Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Viviane Gomes Ribeiro Polpeta - Psicólogo CRP 06/130900

O transtorno de escoriação é um distúrbio caracterizado pelo hábito repetitivo de cutucar, arranhar ou beliscar a própria pele, causando lesões. Essa condição está ligada à ansiedade e pode gerar sofrimento significativo, afetando a qualidade de vida do indivíduo.
Os episódios costumam ser impulsivos ou compulsivos, levando a ferimentos persistentes e ao risco de infecções. O tratamento envolve terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicamentos para controle da compulsão.
Quer entender melhor os sinais, diagnóstico e possíveis tratamentos do transtorno de escoriação? Continue lendo este artigo!
Qual o tratamento para transtorno de escoriação?
O tratamento para o transtorno de escoriação envolve uma abordagem combinada, que pode incluir terapia, medicação e mudanças no estilo de vida.
Dessa forma, alguns dos métodos mais eficazes são:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
A TCC é um dos tratamentos mais indicados. Ela ajuda o paciente a identificar gatilhos emocionais e padrões de pensamento que levam à escoriação. Além disso, ajuda a tratar as possíveis causas do transtorno de escoriação, como ansiedade e depressão.
Terapia de Reversão do Hábito (TRH)
A TRH ensina estratégias para substituir a escoriação por ações alternativas, como apertar uma bola antiestresse ou praticar exercícios de relaxamento. O objetivo é criar um novo padrão de resposta ao impulso de cutucar a pele.
Antidepressivos e outros medicamentos
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) podem reduzir a compulsão. Em alguns casos, estabilizadores de humor ou ansiolíticos são prescritos para controlar os sintomas emocionais associados.
Estratégias complementares
Além das terapias e medicamentos, recomenda-se:
- Técnicas de relaxamento, como meditação e mindfulness, para diminuir a ansiedade.
- Uso de barreiras físicas, como bandagens ou luvas, para dificultar o acesso à pele.
O tratamento deve ser personalizado conforme as necessidades de cada paciente e recomendado por um profissional, que pode ser encontrado na Psitto.
Transtorno de escoriação tem cura?
A possibilidade de cura do transtorno de escoriação depende de cada caso.
Alguns pacientes conseguem eliminar completamente o comportamento com um tratamento adequado e prolongado. Isso envolve terapia especializada, suporte emocional e, em alguns casos, medicação.
Porém, há situações mais complexas em que o transtorno se torna crônico. Nesses casos, o tratamento não busca a cura total, mas sim o controle dos impulsos e a redução dos danos à pele.
Por isso, o acompanhamento contínuo com psicólogo e psiquiatra é essencial para evitar recaídas e melhorar a qualidade de vida. Independentemente do grau do transtorno, intervenções precoces aumentam as chances de melhora significativa.
Causas do transtorno de escoriação
O transtorno de escoriação pode ter diversas causas, geralmente associadas a fatores emocionais e psicológicos. As principais incluem:
- Ansiedade e estresse: Situações de tensão podem desencadear ou agravar o comportamento de manipular a pele.
- Transtornos psiquiátricos: Condições como transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), depressão e TDAH frequentemente estão relacionadas à escoriação.
- Impulsividade e regulação emocional: Dificuldade em controlar impulsos e emoções pode levar ao comportamento repetitivo de ferir a pele.
- Fatores genéticos: Pessoas com histórico familiar de transtornos psiquiátricos podem ter maior predisposição à escoriação.
- Busca por alívio emocional: Para alguns, o ato de cutucar a pele gera uma sensação momentânea de prazer ou alívio, funcionando como um mecanismo de enfrentamento.
O transtorno pode ter múltiplos gatilhos, variando de pessoa para pessoa. Portanto, a identificação da causa é essencial para um tratamento eficaz.
Quais são os sintomas comuns do transtorno de escoriação?
Os principais sintomas do transtorno de escoriação estão relacionados ao comportamento repetitivo de manipular a própria pele.
Dessa forma, entre os mais comuns, estão:
- Lesões na pele: Feridas causadas por espremer, arranhar, coçar ou morder repetidamente a pele.
- Dificuldade em controlar o hábito: Tentativas frustradas de parar o comportamento, mesmo percebendo os danos.
- Marcas e cicatrizes persistentes: Áreas do corpo com feridas abertas, cascas removidas ou cicatrizes visíveis.
- Desconforto emocional: Sentimentos de culpa, vergonha ou frustração após os episódios de escoriação.
- Isolamento social: Evitação de situações em que as lesões possam ser percebidas, como ir à praia ou usar roupas curtas.
- Piora em momentos de estresse: O comportamento tende a aumentar em períodos de ansiedade, tédio ou tensão emocional.
É importante destacar que esses sintomas podem afetar significativamente a autoestima e a qualidade de vida da pessoa, sendo necessário o acompanhamento e apoio psicológico.
Como é feito o diagnóstico do transtorno de escoriação?
O diagnóstico do transtorno de escoriação é realizado por um profissional de saúde mental, como psicólogo, que pode ser encontrado na Psito. Não há exames laboratoriais específicos para essa condição, sendo a avaliação clínica essencial.
Assim, o especialista analisa o histórico do paciente, os sintomas apresentados e o impacto do comportamento na rotina. O diagnóstico segue critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que incluem:
- Comportamento recorrente de manipular a pele, resultando em lesões.
- Tentativas frustradas de reduzir ou interromper o hábito.
- Sofrimento significativo ou prejuízo nas atividades diárias.
- Ausência de outra condição médica ou dermatológica que explique as lesões.
Assim, a partir dessa avaliação, o profissional pode indicar o tratamento adequado para controlar o transtorno.
Dicas para lidar com o transtorno de escoriação
Adotar algumas estratégias no dia a dia pode ajudar a reduzir o hábito de manipular a pele e minimizar os impactos do transtorno. Confira algumas dicas:
- Mantenha as unhas curtas: Isso reduz o risco de ferimentos graves e evita que as lesões fiquem mais profundas.
- Hidrate bem a pele: O ressecamento pode aumentar a vontade de coçar ou arrancar casquinhas, por isso, o uso de hidratantes ajuda a manter a pele saudável.
- Identifique gatilhos emocionais: O comportamento pode piorar com estresse e ansiedade. Observar padrões ajuda a adotar estratégias para evitar crises.
- Construa uma rede de apoio: Conversar com familiares, amigos ou participar de grupos de suporte pode trazer acolhimento e incentivo para buscar tratamento.
Essas dicas, aliadas ao acompanhamento profissional, podem contribuir para um melhor controle do transtorno e qualidade de vida.
O TDAH e a escoriação da pele
Saber o que é TDAH e como ele está ligado à escoriação da pele devido à impulsividade e dificuldade de controle inibitório é importante. Isso porque pessoas com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade podem cutucar a pele automaticamente, como forma de aliviar a ansiedade ou o tédio.
Além disso, estudos indicam que ambas as condições compartilham características neurobiológicas, especialmente em áreas do cérebro relacionadas ao controle inibitório e à regulação emocional.
Automutilação é o mesmo que transtorno de escoriação?
Não, são transtornos diferentes, mas podem ocorrer juntos.
A automutilação é um comportamento intencional de causar dor ou ferimentos para aliviar sofrimento emocional. Já o transtorno de escoriação envolve um impulso incontrolável de manipular a pele, sem a intenção consciente de se machucar.
Assim, as principais diferenças são:
- Motivação: Automutilação visa alívio emocional e escoriação ocorre por compulsão ou hábito.
- Consciência do ato: Automutilação geralmente é planejada, já a escoriação pode ser inconsciente.
- Objetivo: Automutilação busca lidar com emoções, enquanto escoriação é repetitiva e difícil de controlar.
Agora que você já sabe o que é o transtorno de escoriação, sabe que o melhor caminho é o tratamento eficaz e precoce.
Psicólogos para Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Conheça os psicólogos que atendem casos de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) no formato de terapia online por videochamanda:
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Luzia Lobato
Consultas presenciais
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Valor R$ 260
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13/jun. às 15:00hs -
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Consultas presenciais
Consultas por vídeoA Psicóloga Mariangela Venas é especialista em Transtornos Alimentares pela PUC-RIO. Lançou em novembro de 2023 o seu primeiro livro: Corpo Feminino: subjetividade e contemporaneidade. Em outubro de 2016 teve artigo publicado no livro: A estética alimentar no desenvolvimento humano...
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Autor: psicologa Viviane Gomes Ribeiro Polpeta - CRP 06/130900Formação: A Psicóloga Viviane Ribeiro é graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Especialista em Psicoterapia Comportamental – Terapia por Contingência de Reforçamento.