Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Thiago Galdino de Souza - Psicólogo CRP 04/36869
Alguma vez você já se sentiu mal por não estar participando de alguma coisa da qual outras pessoas estão aproveitando? Isso se chama Síndrome de FOMO (Fear of Missing Out, ou medo de ficar de fora, em portuhuês).
Esse é um fenômeno psicossocial característico da era digital, onde a conectividade constante através das redes sociais expõe as pessoas a uma avalanche de eventos sociais, conquistas pessoais e experiências alheias que podem fazer com que elas sintam que deveriam estar curtindo as mesmas coisas.
O que é síndrome de FOMO (Fear of Missing Out)?
Síndrome de FOMO é um termo usado para descrever uma sensação de ansiedade ou preocupação que surge quando uma pessoa sente que está perdendo experiências positivas que outros estão vivenciando.
Apesar de ter sido potencializado pelo uso da internet e redes sociais, esse não é um fenômeno exclusivo da era digital.
Estar inserido em contextos em que as pessoas ao seu redor estão sempre comentando sobre suas conquistas ou acontecimentos inusitados de suas vidas também é capaz de gerar essa ansiedade.
No geral, é algo que depende da comparação e da sensação de insatisfação com a própria vida.
Quais os principais sintomas da síndrome de FOMO?
Em geral, o principal indicativo de que uma pessoa está passando por FOMO é ter vontade de participar de tudo e ficar acompanhando o que os demais fazem.
Porém, existem sintomas, muitas vezes sutis, que podem se manifestar de maneiras diversas, impactando o bem-estar emocional e o modo como os indivíduos percebem suas próprias vidas.
Veja a seguir:
Dificuldade de concentração
A ansiedade causada pelo medo de perder experiências pode resultar em dificuldade em se concentrar em tarefas específicas. Afinal, a mente fica constantemente voltada para o que os outros estão fazendo, prejudicando a capacidade de focar em atividades importantes.
Inquietação constante
Pessoas com FOMO muitas vezes se sentem agitadas, pois estão constantemente preocupadas em estar ausentes de algo significativo. Essa inquietação pode afetar o bem-estar emocional e físico.
Uso de mídias sociais em excesso
O FOMO frequentemente leva ao uso excessivo de mídias sociais. Isso porque as pessoas podem ficar presas à constante atualização de feeds para garantir que não estejam perdendo eventos sociais, notícias importantes ou oportunidades.
Medo de perder oportunidades
Essa condição se baseia no medo de perder experiências positivas que outros estão vivenciando, ou a frustração de não conseguir participar de algo. Esse receio pode ser generalizado ou específico, e estar relacionado a eventos sociais, realizações pessoais ou oportunidades profissionais.
Dificuldade em estar presente
O foco constante no que está acontecendo na vida dos outros pode dificultar a capacidade de estar presente no momento atual.
As pessoas com FOMO podem estar mentalmente ausentes em situações sociais ou mesmo em atividades diárias, pois suas mentes estão voltadas para o que poderiam estar perdendo.
Como a síndrome de FOMO é diagnosticada?
A Síndrome de FOMO, por si só, não é uma condição médica oficialmente reconhecida nos manuais de diagnóstico, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).
Ela é mais uma expressão cultural e um termo usado para descrever um conjunto de emoções e comportamentos associados ao medo de perder experiências positivas vividas por outras pessoas.
No entanto, se os sintomas associados ao FOMO estiverem causando significativo sofrimento ou impactando negativamente a qualidade de vida de uma pessoa, um profissional de saúde mental pode ajudar no diagnóstico e tratamento.
Desta forma, o diagnóstico geralmente envolve uma avaliação abrangente da história clínica, dos sintomas apresentados e do impacto desses sintomas na vida cotidiana da pessoa.
Quais os tratamentos para síndrome de FOMO?
No geral, o tratamento para a Síndrome de FOMO com o apoio de um psicólogo pode envolver várias abordagens terapêuticas que visam reduzir a ansiedade associada ao medo de perder experiências e promover uma relação mais saudável com as redes sociais e a comparação social.
O objetivo principal deve ser em entender o que está causando esse receio — por exemplo, é uma rede social ou uma pessoa específica? — e as razões pelas quais você acredita que deveria estar fazendo parte daquilo — será que você realmente precisa passar por todas essas experiências?
O tratamento não deve se concentrar, então, em apenas abordar os sintomas, mas também promover mudanças positivas no pensamento, comportamento e bem-estar emocional geral do indivíduo.
Como evitar a síndrome de FOMO?
Evitar completamente a síndrome de FOMO pode ser desafiador, pois vivemos em uma era digital onde o acesso a informações sobre a vida dos outros está sempre ao alcance.
No entanto, é possível adotar estratégias para reduzir o seu impacto e cultivar uma mentalidade mais saudável. Aqui estão algumas sugestões:
Estabeleça limites de tempo nas redes sociais
Defina limites de tempo para o uso de mídias sociais e evite passar longos períodos navegando em feeds, o que pode aumentar a ansiedade. Ao invés disso, concentre-se em outras atividades, mesmo que seja na internet.
Você pode ativar o modo sem distrações do seu celular (que bloqueia aplicativos selecionados) por um tempo, ou desativar notificações para não receber atualizações de forma tão constante.
Isso vai evitar que você tenha gatilhos emocionais constantemente.
Pratique o Mindfulness
Mindfulness, ou atenção plena, é uma prática e uma abordagem mental que envolve estar consciente e completamente presente no momento atual, sem julgamento.
Originária de tradições contemplativas, como o budismo, a prática de mindfulness tem sido incorporada em diversas abordagens terapêuticas e programas de redução de estresse.
Por conta disso, desenvolver a habilidade de viver no momento presente pode te ajudar a evitar o FOMO.
Concentre-se nas suas próprias experiências e atividades em vez de constantemente se comparar aos outros.
Foque em suas conquistas pessoais
Valorize suas próprias realizações e seu progresso de crescimento pessoal. Afinal, focar em suas conquistas pessoais é um princípio fundamental no cultivo de uma mentalidade positiva e no fortalecimento da autoestima.
Caso seja muito difícil enxergar o lado positivo dos seus feitos, mantenha um diário de conquistas pessoais para ajudar a manter viva a lembrança das coisas positivas que acontecem em sua vida.
Cultive relacionamentos reais
Invista em relacionamentos offline e desenvolva habilidades sociais. Passar tempo com amigos e familiares pessoalmente pode proporcionar uma sensação mais autêntica de conexão.
Entenda quais são seus objetivos e ideais
Ver que todos estão indo a um evento pode até gerar a sensação de que você está perdendo algo.
Mas, você realmente gostaria de estar lá também, ou apenas sente que deveria ter os mesmos desejos que seus colegas?
Esse é um exemplo hipotético que vale para vários aspectos da vida, como viajar, realizar algum hobby específico, conhecer um restaurante da moda, ou até mesmo iniciar algum curso.
Autoconhecimento é fundamental. Precisa de ajuda psicológica para lidar com a síndrome de FOMO? Encontre nossos profissionais na plataforma da Psitto.
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
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Juliana Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
21/nov. às 18:00hs -
Maria Renata de Jesus
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Maria Renata concluiu a graduação na Universidade Anhanguera de São Paulo em 2015, possui pós-graduação em Psicologia Jurídica.
Valor R$ 90
próximo horário:
22/nov. às 19:00hs
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Autor: psicologo Thiago Galdino de Souza - CRP 04/36869Formação: O psicólogo Thiago Galdino é graduado pela Associação Catarinense de Ensino (A.C.E), possui especialização em Saúde Mental e Coletiva pela Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC -Barbacena), é especialista em Transtorno do espectro autista (TEA), com a abordagem Son Rise-Nível 1.