Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869
Se você acredita ter dependência emocional, há como curar o excesso de apego.
Essa dependência pode surgir em qualquer tipo de relacionamento, embora esteja mais presente nas relações amorosas.
É difícil para a pessoa emocionalmente dependente perceber os seus comportamentos e tomar uma decisão para mudá-lo, ainda que esteja sofrendo.
Ela não ouve os avisos e conselhos de amigos e familiares e, normalmente, apenas acorda para o que está acontecendo após sofrer muito em um ou vários relacionamentos.
A partir dessa experiência, começa a tentar entender a dependência emocional e como curar essa condição.
O que leva à dependência emocional? Como saber se sou dependente emocionalmente?
A dependência emocional pode ser descrita como uma necessidade extrema do outro.
Normalmente, pessoas com baixa autoestima e inseguras de si possuem maior inclinação para se apegar emocionalmente ao cônjuge, amigo ou familiar.
Elas também podem se apegar a indivíduos que conheceram recentemente, tratando-os como amigos de longa data.
Pessoas com certas condições de saúde mental, como depressão, transtorno de personalidade borderline e síndrome do pânico, também podem se apegar excessivamente a alguém.
Dessa forma, precisam ter contato regular com aquela pessoa para se sentirem seguras e confiantes.
Uma criação demasiadamente opressiva, que minou a autoestima do indivíduo ao longo do seu desenvolvimento, também corrobora para o desenvolvimento da dependência emocional.
Por exemplo, pais ou tutores que diminuem o filho com frequência, ou colocam em dúvida a sua capacidade.
Para saber se você é emocionalmente dependente, é preciso fazer uma reflexão sobre a sua própria personalidade e a qualidade dos seus relacionamentos.
A partir desse exercício de introspecção, você conseguirá identificar um padrão comportamental de dependência.
Leia também: O que é Inteligência Emocional? Saiba como desenvolvê-la
Quais os sintomas de dependência emocional?
A dependência emocional é percebida através dos seguintes comportamentos:
- Ciúme excessivo: é normal o ciúme acompanhar a dependência. A pessoa não gosta de ver o cônjuge dar atenção a ninguém mais do que ela, mesmo que o alvo da atenção seja um parente ou amigo de infância.
- Idealização da outra pessoa: o outro se transforma em uma espécie de divindade sem defeitos, o que torna difícil o afastamento.
- Medo de infidelidade: o ciúme excessivo pode ser provocado pelo medo de ser traído e sofrer uma decepção.
- Medo de terminar o relacionamento: o medo do parceiro terminar o relacionamento também motiva o ciúme e até uma postura paranoica.
- Incapacidade de ser feliz sozinho: se não há alguém elogiando, paparicando ou dando atenção à pessoa dependente, ela não consegue encontrar motivos para ser feliz no cotidiano.
- Necessidade de agradar o outro: para tentar fazer o outro ficar ao seu lado, a pessoa faz de tudo para agradar o parceiro.
Como saber se é amor ou dependência emocional?
Os sintomas de dependência emocional são muito distantes do que as pessoas sentem quando amam.
O problema é que esse tipo de dependência desperta o desejo de estar sempre com o cônjuge.
Da mesma forma, a pessoa dependente passa muito tempo pensando e falando sobre o parceiro.
Essa intensidade confunde quem sofre de dependência emocional.
A necessidade do outro e o sofrimento ocasionado pela separação, conflitos ou suposições criadas pela própria pessoa é interpretada como amor.
O amor não dói. Ele não fere, não julga, não faz cobranças.
Diferente da dependência emocional, o amor é compreensivo, por isso, ouve, cuida, perdoa e abraça. Em outras palavras, o amor é brando e sincero.
Isso não significa que um relacionamento só precise de amor para dar certo.
Embora esse sentimento seja essencial, os cônjuges precisam estar comprometidos em trabalhar para construir uma relação saudável, respeitando um ao outro.
A questão é que esse tipo de dependência causa sofrimento, algo que o amor não faz.
Além de sofrer por conta da sua própria postura em relação ao outro, a pessoa emocionalmente dependente perde a oportunidade de fortalecer a sua autoestima, superar traumas de infância e conquistar a sua autonomia.
Felizmente, é possível tratar a dependência emocional e aprender a construir relacionamentos saudáveis.
Amor ou Dependência emocional?
Afinal, é possível se curar da dependência emocional?
Quem tem esse tipo de dependência geralmente acredita que não consegue mudar o seu jeito de ser.
Como não ter alguém por perto causa sofrimento, esses indivíduos pensam a mudança é conquistada somente com um esforço monumental, o qual não estão dispostos a fazer.
Mas é possível ter relacionamentos duradouros e saudáveis, além de desenvolver uma autoimagem positiva para se bastar.
Ou seja, não precisar de ninguém para se sentir bem, bonito, amado, capaz, entre outros.
É verdade que o processo para mudar comportamentos disfuncionais não costuma ser fácil tampouco prazeroso.
Mas, com dedicação e vontade de ter uma vida mais leve e feliz, é possível fazer essa mudança.
Dependência emocional: como curar e deixar de depender emocionalmente de outra(s) pessoa(s)
Em seguida, confira os passos de como superar a dependência emocional e a carência afetiva.
Você pode ter uma certa resistência a eles por uma série de motivos, como medo de mudar, comodismo e até apego a experiências que já se foram.
Entretanto, você não precisa mais viver no passado ou temer um futuro desconhecido. A mudança faz parte da vida.
Quando ela envolve fortes sentimentos, pode parecer muito assustadora, mas compreenda que o apego excessivo é prejudicial para a sua felicidade e saúde mental.
Assumir a responsabilidade das suas emoções e reconhecer que está dependente
O primeiro passo para solucionar qualquer tipo de problema é reconhecer que ele existe.
Somente ao aceitá-lo você consegue entender como ele afeta a sua vida e encontrar soluções viáveis para ele.
No caso da dependência emocional, é preciso reconhecer que você se apega em demasia às pessoas e isso te causa sofrimento.
Da mesma forma, é preciso assumir a responsabilidade pelas suas emoções, sem transferi-las para o cônjuge.
Sem querer, você pode tentar se convencer de que é o cônjuge que precisa mudar ou é ele que não consegue se desapegar.
Esses discursos de terceirização da culpa acontecem como uma tentativa de proteger o indivíduo de sentimentos negativos.
Focar em você e recuperar seu espaço individual
Traga o foco da sua vida para você, mas não apenas na sua necessidade de sempre ter uma companhia.
Você pode fazer isso ao investir em você através de um curso de idiomas, a prática de exercícios na academia, da adoção de um passatempo, de uma viagem solo, entre outros
Ao se concentrar em você, aos poucos você conseguirá perceber o seu valor e criar um modo de vida gostoso para si mesmo.
Valorizar as pessoas sem as idolatrar
É importante entender que, assim como você, as pessoas cometem erros. Elas podem ter comportamentos equivocados e fazer escolhas ruins tanto para elas mesmas quanto para quem está ao seu redor.
Por essa razão, não faz sentido colocar alguém em um pedestal, como se fosse perfeita.
Idolatrar alguém difere de se inspirar no seu jeito de ser, conquistas ou habilidades.
Ao admirar alguém, você consegue usá-lo de exemplo e valorizar a presença dele na sua vida, cultivando uma amizade verdadeira.
Quando há idolatria, isso não acontece.
Você passa por cima de tudo, até de atitudes problemáticas, para ficar ao lado da pessoa idolatrada.
Ter coragem de dizer não
Saber o momento de dizer ‘não’ demonstra maturidade emocional e autoestima alta.
Quando você tem dificuldade de recusar convites, pedidos e solicitações de terceiros, a tendência é acumular favores e compromissos.
E, neste cenário, o que se sobressai tende a ser o que é importante para o outro, não para você.
Em outras palavras, não conseguir dizer ‘não’ é um sinal de que você se coloca como prioridade na sua vida.
Além disso, tem necessidade de agradar os outros independentemente da situação.
Ter autonomia para tomar decisões
Tome decisões sem precisar consultar o cônjuge ou outras pessoas.
Pode ser difícil no começo.
Você pode ficar ansioso e até se arrepender do que decidiu.
Persista, no entanto, para aprender uma lição valiosa para a sua vida.
Procurar ajuda profissional
Se você tentou de tudo e não conseguiu se desapegar emocionalmente, procure ajuda profissional.
A dependência emocional tem cura, mas, como o processo é doloroso, as pessoas têm dificuldade para se curarem sozinhas.
A terapia pode te ajudar a compreender a importância de se valorizar dentro e fora do contexto de um relacionamento.
Pessoas emocionalmente dependentes podem se envolver com cônjuges ou pessoas tóxicas pela necessidade de suprir as suas demandas emocionais.
Sendo assim, possuem mais possibilidade de ficar presas em relacionamentos abusivos que, em alguns casos, podem até ser fisicamente violentos.
Psicólogos para Dependência emocional
Conheça os psicólogos que atendem casos de Dependência emocional no formato de terapia online por videochamanda:
-
Aline Martins
Consultas presenciais
Consultas por vídeoPsicóloga formada há 16 anos, formada pela Universidade Estadual de Londrina. Com residência em Saúde da família e atualmente faz especialização em Transtornos de ansiedade e síndrome do pânico.
Valor R$ 160
próximo horário:
21/nov. às 18:00hs -
Thalita Ferreira
Consultas presenciais
Consultas por vídeoThalita Ferreira é formada em psicologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2021, com ênfase em psicologia clínica. Atualmente realiza atendimento psicoterapêutico de adultos na abordagem da Análise do Comportamento. A profissional já participou de grupos de estudos, para psicólogos...
Valor R$ 90
próximo horário:
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.
Excelente.
Gratidão Dra.
Incrível o documentário, me fez entender um problema que estou enfrentando e agora posso procurar ajuda e ficar bem!
Excelente texto! Me ajudou a perceber que talvez eu não seja tão dependente emocional quanto imaginava
Que ótimo!!! Obrigada por compartilhar o seu comentário.
Muito obrigada por este artigo, fez-me muito bem lê-lo, estava mesmo a precisar.
Boa noite! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo.