libido
- Infecções de repetição
- Dores em diferentes partes do corpo
- Fadiga extrema (mesmo sem que haja motivos)
Emocionais
- Alterações de humor
- Irritabilidade
- Ansiedade
- Tristeza
- Problemas de memória e concentração
- Insatisfação
Comportamentais
- Dificuldade em socializar
- Procrastinação
- Descontrole sobre suas ações
- Distúrbios do sono
- Dificuldade de organização
- Dificuldade para tomar decisões
- Comportamentos compulsivos (ex.: comer compulsivamente)
Tipos de estresse
Basicamente, existem quatro tipos de estresse, que se diferenciam em razão da causa, da intensidade e da duração. Conheça-os melhor:
Estresse agudo
O estresse agudo é o mais comum. Ele ocorre de forma imediata diante de eventos pontuais que são desafiantes ou que denotem ameaça. Inclusive, é esperado que essa condição desapareça quando a situação que o gerou se resolva. Portanto, ela é de curta duração.
Um exemplo de estresse agudo é quando você precisa realizar uma importante apresentação na escola ou na empresa e se sente estressado até que o momento passe.
Estresse agudo episódico
Nessa condição, o estresse agudo ocorre com frequência. Ou seja, o indivíduo está sempre preocupado com algo e não consegue voltar para um estado de relaxamento.
Um exemplo de estresse agudo episódico é aquele provocado pela sobrecarga no trabalho, com altas demandas e cargas horárias extenuantes.
Estresse crônico
Como o próprio nome sugere, o estresse crônico é constante e de longa duração. Ele é resultado da grande frequência de situações estressantes vivenciadas.
É, sem dúvidas, o tipo de estresse mais prejudicial tanto para a saúde mental quanto para a física, podendo desencadear hipertensão, transtorno de ansiedade, depressão, distúrbios cardíacos, entre outros.
Um exemplo de estresse crônico é para uma pessoa que possui um relacionamento tóxico e, por isso, vive constantemente brigando com o seu cônjuge.
Estresse traumático
Por fim, o estresse traumático é aquele que ocorre em resposta a situações traumáticas, como violência, acidente, desastre natural ou abuso.
Se não for tratado imediatamente, pode desencadear o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que possui como alguns de seus sintomas a ansiedade intensa, o isolamento social e a síndrome do pânico.
Quais são as principais causas para o estresse?
Existem diversas situações que podem gerar os tipos de estresse que mencionamos anteriormente, sendo os gatilhos mais comuns:
Sobrecarga de trabalho
Essa é uma das principais causas do surgimento do estresse. Afinal, estamos em uma era em que boa parte das pessoas vive focada exclusivamente em seus trabalhos, deixando de lado o desenvolvimento de atividades prazerosas e relaxantes.
Assim, prazos apertados, chefes autoritários, pressão constante, excesso de responsabilidade e falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (isto é, a ausência da prática de hobbies e atividades de lazer) contribuem para gerar o estresse.
Convém mencionar que o estresse no trabalho, se não tratado, pode agravar e gerar, dentre outras condições, a Síndrome de Burnout.
Traumas
Como já mencionado, os eventos traumáticos, como acidentes, desastres naturais, diagnósticos de doenças graves, perdas de entes queridos, guerras ou situações de violência, por exemplo, podem desencadear um estresse bastante intenso.
Aqui, é importante dizer que o indivíduo que desenvolve esse tipo de estresse não necessariamente precisa ter vivenciado o evento. Apenas tendo testemunhado a situação já é suficiente para fazê-lo desenvolver a condição.
Dificuldades financeiras
Não conseguir cumprir com as obrigações financeiras também é um forte agente estressor. Vale dizer que esse fato pode ser desencadeado pela instabilidade econômica, perda de emprego ou endividamento, por exemplo.
No entanto, independente de qual seja a causa da dificuldade financeira, não conseguir honrar com os seus compromissos e, em muitos casos, não ter recursos para suprir as necessidades básicas da família gera uma preocupação constante.
Relações interpessoais
Uma outra causa do estresse são os conflitos interpessoais, seja com os familiares, amigos, colegas e/ou com o cônjuge. Aqui, podemos elencar as discussões constantes, a convivência com pessoas tóxicas ou a falta de apoio como razões desses conflitos.
Além de serem situações angustiantes, elas também podem causar preocupação e inquietude constantes, o que desencadeia o estresse que, se não resolvido, pode gerar estresse crônico.
Quais são as consequências de uma crise de estresse?
Se sentir estressado não é incomum. Afinal, essa é uma reação do corpo a alguma situação que soe como ameaça ou desafio.
O problema está quando esse estresse não recebe a devida atenção e tratamento e se prolonga, o que pode gerar consequências sérias para a mente e o corpo.
A seguir, listamos alguns desses impactos:
- Depressão e ansiedade: o estresse prolongado pode desencadear essas condições mentais. Na ansiedade, há o medo e a preocupação excessivas, enquanto que na depressão há a tristeza e a angústia intensas. Em ambas, os padrões de pensamento são negativos e prejudiciais.
- Síndrome de Burnout: o estresse constante no trabalho pode levar a essa condição, que é caracterizada pela exaustão mental extrema e esgotamento físico.
- Doença cardíaca: o estresse crônico pode aumentar os níveis de adrenalina e cortisol por um longo período de tempo, o que contribui para o aumento da pressão arterial. Além disso, a irritação constante pode desequilibrar o ritmo cardíaco, causando taquicardia.
- Distúrbios alimentares: o estresse é capaz de modificar os padrões alimentares das pessoas. Enquanto umas comem compulsivamente, outras deixam de se alimentar. No primeiro caso, pode-se ter a obesidade e o desencadeamento de bulimia, por exemplo. No segundo, a fraqueza e a desnutrição são as principais consequências.
- Transtornos gastrointestinais: estar constantemente estressado altera a forma como os alimentos passam pelo intestino, podendo ocasionar gastrite, doença inflamatória intestinal, entre outras patologias.
Como tratar a crise de estresse?
De forma geral, existem três frentes para tratar a crise de estresse: psicoterapia, medicações e práticas relaxantes alternativas.
A principal delas é a psicoterapia. Nela, o psicólogo trabalha o autoconhecimento para que o indivíduo consiga entender melhor os seus limites e os gatilhos que o fazem ficar estressado. Esse é o primeiro passo para mudar os padrões de comportamento disfuncionais.
Já as medicações nem sempre serão necessárias, mas podem ser prescritas por um médico psiquiatra que analisará a individualidade de cada paciente. Nesse sentido, podem ser prescritos medicamentos calmantes e relaxantes, por exemplo.
Por fim, as práticas alternativas para relaxamento podem ser grandes aliadas da psicoterapia. Ioga, acupuntura e meditação, por exemplo, contribuem para relaxar o corpo e a mente e, assim, podem auxiliar o tratamento tradicional.
Prevenção de crises de estresse
A prevenção é o melhor caminho para evitar as crises de estresse e resguardar a saúde de uma forma geral. Sendo assim, existem algumas dicas que podem ser seguidas, como:
- Identifique os agentes estressores: para prevenir o estresse, é necessário identificar o que o causa. Assim, identifique o que faz você ficar estressado para, assim, agir diretamente na fonte.
- Equilibre a vida pessoal e profissional: considerando que um dos maiores causadores do estresse é a sobrecarga no trabalho, é essencial gerenciar melhor o seu tempo para encontrar equilíbrio entre essas duas áreas da vida, reservando momentos para o lazer e descanso.
- Pratique o autocuidado: cuidar do corpo e da mente é primordial para fortalecer a sua capacidade em lidar com situações estressantes. Por isso, pratique exercícios regulares, tenha uma alimentação equilibrada, siga uma rotina de sono e invista em técnicas de relaxamento, como ioga, meditação ou respiração profunda.
- Desenvolva a inteligência emocional: algumas situações estressantes são impossíveis de serem evitadas. Sendo assim, desenvolva a inteligência emocional para saber enfrentar esses eventos com mais sabedoria e tranquilidade.
Quando procurar ajuda profissional?
Você deve procurar imediatamente a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra quando:
- Perceber que suas crises de estresse estão sendo frequentes.
- O cansaço, a tristeza e/ou a ansiedade estão interferindo na sua rotina.
- Não conseguir controlar os pensamentos negativos intermitentes.
- Apresentar dificuldade em manter relações pessoais.
- Apresentar dificuldade para realizar atividades do dia a dia.
- Se sentir incapaz e desamparado.
Esses são alguns dos sinais de alerta que devem te fazer procurar uma ajuda profissional o mais rápido possível!
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).