Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Ordonhes Inocêncio - Psicólogo CRP 06/117233
O Dezembro Vermelho visa levar informação sobre a prevenção do HIV e da AIDS, bem como sobre recursos de saúde para tornar a vida dos pacientes mais agradável.
A vivência com o vírus pode ser muito estressante em uma sociedade onde há preconceito e conhecimento limitado sobre o HIV/AIDS. O cuidado com a saúde mental, então, torna-se ainda mais necessário. A ajuda psicológica também contribui para a manutenção da saúde física.
Neste post, você vai compreender o papel desse movimento mundial e a importância do cuidado com a saúde mental para pacientes de HIV/AIDS.
O que é Dezembro Vermelho?
O Dezembro Vermelho é uma campanha mundial de conscientização contra o vírus do HIV e a AIDS.
No contexto nacional, uma variedade de atividades relacionadas ao combate ao HIV/AIDS acontece durante este mês.
Muitos municípios brasileiros possuem programações de ações de conscientização próprias, de acordo com as necessidades de cada local.
Esse movimento global surgiu após a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecer, em 1987, o dia primeiro de dezembro como o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS.
Durante o mês, o laço vermelho faz alusão ao combate à propagação do vírus, assim como laço amarelo é associado ao setembro amarelo e o rosa, ao outubro rosa.
O laço avermelhado é também um símbolo de solidariedade para com os pacientes.
Ele foi apresentado ao público somente em 1991 em uma homenagem feita pela Visual AIDS, grupo de artistas de Nova York.
Eles queriam homenagear os amigos e colegas que faleceram ou estavam gravemente doentes.
Como o Dezembro Vermelho atua no Brasil e no mundo?
O Dezembro Vermelho têm como objetivo prevenir novas contaminações pelo vírus HIV através de ações educativas e de conscientização.
Segundo dados oficiais da UNAIDS, agência da ONU de combate à doença, 38 milhões de pessoas ao redor do mundo viviam com a AIDS em 2019.
Embora o número de fatalidades tenha reduzido consideravelmente desde a epidemia da doença na década de 80, muitos indivíduos ainda se infectam e falecem anualmente.
Logo, uma campanha mundial capaz de levar informações para pequenas comunidades e locais aonde o conhecimento não chega é de grande importância.
Através das ações do Dezembro Vermelho, as pessoas aprendem a se prevenir e a tomar os cuidados adequados em caso de contaminação.
Outro objetivo é combater o preconceito contra os pacientes de AIDS.
No auge da epidemia da doença na década de 80, acreditava-se que somente pessoas homossexuais contraíam o vírus da HIV.
A enfermidade ficou conhecida como “peste gay”, um termo extremamente pejorativo.
Além disso, como a população não tinha total certeza da forma de transmissão do vírus, evitavam e discriminavam os pacientes.
Mesmo após 40 anos de avanços na área da saúde, os quais garantiram uma longevidade muito maior para quem carrega o vírus da HIV, o preconceito ainda existe.
Em 2014, somente há seis anos, foi criada uma lei que criminaliza a discriminação dos pacientes de AIDS no Brasil.
A necessidade dessa legislação demonstra que os portadores de HIV ainda enfrentam situações desagradáveis devido à sua condição de saúde.
Como o diagnóstico da HIV e/ou da AIDS afeta a saúde mental dos pacientes?
Antes de tudo, é preciso esclarecer que um portador do vírus da HIV pode ficar anos sem desenvolver sintomas da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ou, simplesmente, da AIDS.
Essa, por sua vez, caracteriza-se pelo estado mais avançado da infecção.
Nessa fase, a pessoa soropositiva fica doente facilmente devido ao enfraquecimento do sistema imunológico.
Ela ficou conhecida popularmente como “a doença AIDS” para facilitar a compreensão e a disseminação de informações.
Apesar da medicina ter avançado imensamente nos estudos relacionados ao vírus, ainda não existe uma cura para a AIDS.
Logo, receber o diagnóstico da infecção continua sendo chocante e até assustador. Indivíduos soropositivos podem levar meses para compreenderem e aceitarem a notícia.
Muitas pessoas vivem com medo de desenvolver uma doença séria.
Quando uma patologia grave é contraída e eventualmente curada, é o medo de passar pela experiência de novo que inunda a mente dos portadores de HIV.
Em outras palavras, a saúde mental deles está constantemente sendo bombardeada por apreensões.
Mais chances de desenvolver transtornos mentais
Segundo um artigo americano, as pessoas soropositivas possuem três vezes mais probabilidade de ter depressão.
A ansiedade generalizada e o transtorno de bipolaridade também são diagnósticos comuns entre pacientes de HIV/AIDS.
Essas condições psicológicas debilitam a saúde da mente e reduzem a qualidade de vida dos soropositivos.
Os prejuízos podem ser sentidos tanto no trabalho quanto em casa ou no relacionamento afetivo.
Assim, conflitos existenciais e pensamentos suicidas podem aparecer com maior recorrência.
A mudança súbita de humor costuma ser o sinal de alerta dessas patologias.
Portanto, pacientes de HIV/AIDS devem ficar atentos à qualidade do seu estado emocional.
Caso a tristeza e a raiva sejam predominantes, um psicólogo pode ser procurado para investigar a causa das oscilações.
Outro fator significativo: o preconceito
Além da desordem emocional causada pelo diagnóstico e a vivência com o vírus, outro fator que pode danificar a saúde mental desses indivíduos é a discriminação.
O medo nas expressões de terceiros perante um abraço, um aperto de mão ou um beijo é recebido com tristeza pelos soropositivos.
O receio de ser julgado pode adiar a busca por tratamento psicológico adequado.
Deste modo, o indivíduo soropositivo não revela a verdade sobre o seu estado psicológico ao seu médico, que poderia fazer a indicação para um psicólogo.
Mesmo quando a psicoterapia é procurada, o medo pode levá-lo a manter a sua condição de saúde em segredo.
O acompanhamento psicológico, então, torna-se ineficiente em tratar os seus incômodos emocionais.
Disseminar informações sobre o vírus da HIV e a AIDS reduz o preconceito.
Quando as pessoas têm acesso às formas de transmissão do vírus, elas deixam de temer e de isolar os indivíduos soropositivos.
A convivência pode não acontecer da forma esperada, mas os comportamentos preconceituosos mais gritantes são combatidos.
Vivência com o HIV/AIDS
O cotidiano da pessoa que vive com HIV/AIDS pode ser estressante por si só. É necessário transitar entre tratamentos, medicamentos e centros médicos constantemente.
Algumas medicações podem causar alterações corporais indesejadas, comprometendo a autoestima. Essa rotina agitada eventualmente estressa a pessoa soropositiva.
Quando ela não sabe lidar com o estresse de forma saudável, pode ser acometida por outras patologias psicológicas.
O aumento do hormônio do cortisol no corpo também contribui para o enfraquecimento do sistema imunológico, atrapalhando o tratamento da HIV/AIDS.
Como cuidar da saúde mental diante de um diagnóstico e da convivência com a doença?
A depressão e a ansiedade são condições “isoladoras”, assim como o HIV e a AIDS.
Elas conduzem as pessoas ao isolamento social voluntário pelo medo, vergonha e baixa autoestima e, ainda, incentivam terceiros a evitá-las.
As mudanças comportamentais recorrentes do tratamento do HIV/AIDS e dos sintomas depressivos e ansiosos costumam ser desagradáveis. Nem todo mundo consegue lidar com elas.
Buscar ajuda psicológica não somente para tratar sintomas, mas recuperar a alegria e a vontade de viver é indispensável para promover a saúde – física e mental – dos soropositivos.
Pessoas soropositivas obtém o mesmo sucesso em tratar a depressão com medicamentos psiquiátricos ou com a terapia que os não portadores do vírus.
Aliado à psicoterapia, está o apoio de familiares, de amigos e da comunidade (vizinhos e conhecidos).
A falta desse dificulta o tratamento tanto do HIV/AIDS quanto de possíveis enfermidades psicológicas.
O amor das pessoas ao redor do paciente torna a sua vivência diária e o combate à doença mais aprazíveis.
Outras formas que os pacientes de HIV/AIDS podem cuidar da saúde mental são:
1. Participar de grupos de apoio
Quem não tem o apoio de pessoas próximas ou deseja conhecer outros na mesma situação pode participar de grupos de apoio.
Muitas pessoas se reúnem pessoalmente em ONGs ou virtualmente, através das redes sociais, para compartilhar as suas histórias e sentimentos com quem realmente vai entendê-los.
2. Manter um estilo de vida saudável
O termo “saudável” neste contexto vai além da prática de exercícios físicos e da ingestão de alimentos saudáveis. Ele se refere à empolgação pela vida e a diversidade das experiências.
A pessoa com HIV/AIDS pode se sentir tentada a boicotar a vida social, mas isso não é necessário. Os sonhos, projetos pessoais, hobbies e realizações devem ser perseguidos normalmente.
3. Administrar o estresse
O estresse é um fator de risco para qualquer pessoa, especialmente para portadores de enfermidades graves. Os soropositivos precisam, então, desenvolver mecanismos para administrá-lo no cotidiano.
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Autor: psicologa Camila Ordonhes Inocêncio - CRP 06/117233Formação: A psicóloga Camila Ordonhes é formada desde 2013 pela Universidade Paulista - UNIP. Atualmente cursa a pós graduação em Psicopatologia (Transtornos Mentais) e possui aprimoramento em Psicofarmacologia e Psicologia Perinatal e da Parentalidade.