Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thais da Silva Marques - Psicólogo CRP 06/163074
A inteligência emocional pode ser desenvolvida na infância. A educação infantil não é composta somente pela aquisição de conhecimento.
Aprender a lidar com as emoções, desejos, frustrações e sentimentos é igualmente importante para o desenvolvimento cognitivo e formação da personalidade dos pequenos.
Psicólogos explicam que à medida que as crianças vão crescendo, as suas habilidades emocionais vão se tornando automáticas e, com isso, podem tornar a vivência diária menos complicada e conflituosa.
Uma das razões pelos quais os vícios comportamentais se formam é a ausência de educação emocional. Leva tempo para esses vícios serem identificados, compreendidos e desconstruídos na vida adulta. Afinal, são anos de gratificação daquela conduta negativa.
Com a orientação dos pais, as crianças são capazes de dar o pontapé inicial em seu desenvolvimento emocional e reduzir encontros com conflitos e frustrações durante o crescimento.
O que são habilidades emocionais?
As habilidades emocionais estão relacionadas, como o próprio termo indica, às emoções. A familiaridade com essas competências se reflete em diversas esferas, como em bons relacionamentos, autoestima elevada e capacidade de gerir conflitos pessoais.
Em outras palavras, elas são essenciais para se ter uma vida equilibrada e dinâmica, com realizações e experiências enriquecedoras.
Quando alguém faz uma boa gestão das suas competências emocionais, se diz que ele é emocionalmente inteligente. A maioria das pessoas somente toma consciência do termo ‘inteligência emocional’ quando alcança a vida adulta.
A partir de então, buscam desenvolver suas habilidades emocionais e digerir seus traumas de infância.
Devido à introdução tardia a esse conceito, essas pessoas já podem ter passado por várias experiências negativas que poderiam ter sido resolvidas de maneira diferente, mais branda. Essas vivências provavelmente deixaram feridas emocionais que machucam quando os eventos são relembrados.
Quando a inteligência emocional começa a ser desenvolvida cedo pela família, a probabilidade de um indivíduo criar traumas e se deparar com dificuldades para lidar com situações estressantes é menor.
Ele cresce com maior consciência do modo como se sente em relação a si mesmo, às pessoas e à vida. À medida que adentra a adolescência e vida adulta e tem novas experiências, aprofunda esse autoconhecimento e favorece o desenvolvimento pessoal.
Importância de desenvolver habilidades emocionais na infância
Os aprendizados transmitidos por nossos pais na infância são costumeiramente guardados em nossas mentes e corações pelo resto da vida.
É comum ouvir pessoas comentando que até hoje seguem um ensinamento recebido do pai ou da mãe quando eram pequenas. Pode ser um jeito específico de realizar uma tarefa, de ver a vida, de se relacionar com as pessoas e de lidar com certas situações.
Às vezes, esses ensinamentos não são tão legais e resultam em crenças e comportamentos disfuncionais, como insegurança e medo do fracasso. Nesses casos, é ideal que sejam levados à terapia para cessar o sofrimento na vida adulta.
Já em outros cenários, esses ensinamentos se transformam em autoconfiança e independência. Assim, atuam como guias na vida das pessoas, ajudando-as a buscarem sempre o melhor para elas.
Você, como pai ou mãe, pode refletir sobre as assimilações feitas por você nessa fase da vida e identificar quais delas são presentes até hoje, ou quais o acompanharam por grande parte da sua vida.
Esse exercício vai ajudá-lo a compreender esse conceito.
Depois, se pergunte: que tipo de ensinamentos você gostaria que seu filho absorvesse e levasse para o resto da vida?
Quais habilidades emocionais ensinar aos filhos?
Antes de tudo, os pais precisam entender alguns pontos.
As crianças não têm o mesmo alcance emocional dos adultos, pois estão em fase de desenvolvimento e ainda conhecendo a si mesmas e o mundo. É preciso ter paciência no momento das lições para que sejam eventualmente compreendidas pelos filhos.
Também é necessário compreender que uma criança com saúde emocional não é o mesmo que uma criança quieta, imperturbada e inerte. Ela vai se frustrar, se irritar e se magoar, assim como também acontece com os adultos.
A diferença é que ela vai ter mais capacidade para lidar com emoções positivas e negativas, permitindo o constante desenvolvimento de suas habilidades emocionais.
E, ainda, vai levar as lições adquiridas na infância para toda a vida!
1. Autoconfiança
A autoconfiança é uma das principais competências emocionais. Uma pessoa confiante não tem medo de encarar novos desafios e possui autoestima alta. Desenvolver a autoconfiança em crianças resulta em adultos mais seguros de si.
Como desenvolver? Elogie suas habilidades e talentos, além de mostrar a eles o seu potencial para fazer atividades, hobbies criativos e trabalhos escolares.
Faça elogios correspondentes à realidade para que a criança compreenda que não é boa em tudo, mas pode se tornar habilidosa ao estudar e se dedicar à maximização de seus talentos.
2. Persistência
A persistência é útil em muitas situações. Quem é persistente consegue colocar os seus projetos no papel e conclui-los, mesmo que demore muitos anos para fazê-lo.
Nesse sentido, essa habilidade emocional também promove a gestão de frustrações e estimula a paciência.
Como desenvolver? Incentive o seu filho a continuar tentando apesar do fracasso, da demora e dos empecilhos. Mostre a ele que o mais importante é a jornada.
Os resultados são consequências da qualidade dessa jornada. Não existem prazos quando o assunto é conseguir o que desejamos. Por isso, não pode desanimar!
3. Controle da impulsividade
Durante a infância e adolescência, a impulsividade é uma constante. São tantas experiências inéditas que o indivíduo pode ficar deslumbrado e ir na onda de colegas de classe e amigos.
Assim, é importante ensinar seu filho a controlar os seus impulsos desde pequeno.
Como desenvolver? Evite fazer acordos como “se comer todo o almoço, vai ganhar um doce”, pois a criança acaba comendo somente visando a recompensa.
Ela pode levar esse padrão de comportamento para o dia a dia e acabar se prejudicando. Então, ensine o seu filho a pensar sobre suas decisões e esperar para que ele consiga o que deseja.
4. Empatia
Uma vida sem empatia é o mesmo que uma vida cheia de desafios. Como vivemos em sociedade, devemos aprender a conviver com as outras pessoas.
A empatia possui um papel essencial em nos ajudar a compreender como o outro age, pensa e sente. Essa habilidade emocional favorece a construção de amizades e relacionamentos verdadeiros.
Como desenvolver? Ensine o seu filho a considerar como o outro se sente quando toma uma atitude que também afeta os demais. Você também pode questioná-lo como ele se sente quando alguém faz algo que ele não gosta, relacionando a experiência dele com a do outro.
5. Coragem
A coragem nem sempre é uma virtude inerente às pessoas. Ela precisa ser desenvolvida ao longo da vida. A criança corajosa consegue superar seus medos e encarar novas vivências sem entrar em pânico. Ele ainda terá medo, mas conseguirá superá-lo.
Como desenvolver? Incentive o seu filho a encarar situações novas e, se possível, participe delas com ele quando o medo for proeminente. Ao mesmo tempo, deixe claro que o medo é um sentimento normal e aceitável, mas que pode ser ruim. Então, é preciso aprender a superá-lo.
6. Comunicação
Saber se comunicar com clareza e assertividade é uma habilidade emocional fundamental para o sucesso em diversas áreas da vida, como na carreira e relações amorosas. Ela também é requerida para tornar limites e desconfortos conhecidos, bem como se defender diante de injustiças.
Como desenvolver? Encoraje o seu filho a se expressar e escute o que ele tem para dizer. Resolva os problemas familiares sempre com o diálogo, agindo como exemplo para ele.
7. Responsabilidade
A responsabilidade não diz respeito somente à obediência de regras e normas de conduta. Ela está relacionada à consideração pelo bem-estar alheio e capacidade de assumir os próprios atos, independentemente das consequências dos mesmos.
A coragem também está associada à capacidade de assumir seus comportamentos, decisões e palavras.
Como desenvolver? Quando o filho assumir algo que fez, o parabenize e demonstre que esse é o comportamento adequado. Mesmo que ele tenha medo ou vergonha de fazer isso, diga que cada pessoa é responsável pelo que faz.
8. Flexibilidade
A vida não é como um jogo de simulação. Não podemos controlar os acontecimentos, portanto, é preciso ter flexibilidade para transitar tranquilamente por ela. Além disso, ser flexível combate a frustração e mania de controle.
Como desenvolver? Ensine o filho a lidar com a frustração quando as coisas não correm conforme o planejado. Outra dica é apontar os aspectos positivos de cada situação, mesmo que difiram do que ele está acostumado.
Conclusão
Como vimos, as habilidades emocionais podem ser desenvolvidas e os pais têm grande influência nessa descoberta junto aos filhos. Elas auxiliam no desenvolvimento da resiliência e da inteligência emocional e, por isso, é tão recomendada pelos psicólogos em orientações de pais e nos atendimentos para crianças e adolescentes.
Leia também: “Ansiedade infantil: sintomas, causas, como lidar e tratar [Guia]“
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Autor: psicologa Thais da Silva Marques - CRP 06/163074Formação: Thaís é psicóloga clínica, graduada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU e especialista em Psicologia do Trânsito pela Universidade Paulista – UNIP.
Cara Doutora Thaiana!
Sinto-me afortunado por receber seus Vídeos/Artigos, principalmente, estando eles tão fresquinhos! Para mim, o conteúdo deles tem sido de capital importância! Muito obrigado por me honrar em enviá-los.
Encontro-me, totalmente, inserido no Vídeo/Artigo de hoje: “Habilidades emocionais: conheça 8 para ensinar aos filhos”. Careço de habilidades emocionais. Seguramente, disto decorre minha instabilidade emocional que tem me impedido de alcançar “meu lugar ao sol”, praticamente, em todos os planos do existir.
Meu processo de socialização foi sofrível. Não sei se é correto dizer que foi nulo, vez que não cresci excluído da sociedade. Entretanto, interagi muito pouco por questões de ordem financeira e emocional.
Meus pais concorreram muito para este estado de coisa. Não tinham habilidades emocionais. Nunca os culpei. Ao contrário, desde o final de minha infância, apesar de está no calor da emoção de minhas dificuldades relacionais, obviamente, sem ser psicólogo, entendia que eles foram vítimas de seus pais e não tiveram estruturas para se “resolverem”.
Formaram uma família sem o devido preparo emocional além da falta de recursos financeiros. Foram oito filhos. Só meu pai trabalhava, braçalmente. Percebia um salário mínimo.
Assumi o compromisso comigo mesmo de não constituir uma família sem que tivesse um lastro razoável nos campos emocional e financeiro. Não queria legar ou impingir a meus filhos as limitações que enfrentei e que até hoje delas ainda não estou liberto.
Machado de Assis disse: “Filhos, não os tive. Não passei o legado de minha miséria para eles”. Não sei se as palavras são, exatamente, estas; o espírito, sim. Machado era extremamente pessimista. Não chego a tanto! Quero me casar e ter um casal de filhos.
Sempre acreditei, e acredito, que posso e devo investir para me construir nos planos material e psíquico de maneira a ter uma vida a mais qualitativa possível. Não é fácil! “Quem disse que a vida é fácil”.
Então, continuo na luta por um melhor porvir. Lutar é necessário! Sartre disse: “Não me diga o que a vida fez para você. Diga-me o que você fez do que a vida fez para você”. Aplico-me nesta linha de raciocínio.
Não faço uma exposição pormenorizada a respeito de minha existência por que aqui não é o local próprio. Se o fizesse, ficaria muito longa. Muito obrigado, pela Aula de hoje! Quanto mais leio seus textos mais quero lê-los! Quando resolver minha questão financeira, viso tê-la como minha psicóloga.
Forte abraço,
Luís Monteiro.