Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Camila Maria Felipe Vega - Psicólogo CRP 04/40773

A tricotilomania é uma condição psicológica caracterizada pela compulsão de arrancar os próprios cabelos ou pêlos do corpo, como da sobrancelha e da pálpebra.
É muito importante compreender as causas subjacentes dessa prática, uma vez que ela costuma ser praticada como uma forma de alívio temporário de algum desconforto emocional, como ansiedade e tensão. Logo, ir à raiz do problema é essencial para tratá-lo.
Neste artigo, falaremos sobre o que é tricotilomania, suas causas, sintomas e as melhores formas de tratamento para quem sofre com essa condição. Boa leitura!
Causas da tricotilomania
As causas da tricotilomania ainda não foram completamente compreendidas, mas geralmente envolvem uma combinação de fatores, como:
- Genéticos: A tricotilomania pode ter uma predisposição genética, ocorrendo em famílias com histórico deste ou de outros transtornos psicológicos.
- Neurobiológicos: A deficiência de neurotransmissores podem contribuir para a tricotilomania. Afinal, isso afeta a regulação do humor e as respostas ao estresse, contribuindo para a prática de arrancar os cabelos.
- Psicológicos: A tricotilomania pode estar associada a outras condições psicológicas, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG), depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
- Ambientais: Eventos estressantes ou traumáticos, mudanças significativas na vida, pressão social e dificuldades familiares também podem influenciar no desenvolvimento ou intensificação da tricotilomania.
Quais são os sintomas comuns da tricotilomania?
Os sintomas da tricotilomania são diversos e podem se manifestar de formas diferentes em cada pessoa. No entanto, podemos elencar como os mais comuns:
- Compulsão de arrancar os cabelos: O sintoma mais evidente da tricotilomania é a compulsão de arrancar os próprios cabelos ou pêlos do corpo.
- Tensão prévia: Alguns indivíduos experimentam uma sensação de tensão crescente antes de arrancarem os cabelos.
- Sensação de alívio após o ato: Após arrancar os cabelos, é comum a pessoa experimentar uma sensação temporária de alívio, prazer ou gratificação.
- Perda de cabelo e falhas: Como resultado, pode ocorrer perda perceptível de cabelo no couro cabeludo, sobrancelhas, cílios ou outras partes.
- Falta de controle: As pessoas com tricotilomania geralmente têm dificuldade em resistir ao impulso de arrancar os cabelos.
- Baixa autoestima: A autoestima pode ser afetada, tanto pelas falhas de cabelo e pêlos quanto pela vergonha de cometer determinada prática.
- Ritualização: Alguns pacientes podem desenvolver rituais específicos para arrancar os cabelos, como procurar fios com uma textura específica.
Convém mencionar que a tricotilomania pode surgir, ainda, combinada com a tricofogia. Isso quer dizer que o indivíduo ingere os fios de cabelo ou pêlos que foram arrancados.
Essa prática, obviamente, pode acarretar em outros sintomas, como bloqueios intestinais, náuseas e vômitos e dores abdominais.
Tricotilomania tem cura?
Sim, a tricotilomania tem cura, sendo uma melhora gradual e que requer paciência. A ideia é que, durante o tratamento, o paciente aprenda a controlar o impulso de arrancar os fios.
O tempo para alcançar a cura completa depende do indivíduo e da complexidade do problema. Ou seja, há casos em que a cura ocorre de forma completa e mais rápida, e, em casos mais complexos, o tratamento pode se prolongar um pouco mais.
Tratamento para tricotilomania
O tratamento para a tricotilomania é multidisciplinar. Isso quer dizer que ele envolve diversas frentes para não apenas mudar o comportamento do paciente, como também – e principalmente – estabilizar o seu humor.
Terapia cognitivo-comportamental
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é o principal tratamento para a tricotilomania. Isso porque ela foca em reverter os hábitos prejudiciais do paciente e auxiliá-lo a identificar quais são os gatilhos que provocam o comportamento de arrancar os fios.
Além disso, ela ajuda o indivíduo a desenvolver o autoconhecimento para, assim, controlar os seus estímulos, mudar os padrões de pensamento e comportamento associados à prática e, inclusive, tratar o transtorno associado à tricotilomania.
Medicamentos
Além do psicólogo, também pode ser necessário fazer um acompanhamento com o psiquiatra. Isso porque ele poderá prescrever medicamentos para controlar sintomas de ansiedade e impulsividade, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou agentes estabilizadores do humor.
Quais os impactos da tricotilomania?
A mania de arrancar fios de cabelo ou pêlos pode trazer impactos significativos para a vida do portador dessa condição, incluindo consequências físicas, sociais e emocionais.
Confira alguns a seguir:
- Sensação de impotência e frustração por não conseguir controlar o impulso, que pode desencadear sentimentos de vergonha e culpa e isolamento social;
- Desencadeamento ou intensificação de questões emocionais, como ansiedade, estresse e baixa autoestima;
- Preocupação excessiva com a aparência por causa das falhas no couro cabeludo;
- Desenvolvimento de problemas de imagem corporal, afetando a saúde mental e o bem-estar emocional;
- Comprometimento das atividades diárias, uma vez que o comportamento compulsivo de arrancar os cabelos pode diminuir a capacidade de concentração, reduzir a produtividade e prejudicar o desempenho escolar e/ou profissional.
Portanto, como visto, a tricotilomania pode ter um impacto profundo e multifacetado na vida do indivíduo. Daí a importância de diagnosticar e tratar logo quando iniciarem os primeiros sintomas.
Tricotilomania e a relação com outros transtornos
Não é incomum a tricotilomania estar associada a outros transtornos. Isso porque esse comportamento impulsivo é desencadeado por altas cargas de ansiedade, estresse ou tensão, por exemplo, sintomas que podem estar presentes em outras condições.
Nesse sentido, a prática de arrancar os cabelos e pêlos pode ser derivada do transtorno de ansiedade generalizada, depressão, uso de álcool e drogas, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do impulso, etc.
O cabelo volta a crescer após a tricotilomania?
Sim, na maioria dos casos o cabelo volta a crescer após a tricotilomania.
No entanto, em algumas situações, pode ser necessário o acompanhamento de um médico dermatologista para auxiliar no crescimento saudável dos fios e ajudá-lo a crescer mais rápido.
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Autor: psicologa Camila Maria Felipe Vega - CRP 04/40773Formação: A psicóloga Camila Vega é Mestre em psicologia pela PUC Minas. É Pós-Graduada em Terapias Cognitivo Comportamentais (PUC RS), em Neuropsicologia (Instituto Israelita Albert Einstein-SP), bem como em Psicopedagogia (Centro Universitario Unibh).