Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
A vida pode nos presentear com indivíduos e situações que causam oscilações de humor e agitação e irritabilidade repentinas. Pessoas emocionalmente saudáveis normalmente conseguem passar por esses desafios e reencontrar o equilíbrio sem se deixarem abater. Mesmo que encarem dificuldades no caminho, conseguem se reestabelecer e seguir adiante.
ÍNDICE
Os transtornos de humor influenciam o estado emocional de tal forma que as emoções deixam de corresponder ao momento presente. Por exemplo, uma pessoa responde com raiva ou frustração intensa ao precisar esperar cinco minutos para ser atendida em um estabelecimento. É uma reação desproporcional ao que está acontecendo.
Quando o humor muda drasticamente e impacta a rotina dessa maneira, é provável que um transtorno esteja por trás disso.
É papel do psicólogo ajudar, por isso, conheça os distúrbios do humor mais comuns são:
Transtornos Bipolares
A pessoa com transtorno bipolar passa por dois tipos de humor: maníaco, caracterizado por uma grande euforia, e depressivo, consiste em uma tristeza profunda. Esses humores são chamados de ciclos, ou seja, a pessoa ora passa pelo ciclo maníaco ora pelo ciclo depressivo.
Embora os ciclos possam permanecer entre algumas semanas até seis meses, a duração costuma variar de paciente para paciente. Algumas pessoas têm episódios frequentes enquanto outras vivenciam apenas alguns durante a vida. O primeiro episódio tende a ser desencadeado em situações de estresse elevado.
Atualmente existem três classificações de transtornos bipolares.
- Transtorno bipolar I: quando o paciente apresenta um episódio maníaco completo e, quase sempre, episódios depressivos;
- Transtorno bipolar II: quando o paciente tem episódios depressivos maiores com, pelo menos, um episódio hipomaníaco. A mania não se manifesta; e
- Transtorno bipolar inespecífico: quando o paciente apresenta sintomas claros de bipolaridade, mas eles não preenchem todos os critérios dos transtornos bipolares.
Em seguida, veja os sintomas presentes em cada ciclo.
Mania
No clico da mania, a pessoa manifesta felicidade e agitação extrema, autoestima inflada, sensação de grandiosidade, impulsividade, diminuição da necessidade de dormir, fala e pensamentos acelerados e distração. É comum o foco da energia aparentemente interminável se voltar para compulsões, como compras, alimentação (geralmente, doces ou frituras), esportes radicais, jogatina, festas e sexo.
Os sintomas são tão intensos que a pessoa maníaca é incapaz de desempenhar atividades do dia a dia, como trabalhar, estudar, cozinhar, assistir TV, entre outras.
Familiares e amigos não conseguem acompanhar o seu ritmo acelerado nem compreender as suas ideias e delírios. Para a pessoa, porém, ela está em seu melhor estado emocional. Quando é questionada ou incentivada a parar por alguém conhecido, reage com irritação e ignora a preocupação alheia.
Em casos mais severos, o paciente pode atingir o estado de mania psicótica e ter alucinações e pensamentos paranoicos. Pode correr, brigar e xingar, acreditando estar afastando a força ou entidade que o persegue. Quem não entende o seu comportamento, pensa que está comprando briga e confrontos físicos podem acontecer. O paciente nesse estado se torna um perigo para si mesmo e para os outros.
Hipomania
Um episódio de hipomania é menos intenso que a mania em si. Pode durar cerca de quatro dias entre a mudança de ciclos. A pessoa mantém o humor elevado, a ausência de necessidade de dormir, a confiança exagerada e a sociabilidade além do normal.
Alguns indivíduos podem funcionar muito bem durante a hipomania e até mesmo melhorar o seu desempenho profissional. Assim, não desejam deixar esse estado de euforia e produtividade. Por outro lado, algumas pessoas manifestam falta de atenção extrema, irritabilidade e humor fragilidade, e não gostam de permanecer assim.
Depressão
Já no ciclo depressivo, a pessoa perde o interesse pelas coisas que antes pareciam tão atraentes. Passa a maior parte do dia desanimada e triste. Também pode apresentar mudanças no apetite e dificuldade para dormir. A fadiga é constante bem como os sentimentos de inutilidade ou de culpa. Como na mania, a pessoa fica mais distraída e avoada, como se estivesse com a cabeça nas nuvens.
Em casos graves, pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio podem ocorrer. É igualmente possível chegar a um estado psicótico na fase depressiva.
Transtorno Depressivo
O termo “depressão” é amplamente usado na linguagem popular. A verdade é que ele corresponde a diversos transtornos depressivos, como:
- Transtorno depressivo maior (depressão unipolar)
- Transtorno depressivo persistente
- Transtorno depressivo ou específico ou inespecífico
Essas três condições possuem sintomas semelhantes, como insônia, perda do interesse por hobbies e atividades prazerosas, mudanças no apetite, desânimo, fadiga, sentimentos de inferioridade e de falta de propósito, entre outros.
As principais diferenças entre o transtorno depressivo maior e o transtorno depressivo persistente são a duração e a presença do mau humor ou de um humor entristecido. No primeiro, a indiferença, apatia e sensação de inutilidade são mais comuns. Já no segundo, letargia e tristeza são frequentes. A manifestação acontece na adolescência e a duração tende a ser de anos.
Por fim, o transtorno depressivo especificado tem como causa um ou mais especificadores (motivadores) que incentivam o aparecimento dos sintomas. O transtorno depressivo não especificado, por outro lado, não compartilha dessa característica.
Como é feito o diagnóstico
Os transtornos bipolares costumam demorar mais que outras condições para serem identificados. Por serem parecidos com o de outros transtornos, como síndrome do pânico, esquizofrenia e distúrbios da ansiedade, os sintomas podem dificultar o diagnóstico.
Essa característica torna a busca por profissionais da saúde mental ainda mais importante! Assim que os sintomas forem notados, uma consulta deve ser agendada. Dessa forma, a pessoa sofre menos e episódios trágicos resultantes das oscilações de humor podem ser prevenidos.
Qual é a causa dos transtornos de humor
Ainda não se sabe a causa exata dos transtornos de humor. Alguns fatores genéticos, biológicos e ambientais, no entanto, contribuem para o surgimento dessas condições.
Por exemplo, determinadas vivências do paciente, especialmente as que acontecem na infância, podem ter impactado o seu emocional e desencadeado um dos transtornos. As consequências emocionais e psicológicas de más experiências geralmente se manifestam muitos anos depois dos acontecimentos.
Já em relação aos fatores genéticos e à herança familiar, estudos sugerem que filhos de pais bipolares ou depressivos têm mais chances de desenvolver a mesma condição em algum período da vida. Familiares mais distantes, como tios e avós, também contam, embora esses casos sejam menos recorrentes.
Existe tratamento para os transtornos de humor
Felizmente, esses transtornos podem ser tratados!
O tratamento depende da condição específica, dos sintomas apresentados e da intensidade dos mesmos. Com frequência, o tratamento ideal consiste no uso de medicamentos e em sessões de psicoterapia. Enquanto os fármacos aliviam os sintomas, a terapia procura aumentar a qualidade de vida do paciente.
Ressalta-se que o psiquiatra sempre deve ser consultado quando a questão é tratamento medicamentoso.
A psicoterapia também expande o autoconhecimento do paciente. Administrar as crises emocionais se torna mais simples com a consciência dos sentimentos, pensamentos e individualidade aguçada.
A Terapia Cognitivo-Comportamental é particularmente eficaz para tratar pacientes com transtornos de humor. Por ter como foco o momento presente, essa abordagem alivia a ansiedade que resulta do hoje e de preocupações irracionais sobre eventos futuros. O psicólogo da TCC também identifica e substitui padrões de pensamento negativos por positivos, o que pode ser muito útil durante os ciclos depressivos.
Vale ressaltar que a escolha do tratamento depende exclusivamente do quadro do paciente, do seu histórico de saúde, da severidade dos sintomas, da sua idade e de suas preferências pessoais. Para encontrar a fórmula perfeita, o paciente precisará analisar o seu nível de conforto e a eficiência de cada tratamento.
Como aliviar os sintomas dos transtornos de humor
A mudança não é alcançada sem ação. Pode ser difícil modificar pensamentos e hábitos construídos com anos de gratificação errônea, mas com certeza não é impossível! Com o tratamento ideal e os hábitos adequados, o desafiador pode se transformar em simples.
Para aliviar os sintomas dos transtornos de humor no cotidiano, você pode adotar algumas atitudes simples.
- Se possível, evitar locais muito movimentados e/ou barulhentos, pois eles aumentam o estresse;
- Busque a positividade no dia a dia para afastar o mau-humor e os pensamentos de caráter negativo. Isso pode ser efeito através de atividades prazerosas;
- Mantenha-se perto de pessoas amadas;
- Faça alguma atividade física para melhorar a concentração e a disciplina e liberar neurotransmissores essenciais para a sua felicidade;
- Evite entrar em discussões ou debates acalorados;
- Não se cobre ou se pressione se não conseguir fazer as atividades propostas pelo psicólogo de imediato; e
- A cada novo desafio superado, comemore as suas conquistas.
Psicólogos para Transtornos de Humor
Conheça os psicólogos que atendem casos de Transtornos de Humor no formato de terapia online por videochamanda:
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Ilcemar de Oliveira
Consultas presenciais
Consultas por vídeoO Psicólogo Ilcemar de Oliveira é especialista em psicopatologia na abordagem psicanalista. Atua há alguns anos exclusivamente com atendimentos clínicos, utilizando principalmente a Psicoterapia Breve e a Psicodinâmica Psicanalítica.
Valor R$ 120
próximo horário:
23/nov. às 11:00hs -
Wander R. Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoO Psicólogo Wander Rodrigo da Silva é graduado em Psicologia pela Universidade Guarulhos e detentor de MBA em Gestão de Pessoas, também pela Universidade Guarulhos. Desde então, vem realizando cursos de especialização, sendo o primeiro deles em Psicanálise pela Setting – Estudos em Psicanálise.
Valor R$ 170
próximo horário:
21/nov. às 10:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).