Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869
As crises, embora desagradáveis, são normais. Ao longo da vida, uma pessoa pode passar por várias: financeira, de relacionamento, familiar, de identidade e profissional.
Elas não devem ser temidas, pois, ao contrário do que muitos pensam, são benéficas para o crescimento pessoal.
Uma crise pode acontecer tanto por fatores externos, como uma súbita quebra no mercado a qual afeta a condição financeira de milhares de pessoas, quanto por fatores internos, como dúvidas, insegurança, medo e ansiedade.
A primeira reação da grande parte das pessoas é se desesperar. Elas olham para seus colegas e percebem que os demais aparentam estar vivendo bem.
Então, acreditam que são as únicas a passarem por esse tipo de dificuldade, estimulando sensações de inadequação e injustiça.
No entanto, as crises vêm para nos ajudar a refletir sobre aspectos de nossa vida. Uma crise profissional revela que estamos insatisfeitos com nossas carreiras ou local de trabalho.
Quando obtemos essa percepção, conseguimos mudar nossa forma de pensar e encontrar um caminho mais apropriado para seguir.
Esse “caminho apropriado” nada mais é que um caminho correspondente à nossa personalidade, objetivos, conhecimento técnico e habilidades. Ou seja, ele é diferente para cada indivíduo.
A vontade de mudar de carreira
A vontade de mudar de carreira pode surgir em qualquer momento da vida.
Logo após o término da graduação, depois de poucos anos de trabalho em uma empresa ou seguindo a construção de uma longa carreira em uma organização ou campo de atuação.
Há muitas razões para que as pessoas pensem em mudar de carreira e começar a sua jornada profissional do zero. Às vezes, em uma área completamente diferente da anterior.
Em seguida, confira alguns cenários que causam as pessoas a desejarem mudar de carreira.
Insatisfação com a área atual
Você começa uma graduação que sempre quis e, quando a finaliza, começa a atuar nessa área.
Os anos passam e tudo aquilo que você idealizou durante o estudo não corresponde totalmente à realidade. Pode até ser o oposto daquilo que você pensou inicialmente.
Assim, você começa ficar insatisfeito com o seu trabalho e as situações que encontra dentro desse segmento profissional.
A sua vontade de sair de casa, interagir com colegas de trabalho e clientes e simplesmente trabalhar desaparece dia após dia. Nem mesmo conquistas são celebradas.
Nesse cenário, o estresse e a tristeza são muito frequentes e podem roubar a sua satisfação não apenas com o trabalho, mas com a vida em si.
Escolha da profissão feita mediante pressões de terceiros
Você não sabe qual profissão seguir ou tem uma escolha, mas seus familiares querem que você siga outro caminho profissional. Um que “dá mais dinheiro” ou “é mais prestigioso”.
Por ser muito jovem ou ainda não saber estabelecer limites nos relacionamentos, você faz a graduação escolhida por eles. Quando adentra o mercado de trabalha, vê que aquilo não é o que deseja. Você pode chegar à essa conclusão após poucos meses de atuação ou levar anos para perceber que você não gosta de fato do que faz.
Quem é responsável pela sua vida profissional é você, não é?
É você que precisa estudar e trabalhar na área. Além disso, somente você se conhece intimamente a ponto de dizer sem receios quais são suas qualidades, defeitos, aptidões, paixões e talentos. Assim, idealmente, o responsável pela escolha da sua carreira deve ser você.
Continuação de um negócio da família
A sua família possui um negócio próprio, então seus pais tentam convencê-lo a dar continuidade a ele. A sua vida é confortável e estável graças ao sucesso desse empreendimento.
Por isso, você pode pensar que é uma boa ideia administrar os negócios da família, mesmo que não tenha interesse neles.
Busca por novidades
Após anos de contribuição em uma empresa ou de atuação em sua área, você está cansado de tudo o que viu. Será que não existe algo mais interessante, rentável e emocionante para fazer?
Os seus questionamentos levam você a pensar sobre as possibilidades profissionais que pode abraçar, mesmo após ganhar muita experiência em sua área.
Esse desejo por novidades normalmente nasce do amadurecimento. Você muda com o passar do tempo e o conhecimento adquirido de experiências de vida, então começa a perceber que deseja outras coisas para a sua vida.
Falta de conhecimento sobre suas habilidades
Quem não se conhece às vezes acaba escolhendo “o caminho mais fácil”.
Você opta por fazer qualquer curso capaz de lhe dar dinheiro e uma vida confortável, bem como trabalha em uma empresa que passa segurança.
No meio do caminho, no entanto, você começa a perceber que possui habilidades para fazer outras coisas.
Começa a fazer experimentos e estudar e, aos poucos, percebe que não precisa permanecer nessa trajetória profissional.
Você pode seguir a sua recém-descoberta paixão para ter uma vida profissional compatível com quem você é, mesmo que a princípio essa escolha não lhe traga lucros e estabilidade.
Como mudar de carreira?
Você se identificou com alguns dos casos acima? Se sim, você provavelmente está pensando em mudar de carreira ou já se decidiu a respeito disso.
Fazer o que você não gosta por muito tempo prejudica imensamente a saúde mental. O estresse, ansiedade, irritabilidade, desânimo e/ou desinteresse podem se tornar constantes na sua vida, estimulando o surgimento da depressão.
Esses sentimentos também podem causar desconforto físico, como cansaço, alergias de pele, hipertensão, palpitações e gastrite nervosa. Muitas pessoas somente se dão conta ou deixam de mentir para si mesmas sobre a sua insatisfação quando sofrem um episódio grave causado pelo estresse acumulado.
Por conta disso, se você está passando por uma crise profissional, não minta para si mesmo. O problema não irá embora porque você finge que ele não existe. A tendência é justamente que ele cresça e se torne insuportável.
1. Se conheça
O primeiro passo para superar uma crise profissional é se conhecer. Isso significa descobrir o que você gosta de fazer e o que deseja fazer no futuro com base em seus interesses, personalidade, valores, qualidades e crenças.
Por exemplo, quais são seus objetivos de longo prazo: você quer conforto e uma vida pacata, ou ganhar muito dinheiro para consumir bens ou ter estabilidade?
Você gosta de interagir com o consumidor final ou prefere uma posição voltada aos processos internos da empresa? Qual desses cenários faz mais jus às suas aptidões?
Esses questionamentos são essenciais para que você anule o que não combina com você, mas acha que combina. Quanto mais perguntas você fizer e cenários imaginar, mais claro o seu futuro profissional se tornará.
2. Busque novos caminhos e recursos
Quando alguém decide que não quer mais seguir a sua carreira atual, pode se sentir perdido. Por onde começar a construir outra trajetória profissional? Para encontrar a resposta, você precisa buscar conhecimento.
Pesquise sobre profissionais as quais lhe interessam e se pergunte se você se daria bem nelas, fazendo um processo de eliminação para que reste apenas uma opção.
Se imagine vivendo a rotina de um profissional e analise o que sente diante desse pensamento.
Veja vídeos e leia relatos de profissionais para entrar em contato com a realidade da profissão. Se conhecer alguém com a carreira desejada, faça perguntas a ele.
Só então comece a buscar graduações para adquirir o conhecimento técnico necessário.
3. Enfrente o medo
O medo também costuma ser um fator dominante quando a decisão de mudar de carreira é tomada. Você pode pensar que é loucura voltar a estudar ou começar de baixo em outro segmento profissional. E se não der certo?
Você nunca vai saber o resultado de seus esforços se não tentar!
O medo nos incentiva a tomar decisões cautelosas, mas não deve ser um impedimento para a vida.
Analise sua situação e, do seu jeito e ao seu tempo, busque conhecimento e oportunidades. Dessa forma, você evita grandes prejuízos e pensamentos autossabotadores.
4. Seja paciente
Qualquer mudança causa um rebuliço em nossas vidas. Leva tempo para nos adaptarmos à nova realidade e chegarmos ao cenário ambicionado, portanto, é preciso ser paciente.
Você pode ter um milhão de planos na cabeça sobre o que pretende fazer nessa nova fase da sua vida, mas pode não conseguir colocá-los em prática neste momento. Então, espere até a hora certa chegar.
Da mesma forma, se você falhar em algum momento do processo de mudança de carreira, aprenda com seus erros e tente novamente.
Mude de estratégia, teste novas abordagens para se aprimorar e tenha paciência para colher os frutos da sua dedicação.
Conclusão
É comum que em uma determinada fase das nossas vidas sintamos vontade de fazer mudanças, alçar novos voos e traçar um novo caminho.
Mas, é importante que essas decisões sejam tomadas com responsabilidade e com segurança para assumir as vantagens e as consequências que toda grande decisão acarreta.
Um psicólogo pode ser um facilitador para compreender essa necessidade de mudança, bem como para auxiliar os passos a serem dados para percorrer este novo caminho.
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.
Cara Doutora Thaiana!
Muito obrigado por mais esta importante Aula! Realmente, meu desempenho profissional é sofrível. Entretanto, não é, exatamente, por que estou na profissão errada. Atribuo-o, em grande parte, a minha enraizada e exacerbada ansiedade.
Minha ansiedade tem elementos hereditários, relacionais. Assim, preciso ir à raiz do problema. Acredito que em qualquer profissão a que me lance os reflexos da ansiedade, no nível em que tenho, atrapalharão meu desempenho profissional bem como nos demais setores da vida.
Penso que, no meu caso, mudar de profissão é análogo à pessoa que, querendo fugir de si mesma, viaja em torno do mundo. É inútil. Para onde quer que ela vá sua consciência vai acompanhá-la. A viagem pode ser por toda a Terra ou fora desta. Ônibus espaciais já transportam pessoas ao espaço a passeio. Claro, por enquanto, só cabe aos milionários. Então, a viagem certa para tal pessoa é ao seu interior, buscar o autoconhecimento.
À época do exame vestibular, não sabia, exatamente, a área que queria. Sabia aquelas que não queria. Então, inscrevi-me em quatro vestibulares: Direito, Psicologia, Comunicação Social e Telecomunicações. Disse-me que cursaria aquele no qual fosse aprovado. Ocorreu que fui aprovado em todos quatro. Sorte.
Não poderia cursar as quatro ciências simultaneamente. Então, matriculei-me nos Cursos que, no meu entender, havia correlação. Ou seja, Direito e Psicologia. Concluí Direito. Foi numa Universidade particular, UCSAL. (Universidade Católica de Salvador). Fui aluno do Programa de Crédito Educativo da CEF. As aulas eram apenas no período da manhã. Psicologia foi na UFBA (Universidade Federal da Bahia). Ficou inconcluso. Nela, todo semestre havia greve. Era comum termos três semestres no ano para tentar cumpri o calendário. As aulas eram distribuídas ao longo do dia em horários não consecutivos. Havia matérias que só eram oferecidas no turno da manhã. Havia um choque com as de Direito. Fiquei enquanto pude. Até que ficou inconciliável.
Enfim, não atribuo minhas deficiências profissionais e existenciais à profissão que, hoje, tenho para desempenhar. Acredito que minha ansiedade, que remonta a minha infância, é a responsável maior. Estou convicto de que os psicólogos fariam um excelente trabalho para resolver este meu problema. Apesar disto, fatores financeiros impedem-me de fazer um tratamento psicológico.
Forte abraço,
Luís Monteiro.