Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é uma condição de saúde mental relativamente comum. Muitas pessoas desconhecem que existem vários tipos de TOC e, ainda, confundem os sintomas com a popularmente conhecida “mania de organização”.
Gostar de um ambiente limpo e organizado, no entanto, é bem diferente de ter TOC.
A principal diferença entre esse traço de personalidade e os sintomas da condição reside na motivação.
Quem tem transtorno obsessivo-compulsivo tem muita dificuldade para controlar os seus impulsos em razão da ansiedade.
Mas, como então se inicia o TOC? No post de hoje, abordaremos mais detalhes sobre porque as pessoas desenvolvem TOC e como os sintomas dessa condição de saúde mental afetam as suas vidas.
Classificação geral dos tipos de TOCs
O transtorno obsessivo-compulsivo é composto por dois sintomas principais: a obsessão e a compulsão.
As obsessões se manifestam por meio de pensamentos intrusivos e condutas impulsivas.
Imagens trágicas e indesejadas aparecem na mente do indivíduo de súbito, despertando ansiedade, medo e estresse.
Para aliviar os sentimentos negativos e impedir que aquelas imagens se concretizem na realidade, a pessoa com TOC desenvolve comportamentos repetitivos e atos mentais, os quais se tornam regras rígidas e rotineiras.
Neste contexto, existe TOC grave? Sim, esta condição é considerada grave quando os sintomas começam a atrapalhar a vida diária do indivíduo, conforme visto abaixo:
- Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico: os rituais desenvolvidos em razão das obsessões se repetem com frequência, mas não chegam a causar grandes danos à vida da pessoa, embora ainda sejam incômodos.
- Transtorno obsessivo-compulsivo: as obsessões são persistentes e a ansiedade gerada por elas é somente aliviada quando a pessoa cede às suas compulsões.
Qual a diferença entre ansiedade e TOC?
A ansiedade é um sintoma muito presente no TOC.
Os pensamentos intrusivos desencadeiam o sentimento e, se a pessoa tenta ignorá-los, a tendência é que a ansiedade cresça.
Ela também é um dos fatores que contribuem para comportamentos impulsivos, os quais acontecem sem que a pessoa pare para pensar sobre o que fazer em seguida ou como deve reagir a uma situação.
O transtorno de ansiedade generalizada (TAG), no entanto, é diferente do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Embora a impulsividade e os pensamentos intrusivos estejam presentes em ambos, as preocupações de quem tem TAG têm relação com a vida real enquanto as do TOC envolvem acontecimentos que não aconteceram e não possuem chances de acontecer.
É comum, por exemplo, que pessoas com essa condição se preocupem com a possibilidade de machucarem os outros se não cederem às suas compulsões.
Através dos comportamentos compulsivos, elas acreditam estar salvando terceiros de um perigo inexistente.
Subtipos de TOC: diferença entre TOC familiar e TOC esporádico
Existem três fatores que influenciam o desenvolvimento do TOC:
- Temperamentais: comportamento de “pré-disposição”, como afetividade negativa mais alta e inibição, principalmente durante a infância;
- Ambientais: experiências traumáticas ou estressante estão associados a um risco maior de desenvolvimento do TOC, como negligência parental, abuso físico e sexual, perda de uma pessoa querida na infância; e
- Genéticos e fisiológicos: o diagnóstico de TOC na família pode aumentar a possibilidade de a nova geração desenvolver a condição. Segundo o DSM-V, as probabilidades são duas vezes maiores em famílias que já possuem casos de TOC.
Como visto, quem possui caso de transtorno obsessivo-compulsivo na família tem mais chances de desenvolver a condição em algum momento da vida. Esse subtipo de TOC é chamado de “TOC familiar”. Já pessoas que não possuem histórico familiar desse diagnóstico se encaixam na categoria do “TOC esporádico”, pois são as primeiras a desenvolverem essa condição na família.
No TOC familiar, os primeiros sintomas costumam a aparecer mais cedo do que a idade considerada padrão que, segundo o DSM-V, é aproximadamente aos 19 anos.
Tipos de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)
Como dito, o transtorno obsessivo-compulsivo se manifesta de várias maneiras, mas quais são alguns dos tipos de TOC mais comuns?
A maioria das pessoas conhece as compulsões de contagem, que levam os indivíduos a contarem objetos (decorações, degraus de escadas, postes de luz) nos ambientes onde se encontram, e a de simetria e ordem, que consiste em organizar objetos meticulosamente, como na mesma posição e no ângulo considerado adequado.
Além dos tipos de TOC chamados de “simetria e ordem” e de “contagem compulsiva”, podemos citar, por exemplo:
1. TOC de contaminação
O TOC de contaminação pode ser descrito como o medo de se contaminar ao entrar em contato com objetos, pessoas ou superfícies consideradas sujas ou contaminadas.
É semelhante a germofobia, a fobia de germes, mas a motivação da pessoa com TOC é evitar que algo ruim aconteça a si mesma ou a pessoas queridas.
2. TOC de contaminação mental
Há também a contaminação mental, caracterizada pelo nojo ou aversão a si mesmo após receber um tratamento inadequado ou agressivo de outra pessoa.
O indivíduo reprova os seus próprios comportamentos porque acredita que eles incentivaram a agressão física, moral ou verbal.
3. Verificação exagerada
Este tipo de TOC consiste em verificar se as janelas estão fechadas, luzes estão desligadas, portas estão trancadas, fogão está desligado e gás está ligado múltiplas vezes.
É comum ter esse comportamento antes de sair de casa para trabalhar.
Ele somente se torna um problema quando prende o indivíduo em um ciclo de verificação por vários minutos, o que acaba atrasando os seus compromissos para o dia.
4. TOC de acumulação
Acumular objetos também é um tipo de TOC. Existe uma condição cujos sintomas são apenas de acumulação chamada ‘transtorno de acumulação’, mas pessoas com TOC também podem apresentar sintomas de acúmulo sem terem esse diagnóstico.
A razão para guardar objetos que não possuem valor ou que são bem específicos, como livros ou quadros decorativos, são medos e preocupações de que algo ruim possa acontecer caso isso não seja feito.
5. Ruminação
A ruminação é a prática de pensar ou refletir excessivamente sobre um determinado tópico, acontecimento ou atitude de terceiros.
Muitas ruminações no TOC são sobre questões filosóficas, morais e religiosas, mas que, na dia a dia do indivíduo, não possuem uma aplicação real.
6. Pensamentos intrusivos e repulsivos
Pensamentos intrusivos e repulsivos são aqueles que assustam o indivíduo.
Ele tem medo das imagens de tragédia que de repente surgem em sua mente, como de acidentes envolvendo pessoas queridas, ou tem vergonha de ter pensamentos envolvendo questões imorais.
7. TOC pré-natal ou pós-natal
Esse tipo de TOC, como o nome indica, pode se manifestar no período perinatal ou pós-natal.
Mulheres nestas situações têm sintomas de transtorno obsessivo-compulsivo que podem evoluir ou não. Por isso, é importante acompanhar o caso.
8. Evitação
É caracterizado pela evitação de objetos, lugares, pessoas ou situações que podem acionar um gatilho do TOC.
É uma maneira de prevenir o desencadeamento de rituais que gastam muito tempo.
9. Crenças
São as crenças de perigo que dominam a mente do indivíduo, levando-o a acreditar que deve conduzir certos rituais para evitá-las.
Também é comum que os rituais sejam feitos para agradar uma entidade superior.
10. TOC alimentar
A pessoa com esse tipo de TOC come muito para aliviar a ansiedade e satisfazer obsessões.
Depois, é comum se sentir mal por sua falta de autocontrole.
11. Autoafirmação de imagem
Grande parte dos esforços da pessoa são dedicados para a manutenção da aparência.
Com o tempo, os exercícios físicos, as dietas e os procedimentos estéticos se tornam compulsões.
12. Ritual
Os rituais estão presentes em todos os casos de TOC e cada indivíduo desenvolve um ou mais rituais para aliviar a ansiedade provocada pelas obsessões, como tocar objetos ou partes do corpo, falar certas palavras um determinado número de vezes, entre outros.
Como fazer o que se tenho TOC?
Para determinar se você pode ter Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), é importante considerar alguns dos sintomas típicos da condição.
Os principais sinais incluem:
- Obsessões: Pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos e indesejados que causam ansiedade ou angústia. Você se sente compelido a pensar sobre esses aspectos, mesmo que deseje não fazê-lo.
- Compulsões: Comportamentos repetitivos ou atos mentais que você se sente obrigado a realizar em resposta a uma obsessão, ou de acordo com regras que devem ser seguidas rigidamente. Esses atos são muitas vezes realizados para reduzir a ansiedade ou evitar um evento temido.
- Impacto na vida diária: Os sintomas causam um sofrimento significativo ou predispõem a dificuldade em funcionar normalmente em diferentes áreas da sua vida, como trabalho, estudos ou relacionamentos.
- Duração: Os sintomas costumam ser persistentes, durando mais de uma hora por dia, e interferindo nas atividades diárias.
Se você se identifica com esses sintomas, pode ser útil conversar com um profissional de saúde mental. Eles podem realizar uma avaliação adequada e oferecer suporte, se necessário. Lembre-se de que apenas um especialista pode diagnosticar TOC ou qualquer outra condição mental de forma definitiva
Qual o médico que cuida do TOC?
Os especialistas indicados para realizar o tratamento do TOC são os psiquiatras, os quais receitam medicamentos para conter os sintomas, e psicólogos com a abordagem cognitivo-comportamental.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada a melhor abordagem para tratar TOC por trabalhar diretamente na substituição de pensamentos e comportamentos disfuncionais por saudáveis.
Durante a terapia, pacientes são encorajados a refletir sobre a maneira como têm conduzido as suas vidas, bem como o tipo de pensamentos e comportamentos que têm alimentado.
Deste modo, eles ganham esclarecimento sobre si mesmos e, com o apoio do psicólogo, conseguem desenvolver técnicas para administrar os sintomas do TOC.
Quando a terapia é iniciada cedo, logo após a percepção dos primeiros sintomas, o tratamento tende a ser mais eficiente e rápido.
Entretanto, esta não é uma regra, uma vez que existem graus de severidade do transtorno obsessivo-compulsivo.
Psicólogos para TOC - Transtorno Obsessivo
Conheça os psicólogos que atendem casos de TOC - Transtorno Obsessivo no formato de terapia online por videochamanda:
-
Marcela Lima
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Marcela V. F. N. Lima é graduada na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - campus do Pantanal). Atualmente cursa o aperfeiçoamento em terapia e conselhamento para pais, tutores e professores em Applied Behavior Analysis - ABA (Análise do Comportamento Aplicada).
Valor R$ 140
próximo horário:
05/dez. às 16:00hs -
Ana Raymundi
Consultas presenciais
Consultas por vídeoAna Cláudia é psicanalista Lacaniana, membro da Associação psicanalítica “Associação Livre Psicanálise em Londrina”. Formou-se em psicologia na Universidade Estadual de Londrina em 2006 e trabalha em sua clínica desde 2007, atendendo adolescentes e adultos.
Valor R$ 260
próximo horário:
03/dez. às 17:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).
Agradeço muito, termos pessoas assim que fazem com quê entendemos melhor, entendo consigamos conviver melhor, só quem sofre do transtorno toc entende todos esses conteúdos tenho 49 anos, deste de 1994 , sofri muito até chegar ao especialista, foram 15 anos pra saber realmente e começar medicação, TCC, densevolvi, toc, tag, oniomania, pânico onicofagia, tricotilomania jogos, sofri muito mais graças á Deus existe pessoas que entendem o que falamos e sentimos, muito obrigada Dra Thainá Brotto, e todos colaboradores
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