Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Laura do Carmo Ferreira Borges - Psicólogo CRP 06/121033
Tem dúvidas a respeito da atuação do psicólogo? Preparamos este conteúdo com muito carinho para responder às suas principais perguntas. Boa leitura!
As questões sobre como funciona um processo terapêutico, qual o papel de um psicólogo, quais demandas são atendidas em um consultório de psicologia, entre outras, são muito comuns.
Por isso, elaboramos esse guia esclarecendo as mais variadas dúvidas para ajudar você a entender como um psicólogo trabalha, o que a psicologia pode proporcionar e como escolher um psicólogo que seja adequado para o seu caso.
ÍNDICE
- Afinal, o que um psicólogo faz?
- Quando procurar um Psicólogo?
- Como escolher o psicólogo certo para você?
- O que levar em conta no momento de escolher o melhor psicólogo?
- Tipo de abordagens da psicologia
- Existe diferença entre psicólogo, terapeuta e psiquiatra?
- O profissional ideal
- É preciso conversar com o psicólogo antes de agendar a consulta?
- O que fazer antes da primeira consulta?
- Quais os principais métodos de pagamento da terapia?
- O que fazer se você não se identificar com o psicólogo?
- E se houver necessidade de medicação?
- Como avaliar os resultados da psicoterapia?
- Quando encerrar a psicoterapia?
- Conclusão
Atualmente, cada vez mais pessoas estão buscando o auxílio de um psicólogo por entenderem todos os benefícios que um processo terapêutico pode trazer.
Desse modo, é fundamental lembrar que a terapia é para todos – não somente para casos graves, como muitos pensam.
O principal objetivo de um processo terapêutico, seja através de qualquer psicólogo ou abordagem, é ajudar o paciente a encontrar as ferramentas necessárias para lidar com seus medos, dores, conflitos e angústias em suas mais variadas formas.
A Psicologia é a ciência que estuda e trata os processos comportamentais e mentais de um indivíduo, compreendendo-o em sua totalidade, estendendo-se, inclusive, aos campos físicos e sociais.
A palavra Psicologia deriva-se do grego (“psiquê”), que significa (“alma”) e (“logia”), que significa (“estudo de”).
Ou seja, em outras palavras, através da psicologia, o profissional psicólogo se aprofunda no mais íntimo do paciente, onde habitam as suas inseguranças, dúvidas sobre si e o mundo.
O que um psicólogo faz vai além de auxiliar o paciente em seus conflitos internos. Ele busca ajudá-lo a encontrar as suas próprias respostas, com base em sua história de vida e visão de mundo.
O principal objetivo da psicologia é proporcionar ao paciente, através do estudo da mente humana, o desenvolvimento do seu autoconhecimento, autoestima, autonomia e autocontrole sobre seus comportamentos e emoções.
Quando esses setores são devidamente desenvolvidos e acessados, o indivíduo conquista a sua maturidade emocional.
Afinal, o que um psicólogo faz?
O psicólogo é o profissional capaz de entender as estruturas emocionais e comportamentais de uma pessoa.
Através do ponto de vista científico e com base em suas especialidades e experiências, ele vai ajudar o paciente a encontrar as respostas necessárias para se entender melhor.
Esse profissional obterá todas as informações necessárias a respeito da vida do paciente ao longo das primeiras consultas, através de perguntas específicas.
Ele vai buscar entender quais são os contextos sociais e pessoais em que o paciente está inserido, além de analisar quais são as suas expectativas com o processo terapêutico.
A partir desse compilado de informações, o psicólogo começará a trabalhar, junto ao paciente, em busca de respostas e resultados.
Quando procurar um Psicólogo?
Muitos tabus vêm sendo quebrados ao longo dos últimos anos a respeito dos processos terapêuticos e da busca por um profissional da psicologia.
Antigamente, muito se falava que uma pessoa somente era atendida por um psicólogo quando estava em surtos psicóticos.
Embora muitas pessoas ainda possuem essa visão distorcida, é notório que as pessoas estão rompendo suas barreiras e indo em busca do seu bem-estar, mas, principalmente, entendendo que o papel do psicólogo vai muito além dos casos mais graves.
Esse profissional está apto a acolher, compreender e aceitar as mais variadas dores emocionais e contribuir significativamente na melhora do paciente.
As demandas mais comuns que levam os pacientes a buscarem o auxílio de um psicólogo são:
- Ansiedade;
- Depressão;
- Relacionamento Conjugal;
- Relacionamento Interpessoal;
- Estresse;
- Fobias;
- Síndrome do Pânico;
- Irritabilidade excessiva;
- Divórcio;
- Orientação de Pais;
- Busca por desenvolvimento pessoal e profissional;
- Luto;
- TDAH.
Sintomas que demonstram que a busca por um psicólogo é fundamental, são:
- Pessimismo;
- Apatia;
- Tristeza profunda e prolongada;
- Dificuldade de concentração;
- Dificuldade para dormir;
- Preocupações excessivas.
Como escolher o psicólogo certo para você?
É fundamental que, ao buscar um psicólogo, o paciente sinta confiança e empatia para falar sobre as suas dores e as suas questões íntimas.
Essa confiança é a base para os resultados esperados de um processo terapêutico.
Além dos conhecimentos técnicos, o profissional também precisa ser humano, centrado e focado em seu paciente, para que este sinta-se confortável e seguro em mexer em suas feridas, com a certeza de que elas serão cicatrizadas.
Encontrar o psicólogo ideal pode não ser muito simples de imediato, mas é muito mais fácil do que se imagina.
Pesquisas aprofundadas e em fontes confiáveis é o necessário para que o psicólogo ideal seja escolhido.
Em um primeiro momento, é indicado buscar recomendações com pessoas conhecidas e de confiança e que também fazem terapia.
Indicações são sempre valiosas. Mas, se não houver nenhum conhecido que faça tratamento psicoterápico, pesquisas na internet são o suficiente para encontrar esse profissional.
O que levar em conta no momento de escolher o melhor psicólogo?
É importante avaliar o histórico do profissional e as suas credenciais.
Além disso, também é super válido analisar quais são as especialidades do psicólogo em questão, certificando-se de que ele é o melhor para atender o seu caso.
Por fim, avalie o seu grau de confiança e conexão com o profissional. Afinal, o que um psicólogo faz durante as sessões e todo o seu trabalho com o paciente vai depender dessa proximidade.
Esses laços são muito importantes para que o tratamento flua de forma eficiente e você conquiste os seus objetivos na terapia.
Tipos de abordagens da psicologia
Ao longo da faculdade de psicologia, os psicólogos aprendem sobre inúmeras abordagens/especialidades em que um psicólogo pode atuar.
Essas abordagens, também conhecidas como Linhas Teóricas, servem como base para os atendimentos clínicos que acontecerão após a graduação.
Geralmente, após a formação em Psicologia, o profissional escolhe a linha teórica que ele mais se identificou para cursar a sua Pós-Graduação.
Ou seja, será o momento em que o profissional se especializar naquela abordagem escolhida.
Com a formação adequada, o profissional terá como base o roteiro que guiará os seus atendimentos.
É a partir dele que se dará o desenrolar da psicoterapia e o plano de tratamento mais indicado para cada caso.
Cada profissional tem um tipo de abordagem dentro da psicologia. Em linhas gerais, existem três abordagens principais:
- psicanálise;
- terapia analítica;
- humanismo;
- behaviorismo;
- psicologia comportamental;
- gestalt;
- cognitivo comportamental ou TCC.
Saber qual a linha do terapeuta é muito importante para saber se ela é a que melhor se alinha às suas necessidades.
No entanto, somente essa análise não diz tudo. Uma boa e necessária conversa pode determinar qual o caminho mais adequado e seguro.
Existe diferença entre psicólogo, terapeuta e psiquiatra?
Sim! Psiquiatra, psicólogo e psicoterapeuta possuem formações diferentes, mas todos atuam com saúde mental.
O psicólogo é o profissional que trata o sofrimento psíquico e possui formação em Psicologia. Se a sua área de atuação for a psicoterapia, também pode ser chamado de terapeuta.
Entretanto, é aí que muitas pessoas se confundem com a diferença entre terapeuta e psicólogo, pois também é considerado terapeuta o profissional formado em áreas de assistência à saúde, que podem ser físicas ou psicológicas.
Se encaixam nesta categoria os profissionais que possuem formação em técnicas terapêuticas, como Reiki, Yoga, Acupuntura, etc.
Já o psiquiatra é um profissional formado em medicina e especializado em Psiquiatria.
Dos três, o psiquiatra é o único que pode recomendar e prescrever tratamentos com medicações.
Muitas vezes, existe uma dúvida geral se você deve marcar consulta com psicólogo ou psiquiatra.
Geralmente, a consulta com o psiquiatra é feita quando é necessário o acompanhamento do tratamento com medicação.
Mas independente do profissional que você escolher, ele indicará se o tratamento deve ser acompanhado também ou unicamente por um psicólogo ou psiquiatra.
Se você se identifica com essa dúvida, ao longo do texto falaremos mais sobre o assunto.
O profissional ideal
O primeiro e mais importante passo é pensar que não é porque não houve identificação com o primeiro psicólogo que você escolheu que ele não é um bom profissional.
Pelo contrário, existem muitos profissionais excelentes, mas que não necessariamente o paciente se identifica com eles e isso faz parte dessa busca.
O psicólogo ideal é aquele que, de primeira, cause uma boa impressão e que mostre segurança no trabalho que exerce, fazendo o paciente se sentir acolhido e respeitado.
Causar uma boa impressão e passar uma imagem profissional ao paciente também faz parte do que um psicólogo faz e do trabalho que ele pretende desenvolver com o paciente.
Além desse aspecto, as condições técnicas devem ser avaliadas.
As informações técnicas de um psicólogo podem ser obtidas, geralmente, em seus perfis profissionais. Essas informações incluem tempo de experiência, linha teórica de atendimento, valores das sessões e duração de cada consulta.
Algumas pessoas passam batido sobre as informações técnicas, mas elas são importantes porque servem como um primeiro filtro na hora de escolher o psicólogo mais indicado para o seu caso.
Algumas informações sobre o perfil profissional do psicólogo são fundamentais para auxiliar nessa escolha.
Essas informações impactam diretamente nos resultados do processo terapêutico e por isso são tão necessárias:
- confira há quanto tempo o psicólogo exerce essa função;
- tenha certeza de qual a linha teórica seguida pelo psicólogo;
- verifique se ele é licenciado e devidamente cadastrado no CRP;
- confirme se esse profissional já tratou casos semelhantes ao seu;
- verifique os custos das sessões desse profissional e os métodos de pagamento, se condizem com o que você está disposto(a) a pagar.
Também é muito importante deixar claro para o profissional conceitos religiosos e culturais que você considera imutáveis.
Essa informação é necessária para que sejam evitados quaisquer conflitos durante o tratamento.
É preciso conversar com o psicólogo antes de agendar a consulta?
Sim. Após escolher o psicólogo ideal ou enumerar aqueles que você está com dúvidas entre qual optar, é hora de colocar a mão na massa!
Faça um primeiro contato: seja pessoalmente ou por telefone, é importante que você faça uma lista ou tenha em mente quais são as suas principais dúvidas que o profissional deverá sanar.
Mas, antes de falar com o profissional, é importante que você faça algumas perguntas a si mesmo e tenha certeza das respostas, para que o processo não seja interrompido no meio, afetando o desenvolvimento da sua terapia.
Algumas dessas perguntas, são:
- Estou em busca de atendimento individual, de casal, infantil ou familiar?
- Quais são as minhas expectativas com o processo terapêutico?
- Quais dias e horários eu posso disponibilizar para fazer esse processo?
- Tenho noção de quanto custa um psicólogo e as condições financeiras para arcar com esse tratamento?
Tendo esses pontos em mente, já pode dar início à conversa inicial com o psicólogo!
O que fazer antes da primeira consulta?
Como vimos, mesmo após fazer pesquisas aprofundadas sobre o psicólogo de seu interesse, algumas dúvidas ainda podem ocorrer e isso é absolutamente normal.
Nesses casos, uma conversa prévia com o psicólogo é o mais indicado, para que você não fique com dúvidas quanto ao funcionamento das consultas.
Essas conversas podem acontecer por telefone e vão ajudar a entender o que um psicólogo pode fazer para te ajudar.
Além disso, antes de a primeira consulta acontecer de fato, algumas questões burocráticas ainda precisam ser acertadas:
Agendamento com o psicólogo: opte sempre por marcar consultas em horários que você se sente mais disposto, e, sempre que possível, fora de seu horário de trabalho, para que você esteja inteiramente focado na consulta.
Se tiver filhos: programe-se, sempre que possível, para agendar as suas consultas quando você puder deixar seus filhos aos cuidados de outra pessoa. Esse é o recomendado uma vez que essa consulta será especificamente para tratar sobre as suas questões e você merece se dar esse momento.
Procure marcar as consultas quando não houver compromisso em seguida: algumas sessões podem ser mais difíceis que outras, porque em alguns momentos feridas podem ser acessadas e é necessário um tempo para compreendê-las e digeri-las, e isso pode afetar compromissos posteriores.
Quando sugerimos um primeiro contato por telefone antes da primeira consulta, é justamente porque entendemos que muitas dúvidas ainda giram em torno do que é a terapia.
Também podem surgir dúvidas se aquele terapeuta escolhido realmente poderá contribuir com o que o paciente está buscando.
Por isso, o contato telefônico que antecede a primeira consulta ajuda a quebrar um pouco do gelo que é normal ter.
Mas também, podemos adiantar aqui algumas ações que você pode tomar antes da sua primeira consulta, que certamente já irão contribuir para que você se sinta mais seguro (a).
Entre em contato com o seu Plano de Saúde: questione se eles fazem algum tipo de cobertura para atendimento psicoterápico, tanto com psicólogos e convênios quanto na modalidade de reembolso.
Liste todas as suas dúvidas e inseguranças: caso você tenha dúvidas sobre possíveis medicamentos, quanto tempo em média seu tratamento durará, entre outras dúvidas, anote tudo para não se esquecer na hora de falar com o profissional.
Converse com pessoas próximas que já fizeram ou fazem psicoterapia: tire todas as suas dúvidas de como os procedimentos dessas pessoas aconteceram, quais são as percepções, os resultados…Mas, lembre-se, cada tratamento é único, porque cada demanda é individual e o desenvolvimento das terapias podem ser diferentes.
Quais os principais métodos de pagamento da terapia?
Os pagamentos podem ser particulares, através do plano de saúde e também existe a possibilidade de fazer o tratamento gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Veja só:
Pagamento particular: é quando o próprio paciente ou responsável arca financeiramente com os valores da terapia. Esses pagamentos geralmente acontecem por sessão ou por “pacotes”, pré-definidos pelo profissional. Os pacotes normalmente são pagos fechando uma quantidade de sessões, onde comumente são oferecidos descontos no pagamento antecipado. Alguns psicólogos aceitam somente dinheiro ou cheque, depósitos e transferências bancárias, e/ou cartões.
Plano de Saúde: se você possui plano de saúde, verifique junto ao seu plano se eles oferecem cobertura para psicoterapia e quais psicólogos estão conveniados à operadora, para que a sua escolha seja feita dentro desse núcleo. No entanto, vale ressaltar que alguns psicólogos que trabalham com atendimentos particulares também emitem documentação para reembolso aos pacientes que possuem plano de saúde: nesses casos, o plano reembolsa integral ou parcialmente ao paciente o valor pago pela consulta com o psicólogo (mais informações, verifique junto ao convênio).
SUS – Sistema Único de Saúde: verifique junto aos postos de saúde ou hospitais mais próximos à sua residência quais os procedimentos necessários para realizar atendimentos psicoterápicos através dos atendimentos públicos. É necessário explicar sobre as suas necessidades, demandas e condições financeiras.
Saber quanto custa um psicólogo torna mais fácil entender como se planejar para a terapia. Portanto é muito importante fazer essa pesquisa com antecedência.
Entenda como se dá o início da terapia
Costumamos chamar o primeiro contato entre psicólogo e paciente de “uma via de mão dupla”, porque ambos estão se conhecendo.
O paciente está conhecendo o psicólogo no exercício de sua profissão e o psicólogo está em contato com todas as expectativas e pontos de vista do paciente.
Neste momento, o paciente percebe e entende se aquele profissional de fato foi (ou não) a sua melhor escolha para tratar a sua demanda.
O psicólogo também percebe se está apto a ajudar aquele paciente. Entender essas questões faz parte do que um psicólogo faz e do que é necessário para início do tratamento.
Esse primeiro momento é cercado de muitas percepções, e uma delas é analisar se o paciente se sentirá acolhido pelo profissional.
Nas primeiras sessões será desenvolvido o início do vínculo entre psicólogo e paciente.
Mas agora, depois de todas as análises necessárias, você resolveu: esse é o psicólogo que eu quero realizar o meu tratamento.
Só existe ainda um item prático e muito importante que precisa também ser analisado: a questão financeira.
Para não ter erro e mal entendidos, não se esqueça de conversar com o psicólogo para não restar dúvidas sobre os custos do tratamento e as condições de pagamento aceitas.
O processo terapêutico propriamente dito
É normal que o paciente fique ansioso na primeira sessão, e também nos primeiros contatos com o psicólogo.
Embora, geralmente, a primeira sessão traga mais ansiedade, todos querem respostas rápidas, por isso, também é muito comum que nas primeiras consultas essa ansiedade ainda aconteça.
A psicoterapia é baseada no diálogo e na troca de informações entre psicólogo e paciente.
Através dessas consultas, o paciente se sentirá à vontade para falar sobre os seus conflitos internos e sobre assuntos íntimos, que também precisam ser trabalhados.
Tudo o que é dito e trabalhado em uma sessão, é altamente sigiloso e o psicólogo não poderá compartilhar com nenhuma outra pessoa, exceto sobre solicitação legal.
O paciente é uma peça fundamental no processo terapêutico: é necessário estar engajado com a terapia para que as mudanças necessárias comecem, de fato, a aparecer.
É uma troca. O psicólogo é uma ponte entre o paciente e as ferramentas emocionais necessárias para solucionar os problemas.
Geralmente, com a psicoterapia, o paciente começa a ter mudanças de pensamentos e hábitos que são nocivos e que prejudicam a sua vida pessoal e profissional.
O psicólogo é o responsável que mostrará os caminhos da mudança ao paciente.
Confidencialidade garantida
O Código de Ética dos Psicólogos, disponibilizado pelo Conselho Regional de Psicologia, exige o sigilo como condição primordial para que o profissional exerça a sua profissão.
Em caso de não cumprimento dessa exigência, o psicólogo poderá, inclusive, perder a sua licença para clinicar.
Sentir confiança no profissional escolhido é uma condição fundamental para que a terapia se desenvolva corretamente e que os resultados apareçam.
Isso porque são trabalhadas questões muito profundas numa sessão de terapia, e jamais nos sentimos à vontade em falar sobre o nosso íntimo com alguém que não confiávamos.
O sigilo somente será quebrado quando se tratar de um caso extremamente grave e que seja necessário o psicólogo contatar parentes e familiares ou mesmo fazer alguma denúncia a autoridades competentes, bem como se for solicitado por um juiz.
A primeira consulta
A duração de uma sessão de terapia dura, em média, 50 minutos. Sugerimos que você aproveite ao máximo o seu tempo na sessão.
Por isso, levar uma lista com todas as suas dúvidas iniciais poderá ajudar muito. No entanto, não fique preso (a) somente a isso.
O psicólogo é experiente e ele saberá como conduzir a conversa.
Caso você esteja indo para uma primeira consulta indicado por algum outro profissional, como em caso de médicos, advogados ou professores, leve consigo a recomendação, encaminhamento ou laudo que fizeram.
Isso vai ajudar o psicólogo a saber exatamente do que se trata, para que ele possa conduzir a terapia de acordo com essa demanda.
Se fizer uso de medicamentos, é fundamental que você informe o seu psicólogo, para que ele esteja a par de qualquer outro tipo de tratamento que esteja fazendo.
Expectativas para o início do tratamento
É compreensível que o paciente tenha muitas expectativas logo na primeira ou nas primeiras consultas, mas gerenciar essas expectativas é fundamental para que não haja frustração.
Isso não significa que você não terá retornos no início, mas sim que, como todo tratamento, existe um tempo para que resultados significativos começam a aparecer.
Algumas pessoas possuem dificuldades para falar sobre suas questões e fragilidades – embora entendam que precisam da ajuda de um psicólogo, não sabem exatamente como falar. Não se preocupe.
O psicólogo jamais irá obrigar que um paciente fale sobre suas angústias e medos. Tudo isso acontecerá com o tempo e no decorrer das sessões, de forma profissional e experiente.
Plano de desenvolvimento da terapia
Depois das primeiras quatro sessões, em média, o psicólogo já terá todas as informações necessárias sobre o seu histórico de vida, e tudo o que ele precisa para começar a trabalhar dentro da sua terapia.
Com essas informações, o psicólogo poderá elaborar o seu plano terapêutico, que é parte do trabalho que um psicólogo faz durante as sessões.
Esse plano significa o desenvolvimento que se dará nas próximas sessões, se serão necessários alguns testes, se é indicado medicamento (se esse for o seu caso, ele indicará você para uma consulta com um médico psiquiatra que poderá prescrever a medicação).
É importante frisar que o plano terapêutico não significa que as sessões se dão exatamente como o previsto, sem qualquer alteração.
Ao longo do processo muitas mudanças podem ocorrer, principalmente quando o paciente também está muito dedicado à terapia e os resultados começam a aparecer mais rapidamente.
O plano terapêutico serve como suporte tanto para o psicólogo quanto para o paciente, sobre quais caminhos a terapia deverá ser direcionada.
Perguntas são necessárias ao psicólogo
Não se acanhe em tirar dúvidas ou mesmo fazer sugestões e dar feedbacks sobre como você está se sentindo com a terapia.
É importante essa troca de informações para que o processo aconteça de maneira realmente eficaz.
O psicólogo espera que o paciente troque ideias, porque isso faz parte da terapia.
E também não fique na ansiedade de tirar todas as suas dúvidas na primeira sessão, o decorrer do tratamento servirá para isso.
Aproveite ao máximo o seu processo terapêutico
Como dissemos no tópico anterior, a psicoterapia é um trabalho em conjunto e, por isso, exige esforço dos dois lados: psicólogo e paciente.
Algumas sessões podem ser um pouco mais intensas que outras, porque feridas emocionais podem ser acessadas e é absolutamente compreensível que seja difícil lidar com elas.
O que o psicólogo faz, nesses casos, é justamente ajudar a acessar essas feridas e para ajudar a cicatrizá-las.
Portanto, confie no seu psicólogo e saiba que ele tem o papel de ajudar você nessa missão.
O processo terapêutico nem sempre é fácil e tranquilo: pelo contrário, na maioria das vezes você perceberá que saiu completamente da sua zona de conforto e isso é difícil.
Mas lembre-se, sempre, que são situações necessárias para o seu processo de amadurecimento diante dos seus conflitos.
Por isso, quando pensar em desistir ou em faltar a uma sessão, faça um esforço para pensar os motivos que levaram você a iniciar a terapia, e não se acanhe em compartilhar isso com o seu psicólogo.
Todas essas sensações e emoções fazem parte.
Fazer leituras e assistir vídeos que falem sobre o que você está vivendo no momento também são excelentes dicas para ajudar você a entender que não está sozinho (a) nesse caminho e que a chegada valerá muito a pena. Você se orgulhará por não ter desistido.
O que fazer se você não se identificar com o psicólogo?
O objetivo do que um psicólogo faz é sempre o bem-estar, conforto e segurança do paciente.
Portanto, se após o início das sessões você sentir que não está feliz com a escolha do profissional, não tenha medo ou vergonha de se comunicar.
O psicólogo saberá lidar com isso e pode, até mesmo, indicar um colega.
Mesmo após as mais aprofundadas pesquisas sobre o psicólogo que você quer agendar uma consulta, é normal não haver identificação logo na primeira consulta ou mesmo após algum tempo de tratamento.
Se não houver identificação ou se você sentir que o processo terapêutico parece não fluir mais, analise calmamente a situação e procure entender os motivos disso.
Embora a não identificação seja algo absolutamente normal, você precisa avaliar dentro de você o que pode ter acontecido: foi algo que o psicólogo disse? Foi a maneira que ele te tratou? Será que você está realmente pronto para iniciar agora a sua terapia?
Alguns pontos fundamentais que você precisa analisar diante de tudo isso, são:
Empatia: o profissional foi empático com você? Sentir-se compreendido e acolhido é a primeira coisa que um paciente espera ao iniciar um processo terapêutico, e quando isso não acontece, é normal não sentir identificação com o profissional.
Especialidade: as linhas teóricas de atendimento psicológico são inúmeras, você pesquisou sobre a linha que o seu psicólogo atende? Tirou todas as dúvidas necessárias sobre a especialidade dele? Restou alguma dúvida?
Diálogo: você se sente confortável em falar abertamente com o seu psicólogo sobre todas as suas dores emocionais e conflitos internos? O seu psicólogo te dá espaço para falar sobre tudo isso? Ele te dá feedbacks?
Conforto e segurança: não menos importante que tudo o que foi mencionado acima, o conforto no atendimento é fundamental. Seja em atendimentos presenciais, em relação ao ambiente em que o psicólogo está atendendo, seja em atendimentos online, que o paciente sabe e percebe se de fato o psicólogo está num lugar tranquilo, podendo oferecer o sigilo necessário. O psicólogo está te oferecendo esse conforto? Em algum momento você se sente inseguro ou com dúvidas quanto ao sigilo terapêutico?
Se após responder essas perguntas você entender que de fato aquele profissional não é o que você queria para o seu tratamento, você pode ser transparente com o profissional sobre isso.
Explique o que você está sentindo e pensando, e que você tem interesse em conhecer outros profissionais.
Não fique preso (a) ao pensamento de que você poderá chatear ou desapontar o psicólogo, ele é um profissional.
Fazer parte do que um psicólogo faz, compreender a situação e, inclusive, indicar outros terapeutas para você se necessário.
E se houver necessidade de medicação?
É muito comum que os pacientes que estão interessados em iniciar um processo terapêutico tenham dúvidas sobre medicações, quando elas são necessárias e se o seu caso precisará de medicamento.
É fundamental que o paciente saiba que o psicólogo, segundo a legislação brasileira, não está, em hipótese alguma, autorizado a prescrever medicamentos. Somente médicos, com CRM devidamente ativo, poderão fazer esse tipo de prescrição.
Quando o caso do paciente necessita de medicamento e o psicólogo entende que a medicação será um auxílio fundamental junto à terapia, indica o paciente para um médico psiquiatra. Ele é o profissional capacitado para fazer esse tipo de prescrição.
A consulta com o psiquiatra possui muitas semelhanças com a do psicólogo, exceto pelo fato de que ele é o profissional que poderá fazer o diagnóstico do paciente e prescrever a medicação necessária para o caso.
Quando a medicação é necessária?
Após uma avaliação profunda sobre o caso, o psicólogo saberá se o caso necessita do auxílio de medicamentos.
Em algumas situações essa necessidade é percebida já na primeira sessão e já é feito o encaminhamento ao psiquiatra.
Em outros casos, no decorrer do tratamento, caso os resultados esperados não estejam acontecendo, mesmo após mudanças na linha de atendimento, também é necessário o uso de medicamentos.
Esses medicamentos podem ser de pouco tempo de uso, outros podem ser de uso contínuo, mas, em ambos os casos, somente após análises rigorosas é que são feitas as devidas solicitações e encaminhamentos.
No geral, mesmo os casos que necessitam de medicação também precisam continuar com o processo terapêutico, uma vez que é justamente com a junção de ambos os tratamentos que os resultados e a melhora do paciente, enfim, acontecem.
Importante: não se automedique! A automedicação é uma prática altamente perigosa e prejudicial à saúde.
Somente um profissional capacitado poderá avaliar se é necessário o uso de medicamento, quais dosagens e tempo de duração do tratamento.
Como avaliar os resultados da psicoterapia?
Como já pudemos notar nos tópicos anteriores, a psicoterapia é muito mais do que apenas “uma conversa” com o psicólogo.
O que o psicólogo faz e seu trabalho de forma geral é uma ciência, e cada consulta é elaborada através de estratégias pré-definidas, visando sempre a melhora no quadro do paciente.
A psicoterapia ajuda o paciente a entrar em contato com o seu autoconhecimento, o que proporciona muito mais qualidade de vida e sucesso na vida pessoal e profissional.
No entanto, é muito importante que o paciente também avalie como está o andamento da sua terapia e, para isso, não é necessário ser um expert em psicologia.
Geralmente, logo nas primeiras consultas o paciente consegue perceber alguma melhora (mas é importante lembrar que a ajuda do paciente dentro do processo também é fundamental).
Mas para ter certeza de que a sua terapia está de fato sendo eficaz, você pode analisar alguns pontos importantes, como:
- Estou conseguindo compreender melhor os meus sentimentos e emoções?
- Estou me sentindo menos angustiado (a), se comparado ao início da terapia?
- Estou sabendo lidar melhor em situações que antes eram aversivas?
- Estou conseguindo ter o controle sobre as minhas emoções?
- As minhas relações interpessoais estão melhores?
Pode levar algum tempo para a melhora ser notada.
Tudo depende da demanda inicial e do quanto o paciente está, de fato, envolvido na psicoterapia.
É claro que a experiência do psicólogo também conta muito e, por isso, reforçamos a importância de fazer pesquisas aprofundadas antes de agendar a primeira sessão.
Lembre-se que, sempre que houver quaisquer dúvidas quanto ao processo terapêutico, você pode ser transparente com o seu terapeuta e falar sobre as suas percepções e, se for o caso, juntos poderão alinhá-las.
O diálogo e a transparência são fundamentais para que o processo terapêutico faça sentido.
Quando encerrar a psicoterapia?
Como todo tratamento, quando uma pessoa resolve dar início à psicoterapia também espera que ela tenha um fim, e umas das coisas que as pessoas mais querem saber é: quanto tempo dura um processo terapêutico?
É muito importante lembrarmos sobre o que foi pontuado ao longo deste guia em diversos momentos: cada paciente é único e, portanto, suas demandas e resoluções dependem de vários fatores.
Alguns processos terapêuticos podem ser mais longos que outros, e tudo depende, principalmente, do comprometimento do paciente com a sua terapia.
Lembre-se que esse é um investimento em você! A persistência é a base da terapia.
Nas primeiras sessões você pode sentir uma melhora em relação à queixa inicial apresentada, mas isso não significa que ela esteja completamente resolvida.
Casos de traumas mais severos, por exemplo, exigem um processo terapêutico mais longo, que pode variar entre um a dois anos para ser totalmente tratado.
Outros casos, como uma ansiedade leve, podem ser resolvidos em apenas algumas vezes com o trabalho que um psicólogo faz nas sessões.
Por isso, indicamos fortemente que você dê início ao seu processo terapêutico sem se preocupar, necessariamente, com o seu fim.
É claro que a organização financeira é importante e ter uma ideia de quanto tempo a sua terapia levará poderá ajudar você a fazer a devida organização.
Mas o mais indicado, em qualquer que seja a sua demanda, é conversar com o seu psicólogo.
Após ele entender o seu caso e ter acesso a todas as informações necessárias ele vai poder estipular a duração do tratamento.
A terapia não é algo que você fará para o resto da vida. Ela tem um fim.
Alguns estudos mostram que 75% dos pacientes alcançam os resultados esperados após, em média, 6 meses de tratamento.
Você também pode tomar a decisão de parar o seu processo terapêutico a qualquer momento, a decisão está em suas mãos.
O importante é sempre estar devidamente alinhado ao seu psicólogo para que ele possa dar as devidas orientações para esse momento em que você ficará sem a terapia.
Como todo processo, se ela for interrompida ao meio pode haver regressão nos resultados que já foram conquistados.
Quando o processo terapêutico está chegando ao fim e o psicólogo entende que já está chegando o momento de dar alta ao paciente, tudo isso é combinado e conversado previamente entre psicólogo e paciente.
E, mesmo que o paciente entre em alta, o contato com o psicólogo poderá ser mantido e o paciente poderá voltar à terapia quando quiser e quando achar necessário.
Alguns pacientes, inclusive, escolhem, mesmo após receberem alta, continuarem suas terapias, com sessões mais espaçadas, apenas como uma forma de “manutenção”.
Conclusão
A psicoterapia, definitivamente, não é um bicho de sete cabeças que muitas pessoas andam acreditando.
Justamente pelo acesso à informação e pelo interesse de cada vez mais pessoas se conhecerem e resolverem suas dúvidas e conflitos internos, muitos tabus têm sido quebrados.
O fato de as pessoas pesquisarem e se aprofundarem mais sobre o que é a psicologia e como funciona um processo terapêutico, também influencia na crescente demanda dos consultórios de psicologia.
O trabalho que um psicólogo faz vai muito além de apenas conversas com dia e hora marcados: a terapia é cientificamente comprovada e os resultados são extraordinários.
Isso não significa que uma pessoa que faz terapia nunca mais terá problemas ou não se sentirá triste, com raiva ou ansiosa – significa que essa pessoa saberá como lidar com essas questões com mais facilidade.
Ela também será capaz de entender, exatamente, a raiz desses comportamentos e sentimentos.
Tudo isso é possível através do autoconhecimento, do autocontrole e da autoestima, que são proporcionados pelo que um psicólogo faz e seu trabalho com a terapia.
Encontrar o psicólogo ideal e a linha teórica que funcionem para você são a chave para que a sua terapia seja de muito sucesso.
Encare o processo terapêutico como um investimento em você e como uma chance que você está se dando para melhorar todos os setores da sua vida.
Você merece levar uma vida mais feliz e a saúde emocional é o primeiro passo para essa conquista.
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Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
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21/nov. às 09:00hs -
Jackeline T. Brito
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Jackeline Brito é formada em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) e é pós-graduanda em Psicologia Junguiana pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa (IJEP). Já realizou cursos de extensão voltados para a área de psicologia clínica e hospitalar, hipnose...
Valor R$ 110
próximo horário:
21/nov. às 21:00hs
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Autor: psicologa Laura do Carmo Ferreira Borges - CRP 06/121033Formação: Laura é graduada em Psicologia pela Universidade Cruzeiro do Sul e Especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul.