Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Fernanda de França Lorenção - Psicólogo CRP 06/123946
Quando se decide “fazer terapia”, as pessoas normalmente não sabem que existem diversas abordagens psicológicas.
Para elas, “terapia” é um termo guarda-chuva que inclui todos os tipos de processos psicoterapêuticos.
Essa é uma das razões pelas quais o paciente, assim que der início à sua terapia, precisa conversar com o psicólogo sobre a sua abordagem e como ele pode ajudá-la.
Essa conversa também pode acontecer antes da primeira consulta, durante o agendamento do horário.
Às vezes, um tipo de terapia não é tão eficiente quanto o outro devido à personalidade, as crenças e a natureza dos problemas trazidos pelo paciente.
Assim, pode ser necessário mudar de abordagem para ver os resultados positivos do acompanhamento psicológico.
Para ajudá-lo a entender mais sobre esse assunto, elaboraremos sobre alguns tipos diferentes de terapia neste post.
Quais são os tipos de terapia?
Existem muitas abordagens psicológicas. Algumas são mais apropriadas para o tratamento de vícios enquanto outras, para o de traumas.
Já outras apresentam bons resultados no tratamento da depressão, ansiedade, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), entre outras condições.
A terapia também pode ser aproveitada por quem deseja se conhecer e ter uma vida mais leve.
Quem faz terapia desenvolve uma capacidade maior para resolver conflitos e gerenciar o estresse do dia a dia, além de fortalecer a autoestima e autoconfiança.
Isso, é claro, não significa que as pessoas terapeutizadas não passem por um sufoco ou outro. Elas ainda encontram situações difíceis, se irritam, se frustram, choram e sentem tantas outras emoções.
Conheça nove tipos de terapia abaixo.
1. Psicanálise
A psicanálise é o legado do médico austríaco Sigmund Freud, que estudou o inconsciente humano.
O intitulado ‘pai da psicanálise’ acreditava que as coisas (memórias, crenças, ideais) guardadas em nosso inconsciente afetam o nosso cotidiano.
A terapia com o psicanalista, psicólogo ou profissional da saúde com especialização em psicanálise, acontece da seguinte maneira: o paciente se deita em um divã, encarando o lado oposto ao do profissional, e fala sobre as suas questões emocionais sem restrição.
Essa abordagem é ideal para quem se sente perdido e sem rumo na vida, quem enfrenta problemas no trabalho, quem vive um relacionamento turbulento, quem precisa desabafar e de orientação, entre outros incômodos inquietantes.
2. Junguiana
Também conhecida como psicoterapia analítica, a terapia de Carl Gustav Jung tem como base os sonhos.
O psiquiatra suíço acreditava que os sonhos são a personificação do inconsciente.
Assim, seria necessário analisar os símbolos presentes nesses sonhos para compreender os problemas e a personalidade dos pacientes.
Essa terapia utilizada técnicas artísticas, como desenhos e pinturas, para acessar o inconsciente dos pacientes.
Eles ficam livres para se expressarem através da arteterapia. O psicólogo também pode pedir para que pacientes escrevam durante as consultas.
É ideal para o tratamento de diversas condições de saúde mental e problemas do cotidiano, além de aprofundar o autoconhecimento.
3. Lacaniana
Outra abordagem com base na psicanálise de Freud é a psicanálise lacaniana.
O paciente se deita no divã e discorre sobre uma variedade de assuntos enquanto o psicanalista pesca tendências e padrões em suas palavras.
As falas do paciente são interpretadas meticulosamente pelo profissional durante a sessão.
Ele pode interrompê-lo quando achar necessário para instigar reflexões pertinentes ao assunto.
O tempo de duração das sessões pode ser de 15 minutos ou duas horas.
Não é indicada para quem pretende resolver questões urgentes. Este tipo de terapia é voltado para pacientes com interesse em se conhecer profundamente, e entender as origens de seus comportamentos e pensamentos.
4. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Uma das abordagens psicológicas mais conhecidas é a Terapia Cognitivo-Comportamental.
A TCC é aplicada em uma série de casos, como vícios, baixa autoestima, transtornos de personalidade, desejo de mudar um aspecto da vida (carreira, casamento, aparência, etc) e até psicopatia.
O seu principal foco é, como o nome indica, o comportamento. O paciente chega na terapia com um ou mais comportamentos disfuncionais que lhe causam algum tipo de sofrimento.
No decorrer das consultas, o psicólogo o ajuda a compreender a natureza dos seus pensamentos e emoções e como eles afetam as suas condutas.
Através da mudança de mentalidade acerca da questão problemática, o paciente consegue, então, mudar a sua forma de agir.
Como cada indivíduo possui um tempo único para internalizar os ensinamentos da terapia e fazer mudanças, as consultas de TCC podem ser de médio a longo prazo.
5. Terapia Gestalt
A terapia Gestalt se concentra no momento presente. Ou seja, essa abordagem leva em consideração os ambientes frequentados pelo paciente e as pessoas com quem o paciente convive.
O psicólogo analisa, ainda, a linguagem corporal do paciente durante os encontros.
Os pacientes são encorajados a se tornarem mais conscientes de si durante a terapia.
Deste modo, ele adquire autonomia para navegar o seu presente, desvencilhado de problemas oriundos de experiências passadas e preocupações com o presente.
A partir de então, bloqueios de conduta são identificados e trabalhados para que o paciente consiga sempre seguir adiante com a sua vida.
6. Psicodrama
Esse tipo de terapia pode ser feita em grupo ou individualmente. Através da encenação de situações incômodas, o paciente é conduzido a refletir sobre os seus dilemas e encontrar maneiras mais saudáveis de responder a eles.
Quando feita em grupo, todos os integrantes são levados a refletir sobre o que sentiram durante a encenação. Ninguém é obrigado a participar e, por isso, é uma terapia considerada apropriada até para os mais tímidos.
Pode parecer um simples exercício de teatro, mas o psicodrama possui objetivos específicos, como construir a autoconfiança, estimular a criatividade e incentivar a flexibilidade do paciente ao colocá-lo cara a cara com situações distintas.
Assim, ele acessa os seus recursos emocionais para encontrar novas maneiras de lidar com os acontecimentos e as pessoas.
7. Terapia Positiva
Esse tipo de terapia é voltado às questões associadas ao bem-estar dos pacientes. A abordagem analisa como as pessoas podem encontrar a felicidade e a satisfação com a vida através da cura de seus problemas emocionais.
O psicólogo estuda os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos pacientes em busca de qualidades, talentos e habilidades. Deste modo, os aspectos positivos são sempre o foco.
Durante as consultas, competências como gratidão, empatia, otimismo e resiliência são estimuladas através de técnicas psicoterapêuticas.
A intenção é modificar a perspectiva do paciente para que ele sustente uma visão mais positiva e proativa em relação a si mesmo e ao mundo.
Quem anseia ter uma vida equilibrada e mais satisfatória pode se encontrar nesta abordagem.
8. Terapia Humanista
A terapia humanista gira entorno do ser humano. O psicólogo humanista propõe questionamentos acerca da autoimagem e do “eu ideal” do paciente.
Esse, por sua vez, tem a oportunidade de explorar a sua autoestima e autopercepção, encontrando pontos que gosta e desgosta.
Da mesma forma, constrói um “eu ideal”, uma personalidade com os comportamentos, emoções e pensamentos considerados apropriados pelo paciente.
Assim, ele consegue traçar planos de ação para aproximar a sua autoimagem atual do seu “eu ideal”.
Esse tipo de terapia promove a autoatualização constante. É indicada para quem sofre de baixa autoestima, depressão, ansiedade, burnout, estresse e outras condições.
Quem deseja melhorar a sua relação consigo mesmo também pode se beneficiar dessa abordagem.
Como escolher o melhor tipo de terapia para o meu caso?
Todas as abordagens psicológicas são efetivas à sua maneira. Elas possuem o mesmo propósito: ajudar as pessoas na resolução de conflitos através da aquisição de autoconhecimento e da cura de feridas emocionais.
Em outras palavras, os métodos e bases científicas de cada tipo de terapia são diferentes, mas o objetivo não difere.
No momento de escolher uma abordagem psicológica, o paciente pode refletir sobre o que pretende alcançar com a terapia.
As seguintes perguntas podem ajudá-lo a definir os seus objetivos:
- Quais são meus objetivos com a terapia?
- Estou disposto a efetuar mudanças na minha vida para atingi-lo?
- Quais mudanças eu faria sem pensar e quais eu levaria mais tempo para fazer?
- Em quanto tempo quero ver resultados?
Dessa maneira, fica um pouco mais fácil compreender que tipo de abordagem seria apropriada para resolver o seu problema.
Você pode levar o restante de seus questionamentos para o psicólogo, e ter uma conversa sobre como a terapia pode ajudar a cumprir os seus objetivos.
A terapia é composta por um esforço mútuo do psicólogo e do paciente.
Enquanto o profissional fornece os caminhos e o conhecimento, o paciente aplica os aprendizados no seu dia a dia e promove mudanças em sua vida.
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Autor: psicologa Fernanda de França Lorenção - CRP 06/123946Formação: A psicóloga Fernanda de França Lorenção é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em saúde com ênfase em saúde da mulher, também pela UNIFESP
Cara Doutora, Thaiana!
Muito esclarecedor o que foi explicado neste Artigo. Admiro sua expertise em explanar os assuntos! Muito obrigado!
Forte abraço!
Luís Monteiro!
Obrigada pelo seu feedback!
Adorei seu suas orientações foi bem esclarecedoras, quero muito me tornar uma terapeuta e depois me tornar uma psicóloga. Mari parabéns e muito sucesso 🌹❤️
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