Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Laura do Carmo Ferreira Borges - Psicólogo CRP 06/121033
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno da ansiedade originado de eventos que despertam intensa emoção de medo, terror ou perturbação. Pessoas com TEPT frequentemente revivem o ocorrido através deflashbacks, memórias reprimidas e pesadelos.
Esta reação é tão intensa que o indivíduo é incapaz de impedir que as memórias retornem. Pacientes descrevem a experiência como se tivessem subitamente voltado ao acontecimento ruim. Por sentirem tudo como se fosse real, cada flashback é uma vivência aterrorizante. Este distúrbio geralmente acomete soldados e veteranos de guerra, mas qualquer um pode desenvolvê-lo.
ÍNDICE
- Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- Como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático age no corpo
- Gatilhos
- Causas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
- Tratamentos possíveis
- Como manejar o estresse traumático
Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Os flashbacks e pesadelos são os sintomas mais marcantes do TEPT, mas existem muitos outros. Uma característica bastante distinta do transtorno são os gatilhos, os quais despertam os sintomas. Eles tendem a ser barulhos altos, movimentos bruscos, cheiros intensos e até mesmo cenas do cotidiano que lembram a pessoa do trauma vivenciado.
Os sintomas se manifestam cerca de três meses após o evento traumático, mas, em alguns casos, podem aparecer anos depois. Eles permanecem por cerca de um mês e desaparecem, retornando em momentos aleatórios da vida. É impossível prever se voltarão em maior ou menor intensidade. Há pessoas que apresentam melhoras com a passagem do tempo enquanto outras pioram.
Ressalta-se que os pacientes podem experimentar os sintomas de forma diferente, sendo alguns mais frequentes que outros. Confira-os abaixo.
- Palpitações;
- Náusea;
- Repressão de memórias do trauma;
- Isolamento social;
- Vergonha, angústia, culpa ou sensação de impotência;
- Estresse;
- Inabilidade de se conectar com as pessoas;
- Oscilações de humor;
- Perturbações no sono;
- Medo e preocupação constante sobre o futuro;
- Dores musculares inexplicáveis;
- Sensação de dormência;
- Medo da morte ou de morrer.
As crianças podem apresentar, ainda, regressão a comportamentos mais infantis (chupar o dedo, birra e manha), reencenar o acontecimento com brinquedos e pesadelos.
A ação do TEPT no corpo
O TEPT se desenvolve a partir de um acontecimento traumático, como o próprio nome diz, porque o cérebro não processa o ocorrido da forma correta. Por se tratar de emoções e sentimentos intensos, as memórias não são processadas como eventos passados. Assim, a pessoa ou sente que está em constante perigo ou possui flashbacks que a levam para o que aconteceu.
Estudos mostram que o transtorno modifica a área cerebral responsável pelas memórias, o hipocampo. Além disso, a parte do cérebro que promove reações emocionais, a amígdala, é mais ativa em pessoas com TEPT.
O cérebro também é responsável pela criação dos gatilhos. O órgão faz a associação do ocorrido com cheiros, sensações, sons e visões. Quando a pessoa encontra algum desses elementos, o corpo entra em estado de alerta e a produção de cortisol aumenta, intensificando o estresse.
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático interfere em todas as áreas da vida.
A pessoa possui dificuldade de se comunicar, expressar sentimentos, solucionar problemas e confiar nos outros. Consequentemente, a desconfiança interfere no laço com familiares e amigos próximos. Relacionamentos amorosos também são afetados. As brigas aumentam por conta da incompreensão do parceiro, podendo agravar a condição de saúde da pessoa com TEPT.
Gatilhos do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Abaixo, veja a lista de possíveis gatilhos.
- Pessoas: avistar alguém que esteve presente no momento do trauma ou alguém semelhante pode manifestar os sintomas.
- Pensamentos e emoções: ao sentir as emoções sentidas durante o ocorrido (medo, ansiedade, pânico, estresse), a pessoa pode reviver o trauma.
- Objetos: objetos presentes no evento traumático ou que lembram os objetos relacionados ao trauma também despertam sintomas.
- Lugares: locais semelhantes à localidade onde o trauma ocorreu pode despertar memórias. Por isso, não é recomendado voltar ao local onde se passou o ocorrido.
- Notícias, filmes e programas de TV: cenas semelhantes ao o que aconteceu com a pessoa ou ao o que ela presenciou são fortes gatilhos.
- Sensações: algumas sensações podem ser gatilhos, como a dor. Vítimas de abuso sexual geralmente não gostam de ser tocadas nas regiões violentadas.
- Situações: ficar preso em um elevador ou em um cômodo escuro durante uma tempestade pode reviver a memória do trauma.
- Aniversários: quando o “aniversário” da data se aproxima, é comum a pessoa com TEPT sofrer com lembranças indesejáveis e sentimentos ruins.
- Palavras e conversas: algumas expressões ou palavras ditas no momento do trauma também podem despertar os sintomas.
- Gostos: alguns gostos podem lembrar a pessoa do trauma.
Causas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Os eventos traumáticos que originam o TEPT são variados. A pessoa não precisa necessariamente ter sido a vítima do ocorrido, mas estar presente ou ter o presenciado.
Além disso, o aparecimento do transtorno depende do estado emocional e a forma como cada indivíduo digere fortes sentimentos. É possível que mesmo após ter passado pela mesma situação traumática, uma pessoa desenvolva o transtorno e outra não. Em casos de traumas severos, no entanto, é provável que a condição se manifeste em algum momento da vida.
Altos níveis de estresse na vida diária (rotinas puxadas, muitos compromissos), exposição a episódios traumáticos quando criança, abuso ou negligência na infância e histórico de patologias mentais são fatores de risco para desenvolver o TEPT.
Acontecimentos que se caracterizam como traumáticos são: desastres naturais, sequestro, guerras, conflitos armados, assaltos, incêndios, violência sexual, qualquer forma de abuso, acidentes de trânsito, presenciar uma morte, patologias crônicas ou graves (como câncer), parto dificultoso, violência doméstica, negligência na infância e terrorismo.
Eventos menos óbvios incluem mudança de cidade, bullying severo, perda súbita de alguém querido, divórcio, entre outros. Apesar de serem capazes de despertar o transtorno, é mais comum uma pessoa desenvolver o TEPT após ter (ou acreditar ter tido) a sua vida ameaçada.
Em síntese, as causas são múltiplas bem como as emoções decorrentes do trauma. Depois de passar por uma experiência excessivamente ruim, a pessoa e os entes queridos devem ficar atentos a possível manifestação de sintomas. Em caso de suspeita, o psicólogo deve ser consultado de imediato.
Transtorno de Etresse Pós-Traumático tem cura?
O acompanhamento psicológico pode tratar o Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Ele pode ser buscado tanto logo após o trauma quanto muitos anos depois do ocorrido. O tratamento com o psicólogo é personalizado para as necessidades do paciente, respeitando as suas limitações.
Para muitas pessoas, por exemplo, é muito difícil falar sobre o trauma. Meses ou anos podem se passar até o paciente sentir vontade de compartilhar o que aconteceu ou falar sobre emoções associadas ao ocorrido ou ao agressor. Até lá, os sintomas são tratados para que ele obtenha mais qualidade de vida em seu dia a dia.
A Terapia Cognitivo-Comportamental, em especial, apresenta bons resultados por ajudar o paciente a recuperar o controle sobre seus sentimentos. Se necessário, o paciente também pode fazer algumas sessões de terapia familiar ou terapia de casal para melhorar a convivência entre os entes queridos.
Não há medicação específica para o TEPT, porém, alguns medicamentos podem ajudar. Para saber os psicofármacos mais apropriados, o psiquiatra deve ser consultado.
Se o transtorno não for tratado, outras condições podem aparecer, como depressão, ansiedade generalizada, síndrome do pânico e agorafobia. Os altos níveis de estresse também podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, problemas digestivos e pressão arterial alta.
Como manejar o estresse traumático
O paciente pode adotar algumas atitudes singelas para ajudar o tratamento de escolha. Ao melhorar a vivência diária, o estresse e a apreensão se tornam menos intensos e frequentes. O bom humor e o desejo de melhorar também são importantes para tratar o TEPT.
Em seguida, veja algumas formas de aliviar o estresse e a perturbação emocional oriunda de eventos traumáticos:
1. Grupos de apoio de TEPT
Se não encontrar nenhum grupo de apoio em sua cidade, busque na internet. Atualmente, existem diversos grupos de apoio para pessoas que compartilham vivências negativas nas redes sociais.
2. Evite tomar grandes decisões
Mudanças de cidade ou de carreira podem sobrecarregar o emocional, especialmente se forem feitas depois do trauma.
3. Tenha hobbies
Invista em atividades que lhe tragam prazer, mas não se pressione para fazer tudo de forma perfeita. O seu hobby deve promover antecipação durante o dia e não se tornar motivo para autocrítica.
4. Peça ajuda de pessoas queridas
Inclua pessoas de confiança em seu processo de cura e procure manter as mesmas relações sociais anteriores ao trauma.
5. Sempre crie tempo para cuidar de você
Você é a pessoa mais importante em sua vida, portanto, encontre tempo em sua rotina para cuidar da sua saúde mental.
Psicólogos para Estresse pós-traumático
Conheça os psicólogos que atendem casos de Estresse pós-traumático no formato de terapia online por videochamanda:
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Maria Hyppólito
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Maria Cecília Ramos Hyppólito é Formada pela Universidade Paulistana especialista em traumas atua com a abordagem EMDR e com a terapia da Criança Interior , realiza atendimento à brasileiros residentes no exterior.
Valor R$ 250
próximo horário:
03/dez. às 10:00hs -
Milla Marques
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Milla é graduada em Psicologia pela Faculdade Pitágoras de Uberlândia e também é especialista em Psicologia de Grupos e Desenvolvimento de Equipes. Possui, ainda, formação como Analista de Mapeamento do Perfil Comportamental pela ferramenta DISC.
Valor R$ 120
próximo horário:
03/dez. às 12:00hs
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Autor: psicologa Laura do Carmo Ferreira Borges - CRP 06/121033Formação: Laura é graduada em Psicologia pela Universidade Cruzeiro do Sul e Especialista em Clínica Psicanalítica pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul.