Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Lucilene Ferreira Guedes - Psicólogo CRP 06/116690
Os pais podem ajudar a elevar a autoestima dos filhos, preparando-os para permanecerem fortes diante das dificuldades da vida.
É saudável estimular a autovalorização e o amor-próprio desde a infância para que a criança cresça reconhecendo suas qualidades e valor como ser humano.
Os pais são peças fundamentais na construção da autoestima dos filhos. Eles são os primeiros contatos deles com a vida e as figuras que ditam os valores e aprendizados, além de uma ponte entre os pequenos e o mundo durante todo o seu crescimento.
A autoestima na infância e na adolescência
Cultivar a autoestima de crianças é uma grande responsabilidade. Quase todos os eventos presentes nesta fase da vida são muito intensos para os pequenos.
É na infância que comumente são formados os traumas psicológicos, os quais afetam a qualidade das vivências e a autoimagem pelo restante da vida.
Do mesmo modo, a infância é uma fase propícia para a criança aprender a se valorizar e a se amar independentemente de seus defeitos e erros.
Antes dos sete anos, as crianças já conseguem distinguir traços de personalidade que consideram agradáveis em si mesmas.
Assim como palavras amorosas e encorajamentos, palavras rígidas, censuras e posturas de indiferença vindas dos pais influenciam a construção da autoimagem dos filhos pequenos.
Como a criança tem pouco conhecimento de si mesma e do mundo, ela leva a opinião dos pais (e dos adultos em geral) sobre ela muito a sério.
Até a adolescência, onde o adolescente começa a explorar a sua própria identidade e se distanciar da família, a opinião dos pais é a única referência da criança.
A partir da puberdade, o adolescente procura referências em outros contextos sociais e culturais para formar a sua personalidade. Todavia, ele ainda tem apego à percepção dos pais sobre ele.
Dependendo de suas experiências e de como acredita que a sua família o enxerga, o adolescente pode desenvolver baixa autoestima.
Nesta fase, é igualmente comum que os adolescentes se deixem levar por opiniões de amigos e colegas de turma. Se recebem rótulos negativos por razões inexplicáveis, podem não se achar bons o suficiente e entrar em depressão.
Sendo assim, o cuidado com a autoestima dos filhos adolescentes é essencial, mesmo que eles demonstrem não estar interessados em conselhos e palavras de conforto.
Importância de cuidar da autoestima dos filhos
Fortalecer a autoestima dos filhos cedo garante que eles tenham mais experiências satisfatórias ao longo de suas vidas.
Os estímulos positivos recebidos na infância são refletidos em comportamentos saudáveis na adolescência e na vida adulta.
Isso porque uma autopercepção favorável deixa as crianças e os adolescentes confortáveis para explorarem o mundo, estabelecerem vínculos, valorizarem anseios sem se preocuparem com a opinião alheia e lidarem com dificuldades.
A autoestima elevada naturalmente traz autoconfiança, essencial para a vivência de novas experiências e a superação de desafios.
A criança e o adolescente confiante seguem a sua intuição e confiam em suas decisões, mesmo que não tenham experiência de vida para confirmar se são boas ou não.
Quando se deparam com problemas na escola ou com amizades e relacionamentos amorosos, não se culpam demasiadamente pelo ocorrido ou se desesperam com a necessidade de enfrentar uma situação desagradável.
A frustração ainda pode ser um problema para eles devido à falta de experiência, mas não por conta da falta de autoestima.
Da mesma forma, a autoestima elevada blinda crianças e adolescentes contra provocações de colegas e críticas excessivas. Essa postura diminui a possibilidade de eles serem influenciados pela opinião dos outros e consequentemente seguirem um caminho incondizente com os seus desejos.
Os pais, sendo as principais figuras de conforto e de inspiração de conduta para os filhos, possuem o papel de ajudá-los a desenvolver uma opinião positiva sobre si mesmos.
Como elevar a autoestima dos filhos?
O fortalecimento ou a recuperação da autoestima dos filhos podem ser feitos com a ajuda dos pais ou de um psicólogo.
O aparecimento dos resultados depende da disposição da criança ou do adolescente, bem como de suas personalidades. Alguns podem demorar mais para confiarem em si mesmos do que outros.
Enquanto o trabalho com as crianças costuma ser mais simples por conta de sua natureza branda e receptiva, o desenvolvido com os adolescentes pode apresentar alguns desafios.
Os pais precisam estar cientes que, como os adolescentes passam por muitas mudanças durante a puberdade, pode ser necessário fazer um esforço extra para cultivar uma autoestima alta nesta fase.
Ainda que o adolescente tenha recebido encorajamento na infância, as confusões típicas desse período podem ter impacto negativo em sua autoimagem.
Para auxiliar os pais a cuidarem da autoestima de seus filhos, separamos cinco dicas abaixo.
1. Faça encorajamentos
As crianças valorizam muito as palavras dos pais, portanto, quando recebem encorajamento, sentem-se motivadas e confiantes. Encoraja o seu filho a estudar, a praticar atividades variadas, a seguir até o fim de seus desafios, a superar os seus medos, e basicamente tudo que necessitarem de apoio.
Não os force a fazer o que não desejam, como iniciar um determinado curso extracurricular. Muitos pais ficam preocupados quando percebem que os filhos não possuem interesses variados ou não se socializam tanto quanto outros. Assim, tentam incentivá-los a força.
Em vez disso, procure saber os seus gostos para fazer os encorajamentos corretos.
2. Ensine limites
Os limites também são parte importante dos encorajamentos. Ensine o seu filho a saber até onde pode ir com segurança, estimulando a sua autonomia e senso de responsabilidade.
Todavia, estabeleça limites para que ele não se esgote, corra riscos desnecessários ou se torne muito autoconfiante.
Os encorajamentos devem sempre ter um pé na realidade para que o seu filho não acredite que ele possa fazer tudo sem se preocupar com consequências ou com a sua própria saúde.
Os limites também são demonstrações de amor, embora as crianças e adolescentes não gostem muito deles.
3. Celebre acertos e não seja duro com os erros
É importante celebrar os acertos e as vitórias dos filhos. A cada nova conquista, seja grande ou pequena, ofereça o seu “parabéns” e um abraço.
Se quiser, faça uma celebração especial, como sair para jantar. Destaque as qualidades dos filhos e como ele conseguiu aquele feito.
Os erros dos filhos também devem ser mencionados. Eles são fontes importantes de aprendizado, especialmente para os mais novos. Para isso, ensine o seu filho a lidar com as suas falhas de maneira saudável.
Isto é, não seja muito duro quando ele errar. A rigidez na infância e adolescência costuma criar adultos inseguros e ansiosos.
Esclareça que ele pode analisar os fatores que contribuíram para o erro e tentar novamente quantas vezes forem necessárias para alcançar o sucesso.
Também evite fazer comparações. Alguns pais têm mania de comparar os filhos com primos e filhos de amigos, destacando as qualidades dos outros. Ser comparado com alguém dessa maneira magoa e não ajuda os pequenos a melhorarem.
4. Estimule a responsabilidade
Dê pequenas tarefas para o seu filho realizar conforme a capacidade e a idade dele. Você pode fazer isso tanto no cotidiano quanto em um evento especial, como em uma festa de família.
Designar uma parcela de responsabilidade às crianças e aos adolescentes demonstra que os pais confiam neles e apreciam a sua ajuda.
Sempre que ele fizer um bom trabalho, faça elogios. Se cometer erros ou demonstrar estar com má vontade durante a execução da tarefa, faça junto com ele.
Explique que às vezes alguns afazeres são maçantes, mas necessários já que podem alegrar o dia de alguém quando feitos com amor. Dialogue com seu filho para que ele compreenda as suas intenções e absorva os ensinamentos da lição com clareza.
5. Diversifique elogios
De que maneira você elogia os seus filhos? Quando eles lhe mostram o resultado de seus esforços, você simplesmente diz “bonito” ou “legal”?
Embora não haja nada de errado com esses adjetivos, os pais podem destacar muito mais do que somente a aparência do desenho, projeto ou trabalho.
Elogie o esforço e a dedicação do filho para concluir aquela determinada tarefa. Mencione o que gostou mais na produção. Valorize os esforços dele mesmo quando erra ou fracassa.
Por exemplo, se ele cometer um erro durante uma apresentação da escola, destaque os pontos positivos da mesma e o seu esforço em aprender os passos.
Deste modo, você também o ajudará a desenvolver uma mentalidade otimista. Elogios não devem ser vazios. Quando são ditos somente por dizer e exclusivamente em ocasiões boas, deixam de ter significado.
Leia também: “Ansiedade infantil: sintomas, causas, como lidar e tratar [Guia]“
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Autor: psicologa Lucilene Ferreira Guedes - CRP 06/116690Formação: A psicóloga Lucilene Ferreira Guedes é graduada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP), pós graduada em Espiritualidade e Estudos da Consciência pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), possui Aperfeiçoamento em Psicopatologia e Saúde Mental pelo CEPPS...