Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869

O diagnóstico de TDAH é realizado por um especialista, como psiquiatra, psicólogo ou neurologista, que realiza uma detalhada anamnese do paciente.
Para concluir que a condição do indivíduo trata-se realmente do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o profissional faz uma avaliação clínica, que leva em consideração sintomas, histórico e comportamentos do indivíduo.
Neste artigo, falaremos sobre detalhes e métodos importantes que são utilizados no diagnóstico de TDAH. Continue acompanhando para saber mais!
Como é feito o diagnóstico de TDAH?
Antes de mais nada, é preciso saber que o diagnóstico de TDAH não se dá em um único atendimento, sobretudo porque ele é exclusivamente clínico, uma vez que não existem exames laboratoriais ou de imagem para isso.
Sendo assim, todo o processo exige várias consultas para que o especialista possa, aos poucos, construir o diagnóstico deste transtorno. Portanto, requer paciência.
Diante disso, o diagnóstico do TDAH envolve as seguintes etapas:
- Entrevista clínica e análise do histórico: nesta etapa, o profissional de saúde realiza diversas perguntas sobre os sintomas do paciente, bem como a frequência desses. Além disso, coleta informações relevantes sobre o seu histórico médico e comportamental – desde a infância até a fase presente.
- Questionários padronizados: o especialista também pode utilizar questionários padronizados que avaliam os sintomas do paciente e os impactos desses no seu dia a dia. Assim, além dos sintomas, as perguntas fazem referência ao comportamento social do indivíduo, suas habilidades de organização e concentração, entre outros pontos que podem indicar a existência do TDAH.
- Avaliação psicológica: já esta etapa envolve testes psicométricos que analisam a capacidade de atenção, concentração, memória e cognição do paciente, além de também avaliar questões comportamentais e emocionais.
Portanto, o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é bastante minucioso para que se possa realmente chegar a uma conclusão assertiva e, assim, oferecer o tratamento adequado ao paciente.
Quem pode diagnosticar TDAH?
O diagnóstico do TDAH é comumente realizado por profissionais da saúde mental, como psiquiatra, neurologista, neuropediatra e/ou psicólogo.
- Psiquiatra: esse especialista realiza diagnósticos e trata com medicamentos condições que afetam as funções psíquicas. Assim, no caso do TDAH, ele analisa os sintomas e o histórico clínico do indivíduo e observa aspectos comportamentais. Além disso, pode aplicar testes e conversar com familiares para chegar a um diagnóstico mais preciso.
- Neurologista/neuropediatra: esse especialista diagnostica e trata condições que afetam o sistema nervoso. Quando o diagnóstico do TDAH ocorre ainda na infância, sobretudo em crianças entre a fase pré-escolar até o ensino fundamental, o neuropediatra é o profissional mais adequado.
- Psicólogo: esse profissional da saúde mental pode aplicar testes e questionários, além de técnicas, para compreender os sintomas do paciente e realizar o diagnóstico da condição. Além disso, realiza o tratamento por meio da terapia, que auxilia no controle dos sintomas e ajuda o paciente a enfrentar melhor a condição.
Principais critérios diagnósticos do TDAH
O diagnóstico do TDAH deve seguir os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), elaborado pela American Psychiatric Association, dos Estados Unidos.
Segundo ele, para que seja diagnosticado o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, é necessário que o paciente apresente, no mínimo, 6 sinais relacionados à desatenção e/ou à hiperatividade. Falaremos sobre esses sintomas nos próximos tópicos.
Existem, ainda, outros critérios a serem seguidos. De acordo com eles, é necessário que os sintomas do paciente:
- Ocorram em pelo menos duas situações (ex.: casa e trabalho);
- Interfiram na capacidade funcional do indivíduo;
- Estejam presentes antes dos 12 anos de idade;
- Estejam presentes muitas vezes e por, no mínimo, 6 meses.
Diagnóstico de TDAH em adultos
O diagnóstico do TDAH em adultos requer uma avaliação detalhada e minuciosa, uma vez que os sintomas apresentados podem estar relacionados a outras condições, como depressão, ansiedade, dislexia, alcoolismo, entre outras.
Então, nesse cenário, o especialista analisa, dentre outros pontos, os comportamentos e sintomas apresentados e como eles interferem na vida profissional e/ou pessoal do paciente.
Além disso, é muito importante levar em consideração o seu histórico de vida inteiro, desde a infância, uma vez que um dos critérios para ser considerado TDAH é justamente a presença de alguns sintomas antes dos 12 anos de idade.
Como é feito o diagnóstico de TDAH em crianças?
Nas crianças, saber o que é TDAH e o que pode ser proveniente de outras condições é ainda mais desafiador. Isso porque a criança está em processo constante de desenvolvimento, o que pode dificultar um pouco o diagnóstico pelo especialista.
Além do mais, como elas não conseguem expressar exatamente o que sentem, é imprescindível realizar entrevistas com familiares, cuidadores e até mesmo educadores para compreender o comportamento da criança e, assim, fechar um diagnóstico assertivo.
Um ponto importante é que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade geralmente se apresenta de forma combinada na infância, com sintomas da hiperatividade e desatenção. Diferentemente da fase adulta, em que os sinais da desatenção predominam.
Quais os sintomas comuns de TDAH?
A seguir, listamos os sintomas presentes no TDAH, apontados pelo DSM-5.
Vale destacar, assim, que essa condição pode se apresentar com mais desatenção ou com mais hiperatividade. Ou, ainda, existem indivíduos em que ela aparece combinada.
Por isso, separamos os sintomas por grupos: o da desatenção e o da imperatividade.
Sintomas de desatenção
- Distração fácil e rápida
- Esquecimento de realizar as atividades diárias
- Perda recorrente de objetos necessários para tarefas diárias
- Dificuldade para organizar atividades
- Dificuldade para acompanhar instruções
- Dificuldade para concluir tarefas
- Dificuldade para se atentar a detalhes
- Aparenta ter preguiça para realizar atividades que requerem um esforço mental durante um longo período
Sintomas de hiperatividade
- Movimento de mãos e pés com frequência
- Dificuldade para brincar tranquilamente (no caso das crianças)
- Fala compulsiva
- Em um diálogo, interrupção frequente dos outros
- Dificuldade para aguardar a sua vez de falar e/ou agir
- Respostas a perguntas de forma abrupta, antes que essas sejam completadas
- Movimento contínuo no ambiente em que está
Tratamentos comuns do TDAH
Tanto no caso de TDAH em adultos quanto em crianças, os tratamentos mais comuns e utilizados são a psicoterapia e o uso de medicamentos.
Então, na psicoterapia, o psicólogo auxilia o paciente a mudar os padrões de comportamento prejudiciais. Além disso, oferece caminhos para que ele possa desenvolver mecanismos para lidar com os sintomas do TDAH e melhorar o controle emocional e o gerenciamento de tempo, por exemplo. A abordagem mais utilizada é a terapia cognitivo-comportamental.
Já o tratamento com um psiquiatra costuma ser indicado com frequência para o controle dos sintomas por meio do uso de medicamentos.
Na maioria dos casos, os psicoestimulantes são os recomendados, pois aumentam a atividade cerebral em áreas que estão relacionadas com o controle de impulso e desenvolvimento da atenção. Assim, contribuem para a concentração e o aprendizado.
Quais são as principais causas do TDAH?
As causas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade podem ser de origem:
- Hereditária: indivíduos que possuem um ou ambos os pais com essa condição podem nascer com o TDAH.
- Biológica: quando ocorre uma alteração na estrutura do cérebro do indivíduo, como a redução da espessura da massa cinzenta – local onde estão os corpos celulares dos neurônios.
- Ambiental: fatores externos que podem contribuir para o desenvolvimento da condição, como baixo peso no nascimento, infecções ou uso de álcool e drogas durante a gravidez, abuso infantil, etc.
Impactos do TDAH no dia a dia
O TDAH pode trazer diversos e severos impactos para as atividades diárias do indivíduo que ainda não está em tratamento, como:
- Não conseguir cumprir prazos;
- Se esquecer de compromissos importantes;
- Perder objetos importantes e valiosos com frequência;
- Ter conflitos nos relacionamentos pela falta de organização e esquecimento;
- Ser demitido do trabalho por não conseguir atender as demandas;
- Apresentar atraso na alfabetização e no aprendizado em geral;
- Desenvolver baixa autoestima e sentimento de incapacidade;
- Descontrole emocional, com desenvolvimento de ansiedade e estresse;
- Não conseguir se organizar, planejar e memorizar, etc.
Diante de tantos impactos negativos, torna-se evidente a necessidade de seguir o tratamento de forma responsiva.
Qual a importância do diagnóstico correto para TDAH?
Como mencionado, o TDAH pode ser confundido com outras condições psicológicas. Daí a importância, então, de o diagnóstico ser realizado de forma criteriosa por uma equipe multidisciplinar, com psicólogo, neurologista e psiquiatra.
Afinal de contas, é apenas a partir de um diagnóstico correto que será possível tratar da melhor forma a condição do paciente a fim de possibilitar que ele tenha uma vida saudável e com o mínimo de impactos provocados pelo TDAH.
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