Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Lujan de Cássia Agostinho - Psicólogo CRP 06/85978
Ter um ataque de pânico é uma experiência muito desagradável. Palpitações. Tremores. Vertigens. Náusea. Medo. Os sintomas assustam quem nunca passou por isso.
Embora normalmente a causa dos ataques seja associada à Síndrome do Pânico, esta condição psicológica não é a única responsável.
A experiência também não é a mesma para todos.
Alguns indivíduos relatam possuir mais sintomas emocionais e psicológicos, enquanto outros sentem maior desconforto físico. Em ambos os casos, a sensação é de uma grande angústia.
Psicólogos afirmam que a recorrência de ataques afeta a qualidade de vida das pessoas, que buscam se afastar de situações que podem despertar uma nova crise.
Aprender a lidar com um ataque de pânico pode não garantir a sua extinção completa, mas devolverá a sensação de confiança e autonomia para quem precisa.
Neste artigo, vamos te explicar sobre o tema, bem como algumas dicas de como lidar com esse problema.
Boa leitura!
O que é um ataque de pânico?
O ataque de pânico, ou crise de pânico, consiste na manifestação de uma ansiedade intensa.
Ele pode ser desencadeado por inúmeros gatilhos e desestruturar o emocional do indivíduo que o têm por vários minutos.
A crise de pânico é um sintoma de condições psicológicas associadas à ansiedade, como transtornos fóbicos, síndrome do pânico e ansiedade generalizada. Além disso, quem tem depressão ou transtorno de estresse pós-traumático também pode ter crises.
Todavia, uma pessoa pode sentir ansiedade extrema em uma determinada situação e nunca mais ter um ataque. Para ter ligação com um distúrbio psicológico, os ataques de pânico precisam ser recorrentes.
A reincidência de ataques já é razão para procurar um psicólogo e investigar se há ou não influência de um problema psicológico.
Qual é a diferença entre um ataque de pânico e crise de ansiedade?
A ansiedade é um sentimento comum entre as pessoas há muito tempo. No entanto, ela pode se intensificar, se tornando assim um transtorno.
Ela tem como sintomas a falta de ar, enjoos, tonturas, palpitações, insônia, medo, tensão muscular e preocupação alarmante.
Em um certo ponto, quando a ansiedade se encontra bastante grave, podem ocorrer casos de ataque de pânico, que tem como sintomas o suor frio, a boca seca, a dificuldade de respirar, o medo de morrer e outros.
A diferença entre as duas condições, no entanto, está na gravidade. As duas condições são bastante desconfortáveis, mas uma delas apresenta sintomas mais graves.
Dessa forma, a ansiedade se apresenta mais leve do que o ataque de pânico, que como o nome sugere, causa uma sensação muito intensa de pânico e angústia.
Vale ressaltar também a diferença entre as causas. É mais simples descobrir o que está causando a ansiedade do que o ataque do pânico, visto que ele pode ocorrer a qualquer momento, sem causa evidente.
Ataque de Pânico: sintomas
O principal sintoma é a sensação de estar em perigo. A pessoa em pânico sente que sua vida está ameaçada, podendo ter uma desagradável sensação de morte.
Inclusive, muitos indivíduos relatam acreditar estarem morrendo no momento da crise.
Esta sensação é irracional porque a probabilidade da pessoa se encontrar em uma situação que ofereça risco real a sua vida é muito baixa.
Outro sintoma bastante comum que desperta o medo da morte é a taquicardia. O aumento súbito dos batimentos cardíacos confunde a pessoa em pânico.
Aliás, é dessa forma que muitos descobrem a existência dos ataques de pânico. Com medo de estarem sofrendo um ataque cardíaco, correm para o hospital e fazem exames.
Os resultados não mostram nenhuma alteração no funcionamento do organismo, levando os médicos a darem o diagnóstico de ansiedade.
Em caso de dúvidas, é de fato recomendado consultar um médico para anular a possibilidade de doenças físicas.
Os sintomas são variados, afetando as pessoas de modos diferentes.
Uma pessoa pode ter mais sintomas físicos e emocionais, encontrando dificuldade para reconhecer a ansiedade como motivadora de seu estado psicológico.
Abaixo, veja outros sintomas físicos e emocionais do ataque de pânico:
- suor excessivo;
- calafrios;
- pensamentos desconexos;
- vertigem;
- dor ou desconforto no peito;
- sensação de dormência nos membros, como nas mãos e nos pés;
- tremores e espasmos;
- sensação de estar desconectado do corpo;
- medo súbito de morrer ou de estar em perigo;
- desmaio;
- receio de perder o controle dos sentidos e do corpo;
- náusea ou vômito;
- crise de choro;
- falta de ar ou hiperventilação; e
- diarréia.
Causas de um ataque de pânico
Ataques de pânico normalmente ocorrem quando as pessoas se encontram em situações estressantes.
Alguém com fobia, por exemplo, pode ter uma crise ao se deparar com o objeto do seu medo.
Outras ocasiões incluem acidentes de veículos, desastres naturais, assaltos ou roubos, morte de alguém próximo, lembrança de traumas, entre outras.
Indivíduos que experimentam níveis elevados de estresse com frequência, seja em casa ou no trabalho, também são suscetíveis a ter ataques.
É igualmente possível que uma crise de pânico aconteça em uma ocasião comum do cotidiano. Sendo assim, não há como fazer previsões exatas.
A pessoa com síndrome de pânico vive com medo de vivenciar novos ataques. Ironicamente, esse medo se transforma em um gatilho.
Como passa a maior parte do tempo se vigiando, não consegue relaxar. Ela pode evitar frequentar lugares ou conviver com certas pessoas para não ter uma crise.
Por isso, é de extrema importância procurar um tratamento médico e psicológico.
Como identificar gatilhos para um ataque de pânico?
Os gatilhos para um ataque de pânico podem estar associados a estresses diários, traumas, perdas e conflitos.
Contudo, a descoberta dos gatilhos é feita de forma particular. Ou seja, é preciso que o paciente seja submetido a sessões de psicoterapia.
No consultório, o psicólogo tratará sobre o seu cotidiano, a forma de lidar com situações adversas, conselhos para resolução de problemas, os traços de sua personalidade e o seu histórico de relacionamentos.
A partir disso, ele conseguirá identificar quais situações podem ser gatilhos para você, e então trabalhar para que eles sejam superados.
Como lidar com um ataque de pânico
Apesar de não ser possível prever um ataque de pânico, você pode suavizar os sintomas do mesmo.
Eles não se manifestam todos de uma vez. Alguns sinais aparecem primeiro, como o aperto do peito, dormência no braço e sensação de medo ou de preocupação.
Entre este momento inicial e o desencadeamento completo da crise, algumas estratégias podem ser aplicadas.
1. Respire profundamente
A respiração profunda tem o poder de aliviar a tensão muscular e clarear a mente. Não é à toa que essa técnica é utilizada em práticas de relaxamento e de introspecção.
Ao inspirar e expirar profundamente, o seu corpo fica mais relaxado e a sua mente, mais calma.
Porém, existe uma maneira correta de praticar a respiração profunda.
Você deve inspirar o máximo possível, segurar o ar entre três a cinco segundos e exalar longamente. Se o movimento for feito com rapidez, perderá o efeito calmante.
Para potencializar o relaxamento, feche os olhos e leve uma mão ao peito. Respira profundamente quantas vezes forem necessárias para centrar-se no momento presente.
2. Vá para um local pouco movimentado
O fato de estarem sozinhas em um ambiente público pode deixar as pessoas em pânico mais assustadas e agravar os sintomas.
Portanto, se não estiver em casa, vá para um cômodo ou área de menor movimento, como, por exemplo, um banheiro. O silêncio e a ausência de estímulos visuais vão ajudá-lo a se acalmar.
Caso não tenha essa opção, ligue para alguém de confiança para ajudá-lo a superar a crise de pânico. Já se estiver acompanhado, converse com a pessoa ao seu lado para recuperar a tranquilidade.
Se estiver em casa, procure relaxar em um cômodo confortável onde tenha privacidade, como o seu quarto ou um espaço acolhedor.
Estar cercado de objetos familiares aumenta a sensação de segurança.
3. Procure distrações
Pode não parecer, mas se distrair durante a crise de pânico minimiza os sintomas. A tendência da pessoa em pânico é focar somente nos sintomas e na sensação de angústia crescente.
Mudar o foco para outros elementos, como os objetos decorativos do cômodo, o número de azulejos no chão, um jogo de celular e os movimentos das próprias mãos, força a pessoa a pensar em outra coisa. Deste modo, ela não potencializa os sintomas.
Quando sentir os sintomas chegando, busque concentrar os pensamentos em outra coisa ou fazer alguma atividade com as mãos para não ficar a mercê do medo e da ansiedade.
4. Mentalize um cenário diferente
Imaginar-se em um ambiente seguro, bonito e tranquilizador pode afastar os sentimentos negativos que tentam dominá-lo.
Você pode precisar repetir essa técnica algumas vezes para aprimorá-la.
Muitas pessoas não estão acostumadas com exercícios de imaginação, levando mais tempo para criar um cenário aconchegante em suas mentes.
O objetivo dessa prática é afastá-lo do momento de crise e intensificar sensações e emoções positivas.
O cenário mentalizado pode ser um local real, imaginário ou oriundo de lembranças de ocasiões alegres.
5. Combater os pensamentos ansiosos
Os pensamentos ansiosos são caracterizados por devaneios de caráter negativo cujo objetivo é encher a sua cabeça com imagens trágicas, preocupantes ou incômodas.
Desconexos, esses pensamentos se atravessam, quebrando linhas de raciocínio e deixando a pessoa em pânico ainda mais confusa.
Assim como a distração é eficiente em expulsar emoções negativas, consegue tirar o foco desses pensamentos ansiosos.
Então, se distraia com pensamentos positivos, memórias calorosas e afirmações alegres para elevar a sua autoestima.
Conversar consigo mesmo também pode suavizar os sintomas!
Repita para si mesmo que está tudo bem, o perigo é inexistente e que não é preciso entrar em pânico.
Faça isso em um tom calmo, mentalmente ou oralmente, para não acabar aumentando a ansiedade.
Como ajudar uma pessoa com sintomas de ataque de pânico?
Caso você esteja com alguém que está tendo um ataque de pânico, é preciso tentar acalmá-la da melhor forma possível.
Se desesperar mais do que a pessoa pode piorar a situação, então tente manter a calma e explicar à ela que está tudo bem.
Peça para ela se concentrar na respiração profunda, e sempre a certifique que você está presente com ela, e que nada de ruim vai acontecer.
Se você está em um ambiente público, com mais pessoas, leve-a para um local mais calmo, pois isso pode ajudá-la.
A tendência é que a crise vá passando com o tempo, e então a pessoa deve voltar ao estado normal. Converse com ela tranquilamente, e a console, pois ela estará bastante abalada.
Como é feito o diagnóstico da síndrome do pânico?
O diagnóstico da síndrome do pânico segue alguns critérios clínicos. Primeiramente, é analisado se os sintomas são de ansiedade ou transtorno de pânico.
Se os sintomas de transtorno de pânico definidos pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM) forem identificados.
O paciente também deve apresentar ataques de pânico recorrentes, sendo que com eles a preocupação com os ataques esteja presente.
Dessa forma, um médico, seja psiquiatra ou clínico geral, deve concluir o diagnóstico.
Existe tratamento para o ataque de pânico?
O tratamento do ataque de pânico é multidisciplinar, e envolve, geralmente, psicólogos e psiquiatras.
Primeiramente, é preciso ter um diagnóstico por um psiquiatra, para só assim iniciar um tratamento.
De qualquer forma, é possível ter a psicoterapia, justamente para tratar a angústia que o ataque de pânico causa.
Após o diagnóstico, o indivíduo cujas crises são recorrentes deve procurar um psicólogo para iniciar o seu tratamento.
As consultas com o profissional da saúde mental consistem na investigação das causas da ansiedade, medo e pânico, bem como na resolução dessas questões problemáticas.
Em casos severos, o tratamento medicamentoso pode ser aliado à psicoterapia para devolver a qualidade de vida ao indivíduo em pânico.
Por sua vez, o tratamento com medicamentos deve ser elaborado por um psiquiatra.
Medicação
A medicação faz parte de um tratamento em casos mais graves, onde há grande reincidência de ataques de pânico.
Remédios como alprazolam, paroxetina e citalopram são comumente prescritos pelos psiquiatras.
Cabe ressaltar que a automedicação é uma prática incorreta e prejudicial. O tratamento medicamentoso ocorre unicamente por uma recomendação médica.
Psicoterapia
A psicoterapia é o principal tratamento para ataque de pânico, onde são desenvolvidas formas de lidar com os gatilhos, e conseguir lidar com essa condição de uma forma mais leve e realista.
É preciso conhecer qual é a abordagem da psicologia que mais se adequa ao tratamento. Uma das mais populares é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
A Psitto é uma clínica online de psicologia. Assim, você pode realizar sessões de terapia de onde estiver, com profissionais altamente qualificados
Selecione o psicólogo de sua preferência e agende a sua primeira sessão!
Conclusão
Os sintomas do ataque de pânico são bastante impactantes para quem os sente, tanto que, em muitos casos, o indivíduo fica receoso de passar de novo por essa situação.
Quando os ataques são recorrentes, é preciso ir atrás de atendimento psiquiátrico, a fim de descobrir se trata-se de uma síndrome de pânico.
Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento envolve terapias com psicólogos e medicação.
Se você gostou deste artigo, também recomendamos a seguinte leitura: “Psicólogo e Psiquiatra: quais as diferenças e quando procurar?”.
Para mais conteúdos relevantes sobre psicoterapia, doenças e transtornos psicológicos, acompanhe o nosso blog!
Psicólogos para Síndrome do Pânico
Conheça os psicólogos que atendem casos de Síndrome do Pânico no formato de terapia online por videochamanda:
-
Juliana Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
03/dez. às 20:00hs -
Geraldine Ferreira
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Geraldine Medeiros Ferreira é graduada em Psicologia pela FUMEC, com pós-graduação e especialização em Psicanálise pela Universidade Federal de MG.
Valor R$ 190
próximo horário:
03/dez. às 21:00hs
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Autor: psicologa Lujan de Cássia Agostinho - CRP 06/85978Formação: Lujan de Cássia Agostinho possui graduação e licenciatura em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica na Abordagem Cognitivo-Comportamental (TCC) e MBA em Gerência de Recursos Humanos.
Eu recomendo o tratamento com um Psicanalista.
Olá, Magda!
Obrigada pelo seu comentário!!!
Abraços,
Psicóloga Thaiana