Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thais da Silva Marques - Psicólogo CRP 06/163074
A empatia é a ferramenta psicológica usada para se colocar no lugar de outra pessoa.
Você já refletiu se faz uso dela em suas interações sociais ou se vive em confronto constante com o outro?
Ocasionalmente é bom parar para pensar na maneira como estamos tratando as pessoas que nos cercam.
Segundo psicólogos, essa reflexão é necessária para identificar os possíveis pontos que precisam de melhoria em nossa vida. Se você tem dificuldade de lidar com certas pessoas, o problema pode estar enraizado na falta de empatia.
O que é empatia?
Empatia é a capacidade de sentir como outra pessoa se sentiria em uma determinada situação. Em outras palavras, é a tentativa de compreender os seus sentimentos e suas emoções para, então, colocar-se em seu lugar.
Ao imaginar como o outro pode estar se sentindo, conseguimos entender as suas dificuldades e ajudá-lo com mais eficiência.
A empatia também estimula o altruísmo, pois compreendemos como pessoas em situação de necessidade se sentem e ficamos motivados a aliviar o seu sofrimento.
Além disso, a habilidade de se colocar no lugar de terceiros melhora a convivência social.
As reações agressivas e condutas inadequadas de outras pessoas começam a fazer sentido lentamente. Desse modo, não guardamos mágoas ou somos facilmente ofendidos por elas.
Enquanto sociedade, a maioria dos indivíduos está ocupada demais pensando em seus próprios interesses. Esse egocentrismo não abre espaço para a resolução pacífica de conflitos nem para a cidadania.
Desenvolver a habilidade de viver a dor e a alegria do outro abre portas para uma sociedade mais sensível e compreensiva com as limitações de cada um. Por isso, você só tem a ganhar quando decide se tornar uma pessoa mais empática.
Empatia e simpatia: entenda as diferenças
Em termos simples, simpatia é o que transmitimos para as pessoas. Enquanto a empatia é tentar nos colocar no lugar do outro, entendendo sua visão de mundo e suas dores.
As duas dizem respeito às relações humanas e contribuem para o bom desenvolvimento das mesmas, mas são coisas diferentes.
Dicas de como trabalhar a empatia no dia a dia
O mundo ideal é aquele em que todas as nossas relações são baseadas em empatia, sejam elas familiares, amorosas, afetivas ou profissionais. No entanto, a sociedade não costuma ensinar a enxergar pelos olhos do outro.
Por isso, é importante que façamos esse exercício diariamente.
Não faça julgamentos
Substitua os julgamentos por um olhar mais afetuoso. Pergunte-se como você se sentiria no lugar dele e, mais importante, como reagiria se estivesse na mesma situação.
Esteja aberto à novas histórias
Dê uma chance para as pessoas explicarem seu ponto de vista. Com o exercício diário da empatia, você conseguirá ter uma perspectiva totalmente diferente das pessoas com quem convive e das que não conhece diretamente.
Reconheça as diferenças
Uma das maiores belezas da vida é que não somos iguais. Todos possuímos trajetórias diferentes que nos fizeram ser quem somos. Aprenda a respeitar e a apreciar essas diferenças.
É possível ter empatia no ambiente de trabalho?
A empatia não apenas é possível como é fundamental no ambiente de trabalho. Ser empático com os colegas pode trazer inúmeros benefícios.
Estreitamento das relações entre as equipes, envolvimento com o trabalho e, até mesmo, o aumento da produtividade.
E existem algumas maneiras de colocar a empatia em prática no ambiente corporativo!
1. Ouça o que as pessoas têm a dizer
Dedique-se a escutar de verdade o que o outro está dizendo, sem dividir sua atenção com o celular ou uma planilha. Foque no seu companheiro de trabalho e faça com que ele sinta que realmente está falando com alguém que se importa.
2. Coloque-se no lugar do seu companheiro
O dia a dia de trabalho pode sobrecarregar e estressar você. Logo, também pode fazer isso com os outros membros da equipe. Por isso, tente sempre se colocar na pele da outra pessoa e enxergar os motivos por trás de um pequeno erro ou atraso.
3. Não faça distinção de tratamento
Todas as pessoas devem ser igualmente bem tratadas por você. A diferença de tratamento pode causar um clima hostil na equipe. Evite essa situação ao máximo.
Como a empatia muda a forma como pensamos?
A empatia tem o poder de modificar a maneira como você enxerga as pessoas e o mundo como um todo. Se a sua perspectiva de vida tende para o lado negativo, a empatia pode ajudá-lo a ter uma mentalidade mais otimista.
Muitos sentem raiva do próximo. Raiva porque eles não agem da forma como deveriam, porque são insensíveis às necessidades alheias, porque transgridem regras de conduta e leis facilmente, e por aí vai. Razões para ficar irritado com os outros não faltam!
Entretanto, alimentar essa raiva somente traz problemas para a saúde física e mental. O excesso desse sentimento pode ocasionar patologias cardíacas, hipertensão, problemas gastrointestinais, falta de memória, além de depressão e de ansiedade.
Vale mesmo a pena ficar irritado com algo que foge do seu controle?
Desenvolver a empatia minimiza a raiva sentida em relação ao comportamento incompreensível do outro. Você passa a entender o porquê das pessoas agirem do jeito que agem, além de aprender outras lições, conforme visto abaixo:
#1 – Ela nos ensina a escutar os outros
Você pode não entender ou não gostar de uma pessoa simplesmente porque nunca perguntou como ela se sente. Já pensou sobre isso?
Quando você conhecê-la melhor, deixará de estranhar o seu comportamento. Você pode até sentir vontade de ajudá-la a se livrar de seus problemas, algo que nunca havia cogitado antes.
Muitos dos conflitos interpessoais acontecem devido à falta de interesse em ouvir o que os nossos semelhantes têm a dizer. As pessoas partem para julgamentos e condenam os outros por coisas simples, dando origem a “implicâncias” infundadas.
Todo mundo possui uma razão para fazer o que faz, mesmo que essa não seja a mais razoável. Não raro as pessoas tomam decisões equivocadas na tentativa de encontrar a felicidade.
#2 – Ela combate o egocentrismo
Quando pensamos somente em nós, ficamos cegos para as necessidades e as vivências alheias. Dessa forma, tratar os outros com descaso e ser inflexível se tornam condutas rotineiras. O excesso de egocentrismo pode até mesmo encorajar o oportunismo.
O mundo é habitado por milhares de pessoas, então, não faz sentido se colocar no centro de tudo. Dependemos de outros indivíduos para sobreviver, evoluir e concretizar os nossos sonhos.
Vale ressaltar que o amor-próprio, atitude de colocar as nossas prioridades em primeiro lugar, é diferente do egocentrismo.
O primeiro cuida da nossa saúde para enfrentarmos os desafios da vida com bom humor. Ele tem mais a ver conosco que com a nossa atitude em relação às outras pessoas. Já o segundo nos afasta do convívio harmônico com nossos relacionamentos e nos torna insensíveis.
#3 – Ela nos faz entender as vivências alheias
A empatia nos liberta da viseira que esconde as dores e os desafios enfrentados por outros indivíduos, proporcionando uma visão abrangente do comportamento alheio.
Pense naquele seu colega de trabalho, vizinho, amigo ou parente chato. Ele está sempre mal-humorado e na defensiva, afastando as pessoas com sua grosseria.
Quando você interpreta o comportamento dele com uma visão empática, compreende que ele teve uma infância difícil, passou por problemas financeiros ou se divorciou recentemente.
Esse conhecimento não faz com que você precise amá-lo ou estabelecer uma amizade com ele. Também não é para ser usado como pretexto para possíveis condutas inadequadas.
Entendê-lo vai torná-lo mais tolerante a esse indivíduo, aliviando a raiva ou o ressentimento nutrido por ele.
Empatia não significa forçar relações de amizade com quem não tem interesse. Ser uma pessoa empática é também uma maneira de poupar o seu bem-estar emocional de conservar sentimentos negativos em relação aos outros.
#4 – Ela nos deixa mais toleráveis
O preconceito e os julgamentos nascem da falta de empatia com o próximo. A empatia faz com que você conheça antes de julgar. Consequentemente, o contato com modos de vida e experiências muito diferentes da sua é facilitado.
Ao se colocar no lugar da outra pessoa, você entende que ela não é, de fato, uma afronta as suas crenças pessoais. É somente alguém com sentimentos, sonhos, dúvidas, derrotas e conquistas, assim como você.
É preciso olhar para os outros com compaixão para se tornar uma pessoa empática. Com a prática da empatia, você vai conseguir enxergar as similaridades entre você e os indivíduos cujos modos de vida são muito distintos do seu.
#5 – Ela nos ensina a ser pacientes
A empatia nos dá um insight bastante interessante sobre as intenções, pensamentos e comportamentos das outras pessoas.
Ao refletir sobre esses fatores, chegamos à conclusão de que o outro possui uma conduta abrasiva por razões que fazem sentido no contexto da existência dele. Compreendemos também os possíveis caminhos que podem libertá-lo do sofrimento emocional que o impede de crescer.
Como você enxerga a situação com racionalidade, consegue encontrar soluções e apresentá-las para a pessoa em questão. Se ela aceitar ou não as suas sugestão, já é outra história.
O importante é que você desenvolve paciência para lidar com ela porque sabe de suas batalhas pessoais. Isso se aplica a todas as suas relações.
#6 – Ela nos liberta do controle
Podemos passar a vida inteira tentando controlar alguém ou uma situação, mas não vamos conseguir. Essa vontade sempre resulta em frustrações e decepções.
Cada pessoa age da maneira que acredita ser melhor para a sua saúde mental e bem-estar. Não é isso que acontece com você também?
As emoções, decisões e ações dos outros estão além do nosso controle. Do mesmo modo, o desenrolar dos eventos de vida não podem ser determinados por uma única pessoa. Então, pra quê perder tempo tentando bancar o controlador?
A empatia liberta as pessoas controladoras da necessidade de estar no comando. Ela ensina que, como cada um tem a sua individualidade, a melhor maneira de viver em sociedade é respeitando o próximo.
Conclusão
Praticar a empatia nos torna verdadeiramente mais humanos. É sempre tempo de refletir sobre a forma como tratamos os nossos semelhantes e o que podemos fazer para melhorar o dia de alguém.
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Autor: psicologa Thais da Silva Marques - CRP 06/163074Formação: Thaís é psicóloga clínica, graduada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e especialista em Psicologia do Trânsito pela Universidade Paulista – UNIP.