Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que fazem terapia online. Autor: Geraldine Medeiros Ferreira - Psicólogo CRP 04/12240
Na busca constante por se encaixar nos padrões de beleza impostos pela sociedade, muitas pessoas acabam desenvolvendo o Transtorno de Imagem, distúrbio mental em que o indivíduo apresenta preocupação excessiva com a sua aparência.
Esse transtorno atinge 2% da população mundial e, no Brasil, estima-se que 4 milhões de pessoas, entre 15 e 30 anos, sejam portadoras do distúrbio.
Mas quais são os sintomas do Transtorno de Imagem? Como saber se você pode estar com essa doença? Como tratá-la? Continue acompanhando este conteúdo para encontrar as respostas para essas e outras perguntas! Boa leitura!
O que é o Transtorno de Imagem?
O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), ou simplesmente Transtorno de Imagem, é um distúrbio caracterizado pela percepção alterada da própria imagem.
Ou seja, a pessoa portadora do distúrbio se preocupa exageradamente com o seu corpo ou rosto e o que vê no espelho não condiz com a realidade.
Por exemplo: ela pode perceber que possui mais gordura do que realmente tem.
É muito comum que o Transtorno de Imagem seja confundido com uma vaidade excessiva.
No entanto, no caso dessa doença, a insatisfação com o corpo pode acarretar sofrimento psicológico, além de possíveis transtornos alimentares.
Diferença entre Transtorno de Imagem e Transtorno Alimentar
Antes de seguirmos falando sobre o Transtorno de Imagem, é importante diferenciá-lo do Transtorno Alimentar para que não seja causada nenhuma confusão.
Nesse sentido, saiba que, apesar de o Distúrbio de Imagem poder sim interferir no comportamento alimentar, ele não está necessariamente ligado a esse.
Para ficar claro, entenda que o Transtorno Alimentar é embasado justamente em uma alteração no padrão de consumo de alimentos, como é o caso da anorexia e bulimia.
Enquanto isso, no caso do Transtorno de Imagem, não significa que o indivíduo vá alterar a sua alimentação para ter o corpo que deseja.
Ele pode, por exemplo, se submeter a diversas cirurgias e/ou investir exageradamente em cosméticos.
O que causa a Distorção de Imagem?
As causas do Transtorno Dismórfico Corporal envolvem, principalmente, problemas com a autoestima, mas também podem estar associadas a transtornos de ansiedade, depressão e traumas ou bullying sofridos ainda na infância.
Assim, esses problemas podem desencadear algumas reações neurológicas, que alteram a forma como nós nos enxergamos e nos percebemos.
Vale dizer que, nesta era digital, esse problema se agravou ainda mais. Isso porque, com o advento das redes sociais e do “viver de aparências”, é comum ver fotos de homens e mulheres com “corpos perfeitos” e ideais para os padrões impostos.
Com isso, inicia-se uma busca incessante para ter um corpo perfeito, como aquele da foto do Instagram, o que pode levar ao Transtorno de Imagem.
Quais são os sintomas do Transtorno de Imagem?
Em um mundo de tantas cobranças, é importante se atentar para saber se você pode estar desenvolvendo o TDC, para, assim, procurar ajuda o quanto antes.
Nesse sentido, existem alguns sinais e sintomas que devem ser observados, como:
- Insatisfação com o corpo mesmo após a realização de cirurgias plásticas.
- Gastos excessivos e desnecessários com produtos de beleza.
- Comparação constante com outros corpos que você acredita ser o ideal.
- Medo de usar roupas que evidenciem o seu corpo, como em praias e clubes.
- Se olhar muito no espelho e exteriorizar constantemente as insatisfações.
- Perder muito tempo do seu dia se preocupando com a aparência.
- Ter a vida profissional e pessoal afetada pela insatisfação com o corpo.
Convém destacar que, quando em um estágio mais avançado, esse distúrbio pode desencadear outros graves problemas, como depressão, transtornos alimentares e até mesmo o alcoolismo ou uso de drogas.
Como saber se você tem o Transtorno de Imagem?
Para realizar o diagnóstico e saber se você sofre ou não com o Transtorno de Imagem, será necessário iniciar o acompanhamento com um psicólogo.
No entanto, além de analisar os sinais que apontamos anteriormente, existem algumas perguntas que você pode se fazer a fim de perceber se há alguma chance de estar com esse distúrbio mental.
Confira quais são elas!
- Os seus amigos e familiares também reparam na imperfeição que você diz ter ou, para eles, isso é irrelevante?
- Quantas vezes por dia você passa na frente do espelho para reparar e se preocupar com a sua imperfeição?
- Quanto tempo por dia você passa se preocupando com a sua aparência? Você percebe que isso prejudica a sua vida social ou profissional?
- Você se compara constantemente com outras pessoas, principalmente com os influenciadores digitais?
- Você deixa de sair de casa ou de ir em alguns lugares em que sente que a suas falhas ficarão expostas? (Por exemplo: se você tem problemas com o peso, sente que deixa de ir a um clube ou a uma praia por isso?)
- Você percebe que tem certos hábitos ou manias para simplesmente preservar o que te incomoda na sua aparência?
- Quanto você já gastou com procedimentos estéticos, cirurgias plásticas e produtos de beleza? Você se sentiu realizado ou, mesmo depois das intervenções, acha que há algo que precisa melhorar?
Como falamos, essas são apenas algumas perguntas que você pode se fazer com o intuito de perceber se há alguma chance de você estar passando dos limites na preocupação com a sua aparência.
No entanto, o diagnóstico do Transtorno de Imagem deve ser feito exclusivamente por um profissional especialista em saúde mental.
Leia também: Transtorno de acumulação: Sintomas, causas e tratamento [Guia]
Como tratar o Transtorno de Imagem?
Como mencionamos, o diagnóstico do Transtorno Dismórfico Corporal deve ser realizado por um profissional da área da saúde mental.
Na consulta inicial, ele levará em conta o nível de preocupação da pessoa com a sua aparência e o quanto isso interfere na sua rotina.
Convém destacar que, em alguns casos, apenas o acompanhamento com o psicólogo será suficiente, a depender do estágio do distúrbio mental.
No entanto, em casos mais avançados, pode ser necessário o suporte também de um psiquiatra, para que seja realizado o tratamento com medicamentos, como antidepressivos.
Além desse acompanhamento profissional, saiba que há alguns passos que também são importantes de ser seguidos ao longo do tratamento.
O primeiro é parar de se nortear pelos padrões impostos, sobretudo nas redes sociais.
Ou seja, parar de se comparar com os outros, principalmente com influenciadores digitais, que divulgam fotos e situações que não representam a realidade das pessoas.
Além disso, caso sinta que é necessário iniciar uma dieta, faça isso acompanhado por um nutricionista.
Jamais pegue dietas que prometem um emagrecimento rápido na internet.
Isso pode acabar desencadeando outro tipo de transtorno, o alimentar.
Vale dizer que essas dicas servem para qualquer pessoa, independentemente de serem portadores ou não do distúrbio.
Afinal, também podem funcionar como medidas preventivas dessa e de outras doenças.
Já para as pessoas que têm percebido que a busca pela aparência perfeita tem interferido no seu dia a dia, então não hesite em procurar um psicólogo o quanto antes para realizar o diagnóstico correto e obter o tratamento mais efetivo.
Lembre-se: o autocuidado é importante, sobretudo o mental!
Psicólogos para Saúde Mental
Conheça os psicólogos que atendem casos de Saúde Mental no formato de terapia online por videochamanda:
-
Juliana Silva
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Juliana é graduada pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em Saúde Mental (IPEMIG) e Psicologia do Trânsito (UNIP). Possui também aperfeiçoamentos no HC-FM-USP- SP - em Terapias Cognitivas Comportamentais nos transtornos de ansiedade
Valor R$ 180
próximo horário:
21/nov. às 09:00hs -
Rubieli Ferreira
Consultas presenciais
Consultas por vídeoRubieli Ferreira é Bacharel em Psicologia pela Universidade do Contestado (Unc) Campus Mafra/SC. Atua como Psicóloga Clínica em consultório particular na modalidade presencial e também online.
Valor R$ 130
próximo horário:
21/nov. às 14:00hs
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Autor: psicologa Geraldine Medeiros Ferreira - CRP 04/12240Formação: A psicóloga Geraldine Medeiros Ferreira é graduada em Psicologia pela FUMEC, com pós-graduação e especialização em Psicanálise pela Universidade Federal de MG.