Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773

Você conhece os principais sintomas de transtorno de personalidade histriônica? Consegue identificar e diferenciar essa condição de outras, como o borderline?
Para quem não sabe, o transtorno de personalidade histriônica (TPH) é uma questão psicológica caracterizada pela excessiva emocionalidade e a busca constante por atenção.
Isso significa que a pessoa com TPH sente a necessidade de ser o centro das atenções e, quando isso não acontece, ela reage de uma forma desproporcional e emotiva.
É importante reforçar que existem pessoas que gostam de se destacar diante de outras pessoas e isso não é nenhum problema psicológico. O transtorno de personalidade histriônica ocorre quando o indivíduo sente uma necessidade extrema em ser destaque e, quando não consegue, sofre com a situação.
Neste artigo, vamos falar de forma aprofundada sobre esse tema, abordando seus principais sintomas e causas, bem como as melhores formas de tratamento. Boa leitura!
Quais são os sintomas de transtorno de personalidade histriônico?
Como mencionamos, a pessoa com o transtorno de personalidade histriônica tem uma necessidade exagerada de ser o centro das atenções. Para isso, ela utiliza todos os artifícios que possui – sobretudo a aparência física – para chamar a atenção dos outros.
No entanto, além dessa característica central, essa condição apresenta alguns outros sintomas característicos e padronizados, como:
- Uso da aparência física para chamar atenção
- Comportamento excessivamente sedutor ou sensual
- Desconforto quando não consegue ser o centro das atenções
- Ansiedade exagerada
- Descontrole emocional
- Carência afetiva
- Tendência a confiar muito nas outras pessoas
- Dificuldade para lidar com críticas
- Mudança rápida de humor e de conduta
- Percepção de que os relacionamentos são mais íntimos do que a realidade
- Comportamento e expressão das emoções de forma dramática
- Manifestação de opiniões fortes, mas com pouca argumentação
- Existência de múltiplos parceiros sexuais ou interesses românticos
Vale dizer que as pessoas que possuem o TPH não entendem o porquê desses sentimentos e comportamentos. Elas simplesmente possuem a necessidade de agir dessa forma. Daí, quando não conseguem o resultado esperado com as suas ações, se frustram.
Como age uma pessoa histriônica?
Pessoas histriônicas se preocupam constantemente com a sua imagem, uma vez que utilizam a aparência física para se destacarem.
Assim, elas se vestem e agem frequentemente de forma sedutora e provocante, o que se apresenta como inadequado para muitos contextos, como no ambiente de trabalho e nas reuniões familiares, por exemplo.
Quando não consegue se tornar o centro das atenções, o paciente histriônico fica deprimido, podendo apresentar quadros de ansiedade ou depressão, por exemplo.
Além disso, esses indivíduos falam e agem de forma dramática e costumam expressar opiniões fortes, mas as quais possuem dificuldades para defender. Também costumam trocar de emprego e amigos com frequência, uma vez que se entendiam facilmente de tudo.
Por fim, uma outra ação comum de pessoas com personalidade histriônica é tentar controlar seus parceiros por meio da sedução e/ou manipulação emocional. Por outro lado, devido à carência afetiva, elas podem se tornar dependentes com facilidade.
Quais são as causas do transtorno de personalidade histriônica?
As causas do TPH não são completamente conhecidas. Entretanto, acredita-se que a sua origem possa ter relação com algumas das questões a seguir:
- Histórico familiar de transtornos de personalidade;
- Vivência de traumas na infância;
- Problemas de relacionamento com os pais;
- Vulnerabilidade biológica.
Qual a diferença entre o transtorno de personalidade histriônica e borderline?
É comum a confusão entre os transtornos de personalidade histriônica e borderline. Afinal de contas, eles possuem características bastante parecidas, o que torna difícil a identificação de cada um.
Dito isso, é importante compreender que o transtorno borderline é uma condição caracterizada por um padrão persistente de instabilidade emocional, impulsividade e dificuldade em manter uma autoimagem consistente.
Nesse sentido, enquanto que o paciente com borderline se considera mau e sente as emoções de modo intenso e profundo, a pessoa histriônica não se enxerga como uma pessoa ruim, pelo contrário.
Ademais, uma outra diferença entre essas duas condições é que o borderline costuma ser mais grave e apresentar uma maior frequência de episódios psicóticos, enquanto que na TPH, os ataques costumam surgir apenas quando a pessoa não recebe a atenção e o destaque que gostaria.
Quais são as consequências do transtorno de personalidade histriônica?
A pessoa que tem o transtorno de personalidade histriônica sofre psicológica e emocionalmente com a condição, pois a vontade de se destacar é incontrolável, o que provoca frustração, angústia, ansiedade, etc.
Mas, além desse sofrimento, existem outras sérias consequências quando a condição não é diagnosticada e tratada corretamente, como:
- Dependência emocional do parceiro;
- Dificuldade para desenvolver a intimidade nos mais diversos relacionamentos;
- Afastamento dos amigos pelo jeito complicado de ser (inclusive, pelo comportamento sexualmente provocativo);
- Recorrentes episódios de frustração;
- Dificuldade em alcançar objetivos pessoais e profissionais, uma vez que perde o interesse com facilidade;
- Alta probabilidade de desenvolver outras condições psicológicas.
Transtornos relacionados ao transtorno de personalidade histriônica
O TPH pode ocorrer de forma concomitante com outras condições, que, inclusive, são consideradas como “comorbidades” para o seu desenvolvimento. Elas são:
- Distimia;
- Transtorno conversivo;
- Transtorno depressivo maior;
- Transtorno de sintoma somático;
- Outros transtornos de personalidade (borderline, narcisista, antissocial e dependente).
Como diagnosticar o transtorno de personalidade histriônica?
O diagnóstico do transtorno de personalidade histriônica deve ser realizado por um profissional da saúde mental, como psicólogo ou psiquiatra. Afinal, apenas ele saberá diferenciar essa condição de outras similares.
Para isso, o especialista leva em consideração os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Segundo ele, para que uma condição seja diagnosticada como TPH, os pacientes devem apresentar um padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção.
Nesse caso, o indivíduo deve ter, no mínimo, 5 dos sinais abaixo:
- Interpretação dos relacionamentos como mais íntimos do que realmente são;
- Expressão exagerada das emoções, autodramatização e teatralidade;
- Discurso impressionista, porém vago;
- Mudança rápida das emoções e expressão superficial dessas;
- Interação com outras pessoas de forma sedutora e provocativa, sendo inapropriada para muitos contextos e ambientes;
- Desconforto e frustração quando não é o centro das atenções;
- Ser influenciado facilmente por outras pessoas e/ou situações;
- Uso frequente da aparência física para ser notado.
Vale dizer que, para ser considerado um transtorno de personalidade histriônica, esses sintomas devem ter ocorrido no início da vida adulta.
Qual o tratamento para o transtorno de personalidade histriônica?
Assim como para outros transtornos de personalidade, o principal tratamento para o TPH é a psicoterapia. Por meio dela, o paciente poderá tratar a autoestima, entender os gatilhos, inseguranças e traumas que provocam suas atitudes exibicionistas e, consequentemente, mudar os seus padrões de comportamento e pensamento, como a dramatização.
Vale dizer que podem ser utilizadas diferentes abordagens da psicologia para esse tratamento, como a terapia cognitivo-comportamental ou a psicodinâmica, bem como distintos formatos de atendimento, como a terapia online ou a presencial.
Apesar de ser um tratamento de médio a longo prazo, ele é extremamente necessário para melhorar a qualidade de vida do paciente, bem como sua saúde mental e bem-estar geral.
Para alguns pacientes, também pode ser necessária a prescrição de medicamentos por um psiquiatra. Contudo, essa não é uma regra e vai variar conforme cada caso.
Como um psicólogo para o transtorno de personalidade histriônica pode ajudar
Como vimos, é necessário estar atento aos sintomas de transtorno de personalidade histriônica para que o diagnóstico possa ser precoce e o tratamento iniciado de forma breve.
Por isso, saiba que, na Psitto, você encontra diversos psicólogos que podem te ajudar a controlar os sintomas dessa condição e te ensinar a ressignificá-la em sua vida a fim de garantir equilíbrio, saúde mental e emocional.
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).