Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
Ter um bom relacionamento familiar não é uma tarefa fácil! Precisamos fazer a manutenção dos laços que mantemos com nossos familiares da mesma forma que fazemos com amizades e relacionamentos amorosos. Com o tempo, eles podem se desgastar ou se modificar.
Como a família é uma das nossas principais relações, é muito importante saber o que fazer para manter o relacionamento com os familiares em bom estado.
Importância de um bom relacionamento familiar
Cuidar do relacionamento familiar não é somente vantajoso para a convivência diária. Além da paz reinar em casa, todos os membros da família sentem-se confortáveis e felizes. Pais, filhos e outros parentes que compartilham o mesmo espaço não encontram motivos para brigar e criticar uns aos outros.
A confiança também aumenta, fortalecendo o laço entre pais e filhos e diminuindo a preocupação em relação à segurança dos mais jovens. Quando os filhos se sentem acolhidos e respeitados, eles não têm porque mentir ou esconder acontecimentos e sentimentos.
Quanto mais sadia for à convivência entre os familiares, mais autoestima, autoconfiança e saúde mental eles possuem. Ou seja, cuidar do relacionamento familiar não é somente bom para o coletivo, mas também para o individual.
Os membros da família se tornam aptos a socializar com outras pessoas, solucionar problemas e correr atrás de seus objetivos. Além disso, desenvolver competências cognitivas necessárias para obter o sucesso na vida adulta é possível em um ambiente familiar aconchegante.
Pessoas que crescem e/ou vivem em lares cujo ambiente é tóxico, opressivo ou não oferece o apoio necessário tornam-se inseguras, tristes, estressadas, indiferentes e enraivecidas. Elas têm dificuldade para lidar com frustrações, confiar em outros indivíduos e pensar no próprio bem-estar.
Os traumas oriundos de suas vivências negativas causam uma série de dificuldades. No caso dos filhos, elas são sentidas normalmente na vida adulta.
Já dos adultos, refletem em sua vida cotidiana e nas relações que mantêm com amigos, conhecidos e colegas de trabalho. O desempenho profissional também pode sofrer devido à sobrecarga de pendências emocionais.
Cada familiar também é um indivíduo!
O que essa afirmação quer dizer?
É simples: pai, mãe, irmão e irmã, tio e tia, primo e prima, avô e avó são indivíduos diferentes.
Cada um possui opiniões, desejos e medos, os quais foram desenvolvidos ao longo de suas existências. Embora os laços consanguíneos garantam algumas semelhanças devido à genética e ao aprendizado de padrões comportamentais dentro de casa, cada pessoa ainda é única.
Para compreender essa afirmação, pense no seguinte: os filhos raramente conhecem todas as vivências dos pais antes do seu nascimento. Em suas cabeças, eles são somente pais – seres humanos que devem ser perfeitos e protegê-los de todo o sofrimento.
Quando ocorrem o conflito ou a incompreensão, as mágoas surgem no coração dos filhos. Assim, a imagem idealizada em suas cabeças sofre alterações ou é destruída. Eles não compreendem que os pais têm os seus próprios traumas e inseguranças, cometem erros e podem não saber como lidar com uma situação.
Essa falta de conhecimento também acontece na posição inversa, quando os pais não conseguem entender a conduta e o modo de pensar dos filhos.
Quando se entende que cada familiar é um indivíduo como outro qualquer, perde-se a necessidade de exigir a perfeição ou o apoio incondicional devido aos laços de sangue. Fica mais fácil compreender uns aos outros sem essas cobranças.
Como melhorar o relacionamento familiar?
Melhorar o relacionamento familiar requer tempo e paciência, além do perdão de muitos ressentimentos. Todos os familiares interessados devem concordar em ouvir sem fazer julgamentos ou queixas. O respeito mútuo deve estar sempre presente.
Em algumas famílias, a exigência por respeito é feita através do silêncio. Os filhos não podem expressar como se sentem, reivindicar um tratamento mais adequado ou pedir por compreensão quando pensam e agem diferente dos pais.
Esse ambiente opressor não é apenas propício para o aumento de conflitos, como também para o surgimento da ansiedade, da depressão e de outras condições que afetam a saúde mental.
Todos os familiares devem ter o direito de falar sobre suas emoções e pedir, sempre com sensatez, por mudanças na forma de tratamento quando não se sentem bem dentro da própria casa. A convivência agradável é construída através do reconhecimento das necessidades de todos.
Abaixo, veja algumas dicas voltadas para melhorar o relacionamento das famílias!
1. Incentivar a expressão de sentimentos
Conversar sobre os sentimentos pode não ser simples para algumas pessoas. Elas podem ter vergonha de compartilhar o que realmente sentem ou acreditar que falar abertamente sobre sentimentos é um sinal de fraqueza.
Essas crenças geralmente se formam de ensinamentos de pais rígidos, mas também podem se originar da falta de hábito de falar sobre o assunto. A ausência desse costume dificulta o acesso das pessoas às suas emoções e sentimentos.
Portanto, incentive os seus familiares a falarem sem medo sobre como se sentem em relação aos outros e às situações da vida. Crie um espaço seguro para que isso seja feito sem julgamentos indevidos.
Não deixe eventos negativos passarem em branco, especialmente no caso de crianças. Caso contrário, os pequenos podem não aprender a lidar com suas emoções e frustrações, conhecimentos essenciais para a vida adulta.
2. Passar tempo juntos diariamente ou com frequência
Encontre tempo para passar com sua família apenas para jogar conversa fora ou fazer uma atividade divertida em conjunto, como jogar um jogo de tabuleiro. Se possível, façam as refeições em família ou, pelo menos, escolham uma delas para que todos se sentem à mesa e conversem.
A correria, os compromissos e os projetos pessoais podem roubar muito do nosso tempo. Consequentemente, as nossas relações sofrem. A família não é uma exceção. Ela também precisa de atenção e de tempo dedicado exclusivamente para aproveitar a companhia dos familiares.
3. Evitar fazer comparações ou exigências
Quando se tem intimidade com alguém, fazer exigências pode se tornar natural. Você pode cobrar atenção, mais tempo juntos, mais responsabilidade, mais proatividade, mais esforço para cuidar da casa, entre outros.
Embora esses elementos sejam necessários para manter um bom relacionamento familiar, existem modos mais brandos de fazer pedidos ao outro. Cobranças constantes podem irritar não somente pela frequência, mas também pelo tom de autoridade e de controle.
Outro hábito que pode se tornar comum é o de fazer comparações. Já que o familiar alvo de cobranças não está agindo de acordo, você pode compará-lo, consciente ou inconscientemente, a alguém cujo comportamento é considerado ideal.
Comparações desse feitio são altamente prejudiciais para a autoestima do outro e falham em conseguir uma reação positiva.
4. Perguntar quando não compreender algum comportamento
Em vez de quebrar a cabeça para entender uma atitude aparentemente incompreensível de um familiar, pergunte a ele.
Por exemplo, se alguém tem um estilo de vida muito diferente do seu ou possui crenças opostas, converse numa boa sobre isso para entender mais sobre o assunto. Mantenha uma mentalidade de “aprendiz” em vez de “crítico”.
Os mais novos costumam entrar em atrito com os mais velhos devido a comportamentos e ao cultivo de tendências incompreensíveis para a geração mais antiga. A incompreensão pode gerar desentendimentos e preocupações desnecessárias, principalmente entre pais e filhos.
Portanto, vale a pena deixar os pré-conceitos de lado e ouvir o que os mais jovens têm a dizer sobre os seus gostos, e vice-versa. Dessa forma, você também pode aprender algo novo e ganhar a confiança e o respeito dos seus familiares!
5. Marcar um evento em família todos os meses
Uma solução para a correria é marcar um programa mensal com os familiares. Pode ser um almoço, um jantar, um acampamento, um churrasco, um boliche, uma pescaria ou qualquer atividade que seja do interesse de todos. Programar uma viagem rápida de fim de semana ou durante um feriado também é uma ideia legal.
Assim, você faz a manutenção do relacionamento familiar mensalmente e, ainda, se diverte com as pessoas mais queridas para você.
6. Conceder espaço quando necessário
Apesar do compartilhamento de experiências ser muito importante, dar espaço para os parentes quando requisitado também é.
Mesmo as pessoas que amam estar na companhia constante de outras podem se beneficiar de um período de introspecção. Eles são perfeitos para reorganizar os pensamentos e recarregar as baterias para o próximo compromisso.
Alguns familiares podem precisar de mais tempo sozinhos do que outros e isso não quer dizer que eles não tenham apreço por você. Respeite a necessidade de espaço deles e convide-os para fazer algo divertido quando estiverem prontos.
Psicólogos para Família
Conheça os psicólogos que atendem casos de Família no formato de terapia online por videochamanda:
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Patrícia Carvalho
Consultas presenciais
Consultas por vídeoPatrícia Carvalho é psicóloga graduada pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL - Lorena -SP). Atualmente é pós-graduanda em Intervenção ABA aplicada do Transtorno de Espectro Autista (TEA)...
Valor R$ 100
próximo horário:
21/nov. às 09:00hs -
Flávia Polezzi
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Flávia B. Polezzi é graduada em Psicologia pela PUC-Minas desde 2002. Tem como base primordial para sua atuação a Terapia Cognitiva Comportamental e fundamentos da Terapia Sistêmica Familiar, além de destacar o curso de Análise Transacional como fundamental em sua prática clínica.
Valor R$ 240
próximo horário:
21/nov. às 10:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).
Boa noite, em primeiro lugar amei o relato da relação com a família e aprendi muito, pois estou com um tratamento online com uma outra psicóloga. meu nome é Josué Francisco e vou passar este estudo para toda minha família. Dr ou grupo de Drs vocês estão de parabéns, amei.
Olá!
Obrigada pelo seu comentário. Fico contente que você tenha gostado do conteúdo!
Abraços,
Psicóloga Thaiana
Muito bom…
adorei pretendo colocar em prática. Com a correria do dia a dia deixamos meio que de lado as conversas com os membros da família as poucas conversas que temos são sempre de ordem e cobranças. A família parece que já esta “garantida”, mas não é bem assim, realmente temos que rever nosso papel na Família.
Olá!
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Abraços,
Psicóloga Thaiana
Muito bm, minha familia é muito grande, tenho 5 filhos e 16 netos.E me preocupo com todos, e por isto estou passando uma grande crise de ansiedade.Aqui ate anotei como melhorar, e conviver em harmonia com todos.muito obrigado
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