Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773

A depressão pós-parto é um transtorno de humor que envolve tristeza e desesperança profunda e pode surgir nos primeiros meses após o nascimento do bebê.
Ela é diferente do famoso baby blues, uma vez que este, apesar de também provocar um estado de tristeza, é mais leve e temporário. Por outro lado, a depressão pós-parto é mais intensa, duradoura e compromete a saúde da mulher e a sua relação com o bebê.
Por ser um assunto de saúde mental bastante sério, preparamos este conteúdo para falar sobre os sintomas, causas, diagnóstico, tratamentos e estratégias de prevenção, como uma forma de auxiliar as futuras e recém-mães. Boa leitura!
Quais os sintomas da depressão pós-parto?
Primeiramente, é preciso saber que os sintomas da depressão pós-parto variam de mulher para mulher. Além disso, eles podem surgir logo após o parto ou semanas/meses depois.
Entretanto, há mulheres em que os sinais podem começar de maneira sutil ainda durante a gestação e se intensificar algum tempo depois do parto. Portanto, é sempre importante ficar atento a cada mudança de humor ou comportamento.
A seguir, listamos alguns dos sintomas mais comuns desta condição:
- Tristeza persistente
- Crises de choro frequentes
- Falta de interesse por atividades diárias
- Sentimento de culpa, medo e/ou inutilidade
- Irritabilidade
- Alterações no sono e/ou no apetite
- Dificuldades para cuidar do bebê
- Pensamentos negativos (em casos mais graves, pensamentos suicidas)
É válido destacar que uma mulher com depressão pós-parto não necessariamente apresentará todos esses sintomas e, mesmo assim, pode estar com a condição.
Quais são as causas da depressão pós-parto?
A depressão pós-parto pode ser desencadeada por diversos fatores ou até mesmo por uma combinação entre eles. Contudo, de acordo com pesquisas nesta área, a principal causa costuma estar relacionada com o desequilíbrio hormonal dessa fase.
Isso porque, durante a gravidez, o corpo da mulher passa por uma alteração nos níveis de hormônios importantes para a formação e o desenvolvimento do bebê. Porém, logo após o parto, ocorre uma queda brusca desses hormônios, o que pode afetar o humor da mulher.
Além disso, a depressão pode estar associada também a:
- Histórico de depressão, ansiedade ou outra condição psicológica
- Distúrbios do sono
- Falta de apoio da família ou do parceiro
- Sobrecarga emocional, estresse e cansaço extremo
- Estilo de vida não saudável antes da chegada do bebê
Daí a importância de estar sempre atento à saúde mental materna, pois essa é uma fase que implica em grandes mudanças.
Quais os tipos de depressão pós-parto?
Essa é uma pergunta comum entre mulheres e seus parceiros. Contudo, é preciso dizer que não existem tipos de depressão pós-parto, mas sim diferentes quadros emocionais relacionados a essa condição que podem variar em intensidade e sintomas, sendo eles:
- Baby blues (ou tristeza materna): condição leve e temporária que afeta muitas mulheres nos primeiros dias após o parto. É caracterizada por mudanças de humor, irritabilidade e choro fácil.
- Depressão pós-parto moderada a grave: quadro mais intenso e duradouro do que o anterior, apresentando sintomas como tristeza profunda, sentimento de desamparo, falta de energia e dificuldades para cuidar do bebê.
- Psicose pós-parto: forma rara e grave de depressão, que pode envolver alucinações, delírios e comportamentos desorientados. Devido à sua gravidade, exige intervenção médica imediata.
Cada um desses quadros emocionais, exige abordagens específicas de tratamento. Quanto antes o diagnóstico for realizado, menores são as chances de complicação para a saúde geral da mãe e do bebê.
Como é feito o diagnóstico da depressão pós-parto?
O diagnóstico da depressão pós-parto é realizado por meio de uma avaliação clínica dos sintomas da paciente. Em geral, o especialista responsável deve ser um profissional da saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra.
Durante a avaliação clínica, além de uma anamnese completa e análise do histórico de saúde da mãe, o profissional pode aplicar questionários, como a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo, a fim de facilitar o diagnóstico.
Além disso, no caso de atendimento psiquiátrico (ou algum outro médico), este pode solicitar exames de sangue para determinar se há alguma disfunção hormonal ou deficiência de vitaminas que possa estar provocando o quadro depressivo.
Vale dizer que, para ser considerada depressão pós-parto, é necessário que os sintomas surjam em até quatro semanas após o nascimento da criança. Do contrário, outras condições mentais podem ser cogitadas pelo especialista.
Outro ponto que é válido destacar – pois contribui para o diagnóstico precoce dessa condição – é a ida às consultas periódicas com o obstetra e o acompanhamento psicológico durante gravidez. Inclusive, essa é uma forma de prevenir o problema.
Quais são os tratamentos para a depressão pós-parto?
Existem três importantes frentes para tratar a depressão:
A principal é a psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela auxiliará a mulher a mudar seus padrões de pensamento e comportamento, mudando, sobretudo, o seu olhar para a chegada do filho.
Também será importante para trabalhar a autoestima, o autocontrole e o estabelecimento de limites. Esse último ponto é essencial para que a mulher consiga preservar a sua saúde mental e não se sobrecarregue com inúmeras funções.
Outra frente de tratamento é o acompanhamento psiquiátrico para a prescrição de algum antidepressivo caso seja necessário. Importante reforçar que apenas um profissional pode prescrever a medicação correta, principalmente por causa da amamentação.
Por fim, o tratamento da depressão pós-parto também envolve a rede de apoio para acolher a mãe e permitir que ela se organize emocionalmente e na sua rotina.
Qual é o impacto da depressão pós-parto na mãe e no bebê?
Se não tratada, a depressão pós-parto pode trazer inúmeros impactos negativos para a mãe e para o bebê, a curto, médio e longo prazo.
O primeiro e maior impacto é, sem dúvidas, a dificuldade na criação de vínculo entre mãe e bebê, o que pode afetar o bem-estar emocional, social e cognitivo da criança.
Além disso, na sua fase adulta, o filho pode apresentar traumas, conflitos internos, dificuldades para se relacionar e algumas condições psicológicas desenvolvidas em decorrência desta falta de vínculo com a figura materna logo após o seu nascimento.
Para a mãe, os impactos em sua saúde mental também podem ser duradouros, como o sentimento de culpa que pode provocar ansiedade, depressão severa e outros transtornos.
Como prevenir a depressão pós-parto?
A prevenção é fundamental para reduzir os riscos e impactos da depressão. E o melhor caminho para isso é o autocuidado, que deve começar ainda na gestação.
Sendo assim, se você está grávida ou conhece alguém que esteja, confira algumas formas eficazes de prevenir essa condição:
- Fazer um acompanhamento no pré-natal correto;
- Buscar apoio emocional durante a gestação com amigos, familiares e psicoterapia;
- Participar de grupos de suporte de mães;
- Praticar regularmente atividade física durante a gestação;
- Manter uma alimentação equilibrada antes e depois do parto;
- Pedir ajuda à rede de apoio para conseguir dormir bem, se alimentar e conseguir ter um tempo de qualidade para si mesma após o nascimento do bebê;
- Evitar o isolamento;
- Evitar o consumo de bebidas e alimentos estimulantes.
Quando buscar ajuda para a depressão pós-parto?
A busca por ajuda deve acontecer logo que a mulher ou pessoas de sua convivência perceberem que ela apresenta algum ou alguns dos sintomas da depressão pós-parto.
O ideal é marcar uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra o quanto antes para que ele possa fazer o diagnóstico correto e, assim, iniciar o tratamento adequado, seja uma terapia cognitivo-comportamental, seja a prescrição de medicamentos.
Além disso, vale a pena recorrer a grupos de apoio especializados em saúde materna para trocar experiências e se sentir acolhida.
No entanto, se a mulher começar a ter pensamentos suicidas ou outras situações mais graves, então a intervenção deve ser imediata. Nesse caso, é indispensável recorrer a um pronto-socorro para que o devido cuidado seja iniciado rapidamente.
Como encontrar um terapeuta qualificado?
Na Psitto, você encontra o psicólogo ideal para te ajudar a prevenir e tratar a depressão pós-parto. Por isso, conheça hoje mesmo os psicoterapeutas especializados em saúde mental materna que atendem no formato de terapia online por videochamada:
Psicólogos para Depressão Pós-parto
Conheça os psicólogos que atendem casos de Depressão Pós-parto no formato de terapia online por videochamanda:
-
Fernanda Lorenção
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Fernanda de França Lorenção é formada em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em saúde com ênfase em saúde da mulher, também pela UNIFESP
Valor R$ 310
próximo horário:
17/mar. às 11:00hs -
Yasmim Norões
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Yasmim Norões é graduada em Psicologia pela Faculdade Maurício de Nassau de Fortaleza e atua pela abordagem Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
Valor R$ 200
próximo horário:
13/mar. às 13:00hs
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).